Design falho é apontado como causa principal da tragédia com o submersível Titan

O Conselho de Investigação Marítima da Guarda Costeira dos Estados Unidos concluiu que a principal causa da implosão do submersível Titan, ocorrida em 2023, foi o projeto inadequado da embarcação. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5), em um relatório oficial que também aponta responsabilidade direta da empresa OceanGate, responsável pela operação do submersível.

O acidente resultou na morte de cinco pessoas que participavam de uma expedição turística para visitar os destroços do Titanic, no Oceano Atlântico Norte. Segundo o representante da Guarda Costeira, a tragédia poderia ter sido evitada com medidas técnicas e de segurança mais rigorosas.

Problemas no casco e falhas de construção

O documento técnico detalha uma série de falhas estruturais e operacionais. Um dos principais problemas apontados é o uso de um casco feito de fibra de carbono, material que não é tradicionalmente utilizado nesse tipo de navegação em grandes profundidades. O casco media 2,4 metros e já havia apresentado sinais de desgaste em missões anteriores.

Além disso, o relatório indica que a OceanGate ignorou recomendações sobre a necessidade de testes mais completos e análises do ciclo de vida dos materiais. Mesmo após incidentes técnicos anteriores, o submersível continuou sendo utilizado.


Design falho (Foto: reprodução/ Instagram/@portalteofilootoni)


Sistema de monitoramento falhou

Outro ponto levantado foi a dependência da empresa em um sistema de monitoramento em tempo real, baseado em sensores que deveriam detectar falhas estruturais durante os mergulhos. Os investigadores consideraram esse sistema impreciso e insuficiente para garantir a segurança da tripulação.Além disso, relatório ainda cita como agravante o fato de o Titan ter sido armazenado ao ar livre no Canadá durante o inverno.

Desse modo, as variações de temperatura podem ter comprometido ainda mais a integridade dos materiais utilizados na construção do veículo. Assim, as conclusões do conselho devem nortear mudanças em normas de segurança para expedições subaquáticas comerciais. A investigação reuniu engenheiros navais, cientistas e autoridades marítimas. Nenhum sobrevivente foi encontrado após o colapso do submersível. O Titan realizava uma expedição privada aos destroços do Titanic.

Envio de submarino americano para o Oriente Médio indica gravidade da crise

Nesse domingo (11), o major-general Patrick Ryder, porta-voz de Defesa americana anunciou que os EUA teriam enviado um submarino para o Oriente Médio, para defender Israel de uma possível retaliação à morte do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, que aconteceu em Teerã.

Outros equipamentos de guerra estão sendo enviados

Outra ordem do Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, de acordo com Ryder, foi agilizar o fornecimento de um porta-aviões e reforçar uma solicitação prévia de mais caças e navios de guerra com mísseis para Israel. Outros navios de guerra já se encontram no golfo de Omã, perto do Irã.


Secretário de Defesa dos EUA (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images embed)


Além de reforçar a defesa israelense, segundo Ryder, os envios dissuadiriam o Irã de retaliar Israel. O receio é a ampliação do conflito na região para uma guerra aberta entre os dois países.

Israel não se responsabilizou abertamente pelo extermínio de Haniyeh. Apesar disso, está sendo responsabilizado pelo Teerã. O Irã divulgou que não irá deixar sem resposta uma morte acontecida em seu território.

Para completar, o grupo militante Hezbollah, com sede no Líbano e aliado do Irã, vem ameaçando desde que um de seus comandantes foi assassinado durante um ataque israelense, em julho.


Palestinos carregam um cadáver após ataque israelense no último sábado (Foto: reprodução/Omar AL-QATTAA/AFP/Getty Images embed)


Há uma lacuna entre o cessar-fogo e os ataques israelenses

A comunidade internacional intensificou os pedidos de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, diante da gravidade da crise no Oriente Médio. Na próxima quinta-feira, Israel deverá enviar uma delegação a Doha, no Catar, visando discutir a proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA, Reino Unido, França e Alemanha. Essas 3 últimas pediram ao Irã e aliados para absterem de ataques contra Israel.

Mesmo com tudo isso, os ataques israelenses continuam pesados na Faixa de Gaza, envolvendo civis nesses 10 meses de conflito. No último sábado, de acordo com autoridades de saúde da Faixa de Gaza, 93 palestinos abrigados em uma escola religiosa foram mortos. Não há informações se havia combatentes do Hamas entre as vítimas.

