Hubble registra galáxia espiral rara em foto de tirar o fôlego

O Telescópio Espacial Hubble, fruto de uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia, fez um registro incrível de uma galáxia espiral rara, vista de lado. A galáxia está localizada a 150 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Serpens, e a imagem foi montada com dados capturados em 2000 e 2023.

Uma galáxia como você nunca viu

Na imagem, que foi observada pela lateral pelo telescópio espacial Hubble, vemos uma linha que corta o espaço, com faixas escuras de poeira ao redor. Esse efeito acontece porque estamos vendo a galáxia “de lado”, como se fosse uma panqueca observada na borda. Além disso, o centro da galáxia brilha intensamente, com uma área cheia de estrelas girando rapidamente em torno de si.

Esse tipo de registro é raro e ajuda os cientistas a entenderem mais sobre como as galáxias funcionam e o que existe dentro delas, permitindo que eles estudem as características que normalmente seriam difíceis de observar em outros ângulos. Para quem olha de fora, parece até uma obra de arte no espaço.


Telescópio Hubble na órbita da Terra (Foto: reprodução/NASA/Getty Images Embed)


Um registro do telescópio Hubble que viaja no tempo

O que torna essa foto ainda mais especial, é fato dela combinar dois registros feitos com 23 anos de diferença: um em 2000 e outro agora, em 2023. Cada uma das fotos capturou detalhes em diferentes comprimentos de ondas de luz, e, juntas, revelam uma visão completa e detalhada da galáxia, como em outras fotografias icônicas do Hubble.

Mesmo após mais de 30 anos de operação, o Hubble continua provando seu valor ao desvendar os mistérios de galáxias distantes e registrar imagens únicas do nosso universo. Nos dando uma chance de ver e analisar a luz de algo que aconteceu a milhões de anos atrás, sendo uma janela para o passado e um lembrete do quanto ainda temos para explorar no universo.

Hubble capta fusão monumental de galáxias a 570 milhões de anos-luz

Capturando um evento astronômico raro, o Telescópio Espacial Hubble revelou, na última quinta-feira (18), uma impressionante fusão de galáxias distantes, situadas a cerca de 570 milhões de anos-luz da Terra, ampliando nossa compreensão sobre fenômenos cósmicos.

Colisões e fusões galácticas segunda a NASA

Segundo a NASA, colisões e fusões galácticas são eventos “monumentalmente energéticos e dramáticos“. Apesar disso, esses fenômenos ocorrem em uma escala de tempo extremamente lenta. A Via Láctea, por exemplo, está em rota de colisão com a Galáxia de Andrômeda, seu vizinho galáctico mais próximo, mas a conclusão desse encontro cósmico está estimada para ocorrer daqui a pelo menos quatro bilhões de anos.


https://www.youtube.com/watch?v=QNEC1y406rs
Imagens da colisão registrada pelo Telescópio Hubble (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Cultura Brasília)

O processo de colisão e fusão, conforme a agência espacial norte-americana, é igualmente gradual, podendo levar centenas de milhões de anos até a sua conclusão. Durante esse período, as forças gravitacionais resultantes desses eventos afetam significativamente a estrutura das galáxias envolvidas, alterando suas composições de estrelas, sistemas solares, poeira, gás e matéria escura invisível.

Importância das fusões galácticas na formação das estruturas cósmicas

As galáxias em fusão têm o potencial de se transformar em uma única entidade, muitas vezes adotando uma estrutura regular ou elíptica. Esse fenômeno é parte fundamental da evolução cósmica, remodelando o universo ao longo de vastos períodos.

A imagem capturada pelo Hubble oferece não apenas uma visão cativante do espetáculo cósmico, mas também contribui para a compreensão contínua dos processos que moldam o universo ao nosso redor.”