Nesse domingo (11), o major-general Patrick Ryder, porta-voz de Defesa americana anunciou que os EUA teriam enviado um submarino para o Oriente Médio, para defender Israel de uma possível retaliação à morte do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, que aconteceu em Teerã.
Outros equipamentos de guerra estão sendo enviados
Outra ordem do Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, de acordo com Ryder, foi agilizar o fornecimento de um porta-aviões e reforçar uma solicitação prévia de mais caças e navios de guerra com mísseis para Israel. Outros navios de guerra já se encontram no golfo de Omã, perto do Irã.
Secretário de Defesa dos EUA (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images embed)
Além de reforçar a defesa israelense, segundo Ryder, os envios dissuadiriam o Irã de retaliar Israel. O receio é a ampliação do conflito na região para uma guerra aberta entre os dois países.
Israel não se responsabilizou abertamente pelo extermínio de Haniyeh. Apesar disso, está sendo responsabilizado pelo Teerã. O Irã divulgou que não irá deixar sem resposta uma morte acontecida em seu território.
Para completar, o grupo militante Hezbollah, com sede no Líbano e aliado do Irã, vem ameaçando desde que um de seus comandantes foi assassinado durante um ataque israelense, em julho.
Palestinos carregam um cadáver após ataque israelense no último sábado (Foto: reprodução/Omar AL-QATTAA/AFP/Getty Images embed)
Há uma lacuna entre o cessar-fogo e os ataques israelenses
A comunidade internacional intensificou os pedidos de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, diante da gravidade da crise no Oriente Médio. Na próxima quinta-feira, Israel deverá enviar uma delegação a Doha, no Catar, visando discutir a proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA, Reino Unido, França e Alemanha. Essas 3 últimas pediram ao Irã e aliados para absterem de ataques contra Israel.
Mesmo com tudo isso, os ataques israelenses continuam pesados na Faixa de Gaza, envolvendo civis nesses 10 meses de conflito. No último sábado, de acordo com autoridades de saúde da Faixa de Gaza, 93 palestinos abrigados em uma escola religiosa foram mortos. Não há informações se havia combatentes do Hamas entre as vítimas.