Teyana Taylor confirma seu status de ícone fashion no tapete vermelho

A nova ascensão de Hollywood Teyana Taylor confirma seu poder multifacetado. A artista tem se destacado não apenas na música e na atuação, mas também como um dos grandes nomes do estilo contemporâneo. Em sua mais recente aparição no tapete vermelho, Teyana atraiu olhares ao apostar em um modelo assinado por Tom Ford, direto das passarelas, reforçando seu status de ícone de moda e autenticidade.

Com uma presença marcante e um olhar afiado para a moda, a atriz de 34 anos tem conquistado espaço e se destacado com produções que valorizam sua silhueta bem esculpida, fugindo do tradicional. Sua capacidade de unir ousadia e feminilidade em composições arrojadas transforma cada aparição em um momento de destaque. Além do talento que demonstra nos palcos e nas telas, Teyana usa a moda como uma extensão de sua expressão criativa, consolidando-se como um dos nomes mais autênticos e inspiradores de Hollywood.

Escolhas de Teyana fora do óbvio

Com styling assinado pela dupla Wayman e Micah, a estrela de Hollywood tem mostrado um olhar apurado para a moda ao apostar em produções que fogem do previsível. No lugar das escolhas óbvias, Teyana surge em criações de nomes como Rick Owens, Oude Waag, Cong Trí e Tamara Ralph, revelando uma curadoria que valoriza o design e a personalidade acima das tendências passageiras.

Cada look traduz a força e a versatilidade da artista, que equilibra sensualidade, sofisticação e um toque de irreverência característico. Ao unir referências da alta costura com elementos do streetwear, Teyana constrói uma estética própria que reflete não apenas seu estilo, mas também a liberdade criativa que a tornou um dos ícones mais interessantes dos últimos tempos da moda contemporânea.


Teyana Taylor e seus looks que viraram destaque no tapete vermelho (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Manny Carabel/Joe Maher/Dave Benetti/Michael Loccisano)


Thom Browne conquista o guarda-roupa de Teyana Taylor

Com um olhar atento às histórias que a moda pode contar, Teyana Taylor tem encontrado em Thom Browne um parceiro ideal para traduzir sua personalidade múltipla e criativa. Durante o CFDA Awards 2025, em Nova York, a atriz e cantora apostou em três produções do estilista americano, reforçando seu espaço como uma das presenças mais autênticas e ousadas do cenário fashion. O primeiro look uniu elegância e impacto: um blazer branco estruturado com gola alta e correntes de cristais, combinado a uma saia preta de corte reto com aplicações brilhantes, uma escolha que equilibra poder e sofisticação.


Teyana Taylor aposta em Thom Browne durante o CFDA Awards 2025 (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Taylor Hill/Dimitrios Kambouris)


No segundo visual, Teyana apareceu em um vestido branco de modelagem escultural, com botões frontais e bordados vermelhos, refletindo a estética precisa e teatral de Browne. Já o terceiro look foi um dos grandes destaques da noite: um conjunto verde vibrante, de gola ampla e amarração frontal, que brinca com proporções e revisita o uniforme colegial de um jeito moderno e provocante. Três produções que reforçam não só a força do olhar estético de Teyana, mas também sua habilidade de transformar cada aparição em uma declaração de estilo, atitude e autenticidade.

As produções de Teyana têm chamado atenção a cada nova aparição. Com um estilo ousado e impecável, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais autênticas da moda contemporânea, alguém que não apenas acompanha tendências, mas as transforma com personalidade e atitude.

Moda ganha asas com Thom Browne

Thom Browne levou a New York Fashion Week a um novo patamar, com um desfile que mais parecia um conto visual sobre liberdade. Em meio a um cenário repleto de pássaros de origami e uma dupla de modelos dobrando papel em uma pequena mesa com gaiola, a mensagem era clara: voar além dos limites.

Para reforçar essa atmosfera poética, a trilha sonora contou com a icônica “Little Bird”, de Annie Lennox, e versos de Emily Dickinson.

O estilista, conhecido por sua abordagem teatral, não economizou em metáforas visuais. Os pássaros representavam não só a liberdade, mas também a transformação, um tema recorrente em suas coleções.

