Voto de Fux provoca ironias e incertezas no STF sobre a trama golpista

Antes da retomada da sessão desta quinta-feira (11), ministros do Supremo ironizaram o voto do magistrado Luiz Fux. O ministro havia apontado cerceamento de defesa no julgamento da trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro e outros réus.

Anteriormente, Fux aceitou a tese das defesas sobre o chamado document dump. Ele afirmou que a entrega tardia de provas em grande volume prejudicou os advogados dos réus.

Bastidores expõem contradições


Voto de Fux gera comentários (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Nos bastidores, ministros lembraram que o próprio voto de Fux utilizou trechos detalhados do inquérito. “Fux analisou no detalhe o material com sua equipe. As defesas não conseguiram”, ironizou um integrante da Suprema Corte. Similarmente, outro ministro reforçou: “Quem quis, teve acesso às provas.”

Apesar da divergência, o julgamento já alcançou maioria de 3 a 1 pela condenação de Bolsonaro e de outros sete réus. Desse modo, eles respondem por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, além de crimes contra o patrimônio público.

Divergências de Fux geram novos impasses

O ministro também já havia demonstrado desconfiança em relação à delação de Mauro Cid. Fux avaliou a colaboração com cautela, mas votou pela manutenção da validade dos depoimentos, surpreendendo aliados de Bolsonaro. Logo, essa decisão reforçou a maioria formada no Supremo.


Celso Vilardi, advogado de Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/PABLO PORCIUNCULA/AFP/Getty Images Embed)


Ainda assim, Fux declarou, na manhã de quarta-feira (10), que o Supremo Tribunal Federal não teria competência para julgar o caso. Segundo ele, os réus não possuem foro privilegiado, o que exigiria outra instância. Consequentemente, a posição soou contraditória, já que o mesmo ministro havia aceitado a denúncia meses antes.

Aliados de Bolsonaro destacaram semelhanças entre a tese de Fux e os argumentos da defesa. O advogado Paulo Cunha Bueno já havia defendido, em 2024, que o ex-presidente não integraria a suposta junta militar. Agora, a Corte enfrenta um impasse. Assim, cabe decidir se Fux participará da fase que definirá as penas dos condenados. A divergência abre um debate sobre metodologia de cálculo, tema que já gerou conflitos no julgamento do mensalão.

Kamala e Trump disputam votos decisivos em 4 estados nas eleições americanas

Kamala Harris e Donald Trump, estão em disputa acirrada em quatro dos estados decisivos do país para a corrida presidencial americana, segundo pesquisas divulgadas pela emissora de TV americana Fox, feitas após Joe Biden desistir de disputar sua reeleição. As eleições iram acontecer no mês de novembro.

Ambos os candidatos têm os mesmos 49% nos estados de Michigan e Pensilvânia. Em Minnesota, Kamala tem 52% e Trump 46%. Em Wisconsin, Trump tem 50% e Kamala tem 49%.

No país, os estados decisivos são aqueles que não demonstram preferência clara por Republicanos ou Democratas durante o período eleitoral. Como o voto americano acontece de modo indireto, todos os delegados de um estado vão para um único candidato, colocando esses estados em posição de decisão do resultado do pleito.

Kamala em melhor posição que Biden

Em três desses estados, Kamala tem atualmente classificações numericamente mais altas do que Biden tinha em abril.

As pesquisas indicavam:

  • Wisconsin (abril): Biden 48%, Trump 48%, em julho Kamala tem 49%;
  • Michigan (abril): Biden 46%, Trump 49%, julho, Kamala tem 49%
  • Pensilvânia (abril): Biden 48%, Trump 48%, julho Kamala tem 49%

Conforme a pesquisa, também foi mostrado que a maioria dos eleitores desses 4 estados eram a favor da desistência de Joe Biden da corrida presidencial e apenas dois terços querem que ele complete o seu mandato.

Biden desistiu de concorrer à reeleição pelo Partido Democrata no último dia 21 e já declarou apoio a sua vice, Kamala Harris


Kamala Harris e Joe Biden (Foto: Reprodução/Instagram/@kamalaharris)

Principais desafios para o próximo presidente dos EUA

O próximo presidente americano ira encontrar muitos desafios em seu mandato, mas o principal deles está associado as questões econômicas do país, já que os Estados Unidos que atingiu o maior nível de inflação em 40 anos.

Outro tema importante que o futuro líder americano terá que lidar são as pautas sobre imigração e à política externa, tanto sobre o relacionamento com outros líderes mundiais quanto em relação às decisões tomadas sobre a guerra na Ucrânia e em Gaza.