Tarifa imposta pelos EUA fragiliza bolsas asiáticas

As tarifas impostas pelo presidente americano começaram a vigorar neste fim de semana para fortalecer a economia dos EUA, a medida que afetou a bolsa de valores asiáticas, pretende aumentar o superávite do país diminuindo a importação e aumentando a arrecadação.

As tarifas “Já estão trazendo bilhões de dólares”, postou o presidente dos Estados Unidos na sua rede social Truth Social. Para Trump “São uma coisa linda de se ver”. Essa tomada de decisão tarifária foi para reverter os déficits financeiros com a China, União Europeia e outros países.

Os países asiáticos sentiram quase de imediato a ação do presidente americano. Abriram em queda as bolas da Coreia do Sul (-4,34%); Hong Kong(-10%), além da bolsa Nikkey 225 do Japão que teve queda de (-8,3%) nas ações; as negociações futuras foram suspensas.


Foto destaque: Donald Trump durante evento (Foto: reprodução/Instagram/@RealDonaldTrump)

Trump justifica aumento das tarifas

O presidente Donald Trump tomou atitudes por meio de tarifas para o fortalecimento dos Estados Unidos da América para ações estratégicas na indústria nacional; em medida de barganha; redução do déficit comercial e potencial arrecadatório.

Sobre a industrial, por exemplo, o objetivo é valorizar o setor, priorizando produtos fabricados nos EUA e fortalecendo a economia.

Para o aumento da segurança nas fronteiras, A medida de barganha é vista como uma estratégia para negociar pautas de interesse dos EUA. Já a redução do déficit comercial está alinhada com uma promessa do presidente devido o país estar gastando mais com importação do que arrecadação. Os países alvos que os EUA tem déficit comercial são o México, Canadá e a China.

O potencial arrecadatório imposto pela tarifa pode elevar a arrecadação do país, porém, depende da reação dos outros países e o volume de importação gerados no cenário global do segmento comercial

Trump dá uma alfinetada na gestão de Biden

Donald Trump ainda aproveitou e deu uma cutucada na antiga gestão presidencial democrata: ”O superávit com esses países cresceu durante a “presidência” do sonolento Joe Biden. Vamos reverter isso, e reverter rapidamente. Algum dia as pessoas perceberão que as tarifas, para os Estados Unidos da América, são uma coisa muito linda'”, escreveu o presidente.

Argentina tem primeiro superávit mensal em 12 anos

O governo da Argentina informou, na última sexta-feira (16), que, pela primeira vez em 12 anos, o Estado conseguiu um superávit fiscal no mês de janeiro. Isso ocorre devido às fortes políticas de corte de gastos no país instauradas pelo presidente Javier Milei.

Primeiro superávit mensal em 12 anos

Um superávit ocorre em um país quando a receita gerada pelo governo é maior que as despesas. Em janeiro, a Argentina conseguiu um superávit de US$ 589 milhões, aproximadamente R$ 2,93 bilhões, que não era visto há mais de uma década. Segundo o Ministério da Economia do país, é o primeiro superávit mensal desde agosto de 2012 e o primeiro de um mês de janeiro desde 2011.


Casa Rosada, sede da presidência da Argentina, em Buenos Aires (foto: reprodução/ Poder 360)

O presidente Javier Milei tem como uma das principais metas reduzir até zero o déficit público e, para conseguir chegar na meta, o governo tem revisado subsídios e freado investimentos públicos. A ideia de Milei é reestruturar as reservas internacionais para poder diminuir a crise de desconfiança de investidores estrangeiros e poder reequilibrar o valor da moeda Argentina.

A Argentina está com uma inflação que ultrapassou 250% nos últimos 12 meses, de acordo com o instituto oficial de estatísticas (Indec). O reflexo do desequilíbrio da moeda é observado com os altos índices de pobreza no país:  atualmente 45% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza. Segundo um estudo realizado pelo jornal “Ámbito Financiero”, a projeção a curto prazo é ainda pior: 57,4% da população terá que lidar com a pobreza, mais de 26 milhões de argentinos.

Milei recusa estabelecer um salário mínimo

Ainda na sexta-feira (16), Javier Milei negou a chance de desenvolver um novo salário mínimo que compense a alta inflação anual. A principal central sindical Argentina, CGT, pediu um aumento de 85% no Conselho do Salário Mínimo. O presidente declarou que não acredita que políticos possam escolher o valor do salário mínimo. “Não acredito que um político possa definir um preço à mão. Nem passa pela minha cabeça. Eu vou emitir um decreto fixando um preço?”, afirmou Milei.

O presidente disse que o salário mínimo deve ser algo discutido entre os trabalhadores e empregadores, sem intervenção do governo. O Conselho tentou estabelecer o valor do salário mínimo em 156 mil pesos, cerca de R$928,00, mas não foi aceito.