Cada detalhe do desfile contribuiu para contar essa história, do cenário cuidadosamente montado às expressões introspectivas das modelos.


Coleção Thom Browne 2025 (Vídeo: reprodução/Instagram/Alexander Roth/@fashionweek)


Moda que conta histórias

Na passarela, Thom Browne brincou com a alfaiataria clássica e reinventou o sportswear norte-americano. Blazers e cardigãs xadrez surgiram ao lado de saias de cetim, gravatas listradas e babados inesperados.

Os bordados de pássaros e correntes transformaram as roupas em páginas de uma história visual sobre aprisionamento e libertação.

As sobreposições ousadas criaram um jogo entre o real e o imaginário, enquanto tecidos estruturados se misturavam a elementos mais fluidos.

A escolha das cores também foi marcante: tons sóbrios foram intercalados com toques vibrantes, reforçando a ideia de contraste entre restrição e emancipação.

O grand finale

Como se a moda não bastasse, a cenografia também trouxe um toque surrealista. Estruturas gigantes em trompe-l’oeil criaram a ilusão de vestidos sobrepostos, em um jogo de proporções que desafiava o olhar. O efeito era hipnotizante, como se as roupas tivessem uma vida própria dentro daquele universo narrativo.

E para fechar com chave de ouro, Alek Wek cruzou a passarela com um vestido longo e dramático digno de um conto épico. Sua presença imponente e a fluidez do tecido em movimento fizeram do momento um verdadeiro espetáculo.

Thom Browne não apenas encerrou a temporada de inverno 2025 da NYFW, ele deu asas à criatividade e provou que moda é muito mais do que roupa: é narrativa, emoção e arte. Seu desfile não foi apenas um evento fashion, mas um manifesto visual sobre o desejo humano de transcender barreiras e encontrar a própria liberdade.

Manifesto Surrealista comemora centenário com presença marcante no universo fashion

No período entre as duas grandes guerras, o escritor francês André Breton, comovido pelo terror da Primeira Guerra Mundial, e igualmente convencido de que a racionalidade do universo masculino gerava tantos horrores, procurou uma alternativa “irracional”, baseada nas grandes descobertas feitas durante a época nos campos do subconsciente e da psicanálise. Assim, junto de Yvan Goll, Marcel Alland e Guillaume Apollinaire (criador da denominação), trouxe ao mundo o Manifesto Surrealista.


Capa da revista “Minotaure”, de caráter surrealista, do pintor Salvador Dali (Foto: reprodução/Elle)

O movimento começou limitado ao universo artístico, mas graças a seu caráter fantasioso, seu recorrente uso de jogos visuais e sua inteligente subjetividade, indagou criadores de outros campos de atuação a produzirem, com o propósito de questionar o mundo ao seu redor. A estética surrealista, em pouco tempo, dominou o mundo do cinema, da fotografia e, principalmente, da moda. 

Quando se lê a frase: “Neste verão as rosas serão azuis e a madeira é de vidro”, presente no Manifesto, fica mais compreensível o tamanho do apelo que a vanguarda gerou no universo fashion. 

O Surrealismo fantasioso de Schiaparelli 

Elsa Schiaparelli talvez seja o nome com mais relevância quando o tópico é a moda surrealista, e em plena efervescência desse universo no início do século XX, a estilista italiana abusou da estética irracional de maneira elegante e acentuada.


Traje desenhado por Elsa, no começo dos anos 30, com design chamativo para época (Foto: reprodução/Instagram/@schiaparelli)

Entre as marcas registradas da grife italiana, se destaca a técnica “trompe l’oeil” (metodologia artística que abusa da ilusão de ótica), e a criação de acessórios de formatos irreverentes, como luvas com unhas pintadas, sapatos com saltos em formato de patas de animais e o destaque para a anatomia do corpo humano, com peças, em tamanho exagerado, que replicaram bocas e orelhas.


Acessórios desenhados por Elsa Schiaparelli (Foto: reprodução/Instagram/@schiaparelli)

O DNA surrealista se fez tão forte durante os anos de história da casa, que até hoje, sob o comando do diretor criativo Daniel Roseberry, o espanto ao estranho e a surpresa com o novo são características presentes nos lançamentos durante as principais semanas de moda do calendário internacional. 

