Juliana Marins, brasileira que morreu no final de junho após sofrer um acidente enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, será velada nesta sexta-feira (4), em Niterói, no Rio de Janeiro, onde nasceu.
A cerimônia de despedida será no Cemitério Parque da Colina. Entre 10h e 12h, qualquer pessoa que quiser prestar homenagens poderá comparecer. Depois disso, das 12h30 até às 15h, o local será reservado apenas para familiares e pessoas próximas. Após esse horário, o corpo de Juliana será sepultado.
Ela estava viajando quando caiu em uma área de difícil acesso, durante uma trilha. Seu corpo foi localizado dias depois, após buscas realizadas por equipes locais.
Peritos brasileiros refazem exame no IML do Rio
Na quarta-feira (2), o corpo de Juliana passou por uma nova análise no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, na capital fluminense. A decisão de realizar um segundo exame foi tomada após solicitação da Defensoria Pública da União, que questionou a falta de informações claras no laudo feito na Indonésia. A Justiça Federal autorizou a nova perícia.
O procedimento contou com dois peritos da Polícia Civil, além da presença de um agente da Polícia Federal e de um representante da família. A necropsia começou por volta de 8h30 e levou pouco mais de duas horas. Um relatório preliminar deve ser entregue em até sete dias.
Segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, a medida foi necessária porque o primeiro laudo não deixou claro o motivo da morte, nem indicou com precisão quando ela ocorreu.
Família questiona divulgação do primeiro laudo
O primeiro exame, feito em um hospital em Bali, revelou diversas fraturas e lesões internas, o que eliminou a possibilidade de hipotermia. Um legista local afirmou que Juliana ainda teria resistido por cerca de 20 minutos após a queda, mas o dia exato do acidente não foi confirmado.
Os familiares demonstraram desconforto com a forma como as informações do primeiro laudo vieram a público. O conteúdo foi divulgado em entrevista coletiva antes que qualquer parente fosse oficialmente informado. Pelas redes sociais criadas para divulgar atualizações sobre o caso, a irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que a família se sentiu desrespeitada.
Além disso, a Defensoria Pública da União enviou um pedido para que a Polícia Federal abra um inquérito e acompanhe a apuração sobre o que realmente aconteceu.