Implosão do submarino com bilionários completa um ano

Nesta terça-feira (18), completou um ano da tragédia do submarino que implodiu com bilionários a bordo. Após quatro dias de buscas, as autoridades anunciaram que todos os passageiros estavam mortos. 

O submersível Titan, perdeu a comunicação com a base pouco tempo após submergir no Oceano Atlântico. Após perder a comunicação, rapidamente as autoridades e familiares foram informados sobre o desaparecimento.

Quem estava no submarino?

A tripulação contava com um capitão e quatro passageiros, entre eles o bilionário e explorador britânico Hamish Harding. Eles estavam fazendo uma expedição turística aos destroços do Titanic, o navio mais conhecido do mundo, que afundou em 1912 após colidir com um iceberg. Organizada pela empresa OceanGate Expeditions, a viagem custava US$ 250 mil por pessoa (cerca de R$ 1,2 milhão). 

As autoridades e equipes da Guarda Costeira dos EUA e Canadá, iniciaram uma corrida contra o tempo devido ao prazo de oxigênio disponível para a tripulação. Os profissionais calcularam que o submarino tinha entre 70 e 96 horas de oxigênio.

Os restos do submersível foram encontrados dias depois, no dia 22 de junho de 2023, foi confirmada a morte de toda a tripulação. O submarino implodiu, devido a forte pressão da água, isso acontece quando uma estrutura desmorona em direção ao seu centro, ou seja, a embarcação é “amassada” afetando os passageiros que estão dentro.


O capitão da Guarda Costeira dos EUA, Jamie Frederick, fala aos repórteres sobre os esforços de busca do submersível Titan (Reprodução/ JOSEPH PREZIOSO/Getty Images Embed)


Como estão as investigações?

Para entender o porquê da implosão do embarque, foi iniciada uma investigação rigorosa para avaliar se o submarino era seguro e adequado para essa expedição.

Os profissionais criticam o uso de materiais questionáveis e pouca tecnologia na embarcação, apesar do alto valor do passeio. O caso do submarino ganhou alcance global e ainda não foi resolvido. As investigações vão ser estendidas por tempo indeterminado, segundo o comunicado da Guarda Costeira dos EUA. Inicialmente, a conclusão das investigações estava prevista para este mês de junho.

Novo áudio descoberto do Submarino Titan será mostrado em documentário

No aguardado trailer do documentário “Minute By Minute: The Titan Sub Disaster” (Minuto por Minuto: O Desastre do Submarino Titan), divulgado recentemente, um som intrigante ecoa, trazendo à tona lembranças da tragédia que abalou o mundo. Em junho do ano passado, o submarino Titan implodiu durante uma expedição aos destroços do icônico navio Titanic, resultando na perda de cinco vidas.

Detalhes reveladores do documentário

Produzido para o canal britânico Channel 5, o documentário promete oferecer uma visão detalhada dos eventos que precederam a fatídica jornada até o fundo do mar, bem como análises de especialistas sobre os ruídos misteriosos captados nas profundezas.

Antes que os destroços fossem localizados pelas autoridades, os familiares das vítimas mantinham esperanças de encontrar sobreviventes. Relatos iniciais sobre batidas sendo ouvidas a cada 30 minutos nas profundezas do oceano alimentaram essa esperança, com o primeiro som sendo gravado na madrugada de 20 de junho.

O Impacto dos ruídos detectados

A Marinha dos Estados Unidos corroborou os relatos, confirmando a detecção dos ruídos na manhã seguinte. Contudo, em 22 de junho de 2023, a Guarda Costeira Americana anunciou a trágica confirmação da morte de todos os tripulantes.

Entre os falecidos estavam turistas britânicos Hamish Harding, Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood, além do piloto da Marinha francesa Paul-Henry Nargeolet e o CEO da OceanGate, Stockton Rush. Suas vidas foram perdidas durante uma expedição que buscava explorar os destroços do lendário Titanic.


Foto: Vitimas Submarino Titan (Reprodução/Seu Dinheiro)

O documentário promete fornecer uma análise profunda das circunstâncias que levaram à tragédia, bem como explorar os motivos pelos quais os ruídos não puderam ser confirmados como evidências de vida ainda presente no submarino Titan.

Embora tragédias como essa possam ser devastadoras, o legado deixado pelas vítimas serve como um lembrete da importância da segurança e da exploração responsável dos oceanos.

Este documentário, com seu olhar meticuloso sobre o desastre do submarino Titan, promete oferecer não apenas respostas, mas também homenagens adequadas às vidas perdidas e reflexões sobre o futuro da exploração submarina.