Jair Bolsonaro pede a Alexandre de Moraes para fazer procedimento médico após julgamento

Os advogados de Jair Bolsonaro pediram ao ministro Alexandre de Moraes autorização para que o ex-presidente seja liberado da prisão domiciliar por razões médicas. Ele tem enfrentado alguns problemas de saúde nos últimos anos e, conforme solicitado pela defesa, precisa realizar um procedimento para remover lesões de sua pele no hospital DF Star, em Brasília.

A situação

O STF tem até o dia 12 de setembro para decidir se absolve ou condena Bolsonaro e os outros réus no julgamento da trama golpista, que será retomado nesta terça-feira, dia 9. Ele está sob análise por sua suposta participação no complô, mas, conforme a defesa, precisa realizar procedimentos médicos. Em agosto deste ano, o ex-presidente já havia solicitado autorização para deixar sua casa e fazer os exames, que revelaram infecções pulmonares recentes, esofagite e gastrite. Vale lembrar que, em 2018, ele sofreu um ataque a faca de Adélio Bispo.

Em declaração, a defesa de Bolsonaro informou que ele solicita, de maneira respeitosa, a autorização de deslocamento para cuidar de sua saúde, conforme um relatório médico anexado. Enquanto essa situação é julgada e o veredito não sai, ele segue em prisão domiciliar.


Alexandre de Moraes no dia 6 de agosto de 2025 (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)


Jair Bolsonaro trajetória

Nascido em Glicério, um pequeno município no noroeste de São Paulo, ele foi registrado um ano depois, em 1º de fevereiro de 1956, na cidade de Campinas. A família, composta por imigrantes italianos e alemães, morava na cidade, que por isso consta como sua naturalidade. Seu nome foi uma homenagem ao vizinho, Jair Rosa Pinto, meia-esquerda da seleção brasileira de futebol.

Ele iniciou sua carreira política como vereador em 1989. Segundo a biografia escrita por seu filho Flávio Bolsonaro, ele se candidatou a essa posição por ser a única opção viável na época. Em 1991, tornou-se deputado e foi reeleito em diversos mandatos, até ser eleito presidente do Brasil em 2018. Em 2022, foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva e deixou o cargo.

Julgamento envolvendo condenação de Donald Trump chega ao fim

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado nesta sexta-feira (10) no caso envolvendo pagamentos fraudulentos feitos à atriz Stormy Daniels, durante a campanha presidencial de 2016. O veredito final foi satisfatório para o republicano, que não recebeu qualquer tipo pena de prisão, liberdade condicional ou multa. No entanto, a sentença registrará um julgamento de culpa em seu histórico permanente, na chamada “dispensa incondicional”.

Recapitulando o caso


Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em audiência à distância (reprodução/Brendan McDermid/AFP/Getty Images Embed)


Durante as eleições presidenciais de 2016, quando Trump derrotou Hillary Clinton na disputa pelo poder executivo dos EUA, o então candidato foi acusado de ter autorizado o pagamento de US$ 130 mil a atriz pornô Stormy Daniels, a fim de garantir o silêncio sobre um suposto caso com a mesma, assim interferindo no processo eleitoral. A investigação apurou que o montante foi supostamente declarado como “despesas legais” por meio de sua organização empresarial, levantando suspeitas de violações nas leis de financiamento da campanha.

No julgamento, que iniciou em janeiro do ano passado, a defesa de Trump argumentou que o pagamento era um acordo privado e não tinha ligação com a campanha eleitoral. No entanto, o tribunal considerou que o objetivo era proteger sua candidatura, configurando crime de falsificação de documentos e uso indevido de recursos empresariais para fins políticos.

Em maio, quando foi declarado culpado pelo juri, o então ex-presidente alegou ter sido vitima de um julgamento partidário, aliado a uma perseguição política:

Isso foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto. Não fizemos nada de errado. Sou um homem inocente. Estou lutando pelo nosso país, afirmou.

Sentença foi repercutida e debatida ao redor do mundo


Presidente eleito Donald Trump, em discurso durante conferência (reprodução/Scott Olson/Getty Images Embed)


Como já era de se esperar, a condenação gerou reações divididas nos Estados Unidos e no restante do mundo em sua totalidade. Enquanto simpatizantes da oposição a Trump condenam a decisão, destacando que uma pena mais severa seria algo mais justo, apoiadores do presidente eleito comemoraram o veredito brando, compactuando com a narrativa do político sobre uma suposta perseguição política.

Com o caso resolvido, o republicano poderá agora focar tranquilamente em sua posse, que será no dia 20 de janeiro.