O universo onírico de Alexander McQueen

Em meio às turbulências e dúvidas da embaçada década de 90, o icônico estilista inglês Alexander McQueen chocava o universo da moda com suas criações absurdas e muitas vezes arrepiantes, de maneira que inquietava os telespectadores e trazia novamente a tona o princípio surrealista.

Coleção “Dante”, de Alexander McQueen, no ano de 1996, com inspiração no universo do catolicismo (Foto: reprodução/Nick Knight/Dazed)

Com coleções criadas para uma das principais grifes do mercado, a Givenchy, e, posteriormente, sua própria casa homônima, McQueen abusa de elementos irreais e desejava que o público espectador adentrasse nas maravilhas e medos de seus sonhos e pesadelos através de suas criações. Desafiava também o conceito de belo do universo da moda, enquanto frequentemente aproveitava-se do impossível.

A alta-costura desconstruída de Viktor & Rolf

A dupla holandesa é uma das principais figuras no cenário atual quando o assunto é surrealismo na moda. De maneira inovadora e provocativa, a alta-costura da casa sempre questiona padrões estéticos e de construção das peças, garantindo a cada coleção e desfile um espetáculo conceitual.


Coleção de Viktor & Rolf de 2009, primavera/verão (Foto: reprodução/Marie Claire)

De forma divertida e contemporânea, a marca brinca com medidas e posições dos elementos que compõem vestidos, que construídos de maneira tradicional, se enquadrariam no que se já é esperado em uma semana de moda de alta-costura. Essa a linha tênue que a dupla gosta de caminhar sobre, a recriação, de maneira irracional e subversiva, de conceitos esteticamente tradicionais no universo da moda. 

Outros nomes também marcam a presença surrealista no mundo fashion. Desde da dramática Thom Browne, a tecnológica Iris Van Herpen e a divertida Moschino, o Manifesto elaborado em 1924 nunca deixou de estar presente, de diversas maneiras, nesses 100 anos desde seu nascimento.

Conheça o heroísmo olímpico construído na alfaiataria estrutural de Thom Browne

A grife homônima do estilista americano Thom Browne trouxe para Semana de Alta-Costura parisiense o espírito heroico que associa a mitologia aos esportistas olímpicos, proposta esse muito propícia já que a capital francesa que essa semana está mergulhada no universo da alta costura, no final do mês estará apoderada como sede dos Jogos Olímpicos de 2024.


Look de Thom Browne Inverno 2024, para semana de alta-costura de Paris (Foto: reprodução/Umberto Fratini/Gorunway)

Alfaiatarias estruturadas e suor olímpico

A coleção carregou a suavidade do tom creme e se certificou de mostrar sua rigidez através da escolha por tecidos rígidos. A aposta em camadas desiguais e bordados dourados inacabados refletiam o contínuo exercício de construção de um atleta e a uma incessante e renovadora determinação. 


Look em camadas de Thom Browne Inverno 2024, para semana de alta-costura de Paris (Foto: reprodução/Umberto Fratini/Gorunway)

A arte do plissado e a alfaiataria impecável já são características fundamentais nas criações do estilista, e para essa coleção de Inverno 2024, não ficaram a desejar. Thom Browne sabe equilibrar o rígido, para não agredir o visual, com o suave, sem que fique maçante, criando uma perfeita combinação de elegância e força.


Vestido de Thom Browne Inverno 2024, para semana de alta-costura de Paris (Foto: reprodução/Umberto Fratini/Gorunway)

Trompe l’oeil

A peça desfilada que mais chamou atenção dos presentes e dos amantes de moda nas redes sociais foi o vestido com trompe l’oeil de músculos bordados. Essa técnica é muito usada no mundo artístico e consiste na utilização de truques de perspectiva, para criar uma ilusão de ótica, onde formas de duas dimensões aparentam ter três.


Vestido trompe l’oeil de Thom Browne Inverno 2024, para semana de alta-costura de Paris (Foto: reprodução/Umberto Fratini/Gorunway)

O modelo desfilado serviu de lembrete que para ser um protagonista do sucesso, tanto no esporte, quanto na moda, é necessário trabalho e dedicação até a última fibra de seu corpo e é necessário se doar por inteiro para a realização de tal.