Ciclone atinge São Paulo com ventos acima de 100 km/h e causa estragos

Um ciclone extratropical com rajadas superiores a 100 km/h provocou diversos transtornos no estado de São Paulo, nesta segunda-feira (28). Houve registros de quedas de árvores, destelhamento de residências, danos a estruturas e falhas no fornecimento de energia elétrica. No Aeroporto de Guarulhos, nove voos precisaram ser redirecionados e cinco partidas foram canceladas, impactando diretamente o tráfego aéreo da capital.

Municípios mais afetados

Em Ubatuba, uma árvore caiu na Rua Guarani, área central do município. Já em Mongaguá, na Baixada Santista, a queda de uma árvore comprometeu a estrutura de barracas na Avenida Marina, no cruzamento com a Embaixador Pedro de Toledo. Segundo a Defesa Civil, os ventos mais severos foram registrados em Itapeva (104 km/h), Iguape (93 km/h) e Cerqueira César (92,9 km/h), além do litoral norte, onde as rajadas atingiram 85 km/h.

A tempestade comprometeu o sistema elétrico em várias regiões da capital paulista. De acordo com balanço da concessionária, até as 16h, 95.091 imóveis permaneciam sem energia. Os bairros mais impactados incluem Cidade Dutra, Guaianazes, Grajaú, Jardim São Luís e Jabaquara. Galhos e árvores inteiras foram derrubados sobre a rede de distribuição, dificultando o trabalho das equipes de manutenção.


Ciclone extratropical causa estragos em São Paulo (Vídeo: reprodução/Youtube/@cnnbrasil)


Impacto no transporte aéreo

O Aeroporto Internacional de Guarulhos teve operações afetadas pelas condições climáticas. Nove aeronaves foram desviadas para os aeroportos do Galeão, Campinas e Curitiba. Já cinco decolagens previstas no GRU Airport foram canceladas, em razão dos ventos fortes que comprometiam a segurança das operações. Autoridades aeroportuárias seguem monitorando as condições meteorológicas.

A Defesa Civil estadual mobilizou equipes para atuar nos municípios mais atingidos, especialmente no litoral norte. Os agentes foram designados para colaborar na restauração de serviços essenciais, como o restabelecimento da energia e distribuição de telhas para moradores afetados por destelhamentos. “Nosso objetivo é garantir suporte imediato às famílias atingidas”, destacou um representante do órgão.

Rajadas em todo o estado

Além das cidades citadas, o ciclone provocou ventos fortes em diversas regiões paulistas: São Miguel Arcanjo (80,6 km/h), Santos (75,6 km/h), Bragança Paulista (70,6 km/h), Ourinhos (67,3 km/h) e capital paulista (64,8 km/h no Aeroporto de Guarulhos). Em bairros como Interlagos e Mirante de Santana, as rajadas ultrapassaram os 55 km/h. A Defesa Civil segue em alerta e orienta a população a evitar áreas com risco de quedas de árvores e postes.

Ventos fortes agravam incêndios na Califórnia

Ventos com força de furacão intensificaram os focos de incêndio na Califórnia nesta terça-feira (14), ampliando a área atingida e complicando os esforços das equipes de combate ao fogo.

As rajadas, que ultrapassaram 120 km/h, espalharam as chamas por diversas regiões do estado, forçando evacuações e destruindo propriedades.


Incêndio que já é considerado o pior da história da cidade (Vídeo: reprodução / YouTube / exame)

Impacto dos ventos nos incêndios

A combinação de vegetação seca e ventos intensos criou condições propícias para a propagação rápida dos incêndios. As autoridades locais emitiram alertas para várias comunidades, destacando o perigo iminente e a necessidade de evacuação imediata. Além disso, as rodovias foram fechadas devido à baixa visibilidade e ao risco de acidentes causados pela fumaça densa.

Os bombeiros enfrentam desafios significativos para conter as chamas, já que os ventos fortes dificultam o uso de aeronaves no combate ao fogo. As equipes terrestres trabalham incansavelmente para estabelecer linhas de contenção, mas a velocidade e a imprevisibilidade das rajadas comprometem a eficácia dessas medidas. Até o momento, centenas de hectares foram consumidos pelas chamas, e a previsão de continuidade dos ventos intensos mantém a população em estado de alerta.



Esforços das autoridades e comunidade

O governador da Califórnia declarou estado de emergência nas áreas mais afetadas, mobilizando recursos adicionais para auxiliar no combate aos incêndios e no apoio às comunidades deslocadas. Centros de abrigo foram estabelecidos para receber os evacuados, oferecendo assistência médica e suprimentos básicos. Organizações comunitárias também se uniram para fornecer apoio, demonstrando solidariedade em meio à crise.

Especialistas em meteorologia alertam que as condições climáticas adversas podem persistir nos próximos dias, prolongando os esforços de combate e aumentando o potencial de novos focos de incêndio. A população é aconselhada a permanecer vigilante, seguir as orientações das autoridades e estar preparada para evacuações rápidas, caso necessário. A colaboração entre residentes, equipes de emergência e governo é crucial para minimizar os danos e proteger vidas durante este período crítico.

Furacão Milton deixa 13 mortos e milhões sem energia na Flórida

O Furacão Milton atingiu a Flórida na noite de 10 de outubro, causando 13 mortes confirmadas e deixando milhões de pessoas sem eletricidade. Ventos violentos e tornados provocaram destruição em várias regiões, enquanto as equipes de resgate trabalham para acessar áreas isoladas pelos escombros.

Com Saint Lucie County sendo uma das áreas mais afetadas, o fenômeno trouxe estragos significativos, e autoridades locais alertam que o número de vítimas pode aumentar à medida que as buscas avançam.


O desastre do Huricane (Vídeo: reprodução/ YouTube / CNN Brasil)

Impacto devastador do furacão Milton

O Furacão Milton chegou à costa da Flórida perto de Siesta Key como um furacão de categoria 3, trazendo ventos de até 195 km/h e provocando uma devastação generalizada. Áreas costeiras foram severamente danificadas, com casas destruídas e árvores arrancadas. Tornados gerados pela tempestade complicaram ainda mais a situação, atingindo com força regiões como Saint Lucie County, onde seis das 13 mortes foram registradas até o momento. Em adição às perdas humanas, milhares de estruturas foram danificadas ou destruídas, e bairros inteiros permanecem inacessíveis devido aos escombros.

A intensidade do furacão foi comparada a outros grandes eventos da história recente, sendo o mais forte a atingir a região desde 2005. Milton, que chegou à categoria 5 no auge de sua força, experimentou uma leve perda de intensidade antes de tocar o solo, mas manteve uma trajetória de destruição devastadora, trazendo também chuvas torrenciais que inundaram grandes áreas urbanas e rurais.

Desafios de resgate e milhões sem energia

A interrupção no fornecimento de energia atingiu milhões de pessoas em todo o estado. Autoridades estimam que pelo menos 4 milhões de residências estão sem eletricidade, dificultando ainda mais os esforços de resgate e assistência. Equipes de emergência enfrentam grandes desafios para chegar a áreas mais remotas, já que estradas estão bloqueadas por árvores caídas, linhas de energia danificadas e enchentes.


Jovem estadunidense compartilha um pouco dos destroços ocasionados pelo furacão (Vídeo : reprodução / TikTok / @that_tanginger)

Os serviços essenciais, como hospitais e abrigos, estão operando com geradores temporários, mas os suprimentos começam a diminuir. Moradores estão sendo instruídos a procurar abrigos emergenciais, enquanto as condições das estradas tornam arriscado o deslocamento de equipes de resgate e assistência humanitária. Em algumas regiões, as autoridades iniciaram evacuações preventivas antes da chegada da tempestade, mas muitas pessoas foram pegas de surpresa com a rápida intensificação de Milton.

A recuperação total da infraestrutura elétrica pode levar dias, ou até semanas, dependendo da extensão dos danos. As autoridades locais e federais mobilizaram recursos adicionais para ajudar na resposta ao desastre, mas alertam que a situação ainda é crítica, e o número de vítimas pode aumentar à medida que as buscas por desaparecidos continuam.