Warren Buffett doa US$ 6 bilhões para instituições filantrópicas em sua maior contribuição anual

Em mais uma ação voltada à filantropia, o investidor bilionário Warren Buffett anunciou neste sábado (28) a doação de US$ 6 bilhões em ações da Berkshire Hathaway para cinco instituições de caridade. O valor, equivalente a cerca de R$ 32,8 bilhões, representa sua maior contribuição anual desde que iniciou seu compromisso formal de doar a maior parte de sua fortuna em 2006.

A maior parte do montante foi destinada à Fundação Bill & Melinda Gates, que já recebeu bilhões do magnata em outras ocasiões. As demais ações foram divididas entre outras quatro organizações ligadas a causas sociais, educacionais e humanitárias. Aos 94 anos, Buffett reafirma seu plano de repassar praticamente todo o seu patrimônio para a filantropia.

Doação histórica movimenta o setor filantrópico

Ao todo, foram transferidas cerca de 12,36 milhões de ações Classe B da Berkshire Hathaway, correspondentes à conversão de aproximadamente 8.200 ações Classe A. Essa conversão é uma prática comum adotada por Buffett, já que as ações Classe B, por serem mais acessíveis e fáceis de negociar, facilitam o uso prático das doações pelas fundações beneficiadas.

A transação será formalizada nesta segunda-feira (30), o que reduzirá a participação de Buffett na companhia para pouco menos de 200 mil ações Classe A, além de 1.144 ações Classe B. Cada ação Classe A da empresa está avaliada em quase US$ 731 mil, aproximadamente R$ 4 milhões, enquanto uma ação Classe B é negociada por cerca de US$ 485,68, em torno de R$ 2.660.

Além da Fundação Bill & Melinda Gates, que dedica seus esforços a questões como combate à pobreza, desenvolvimento global e educação, as demais instituições beneficiadas foram a Sherwood Foundation, a Howard G. Buffett Foundation, a NoVo Foundation e a Susan Thompson Buffett Foundation. Todas elas compartilham o foco em educação, equidade social e desenvolvimento humano.


Recorte em papelão de Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, antes da assembleia anual em Nebraska, no 2 de maio de 2025 (Foto: reprodução/Dan Brouillette/Bloomberg/Getty Images embed)


Compromisso de longa data com a filantropia

Em um comunicado à imprensa, Buffett destacou que seu plano de doações foi estabelecido em 2006 e tem sido seguido desde então. À época, ele detinha quase 475 mil ações Classe A da Berkshire, equivalentes a mais de 98% de seu patrimônio. Desde então, vem fazendo contribuições anuais consideráveis a essas mesmas cinco fundações.

O bilionário afirma que aproximadamente 99,5% de sua riqueza está comprometida com fins filantrópicos. Além disso, ressaltou que não comprou nem vendeu nenhuma ação da Berkshire Hathaway nos últimos 19 anos, demonstrando consistência em sua estratégia de investimento e doação.

Aos 94 anos, Buffett anunciou recentemente que pretende deixar o cargo de CEO da Berkshire Hathaway até o final de 2025. Ele indicou Greg Abel, atual CEO da Berkshire Hathaway Energy, como seu sucessor. Warren Buffett está nas listas dos mais ricos do mundo, atrás de bilionários, como Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Larry Ellison e Elon Musk.

Forbes indica as 10 pessoas mais ricas do mundo

O diretor-executivo da Tesla Motors, Elon Musk, inicia 2025 no topo do ranking das 10 pessoas mais ricas do mundo, e o único bilionário em quase quarenta anos a possuir um patrimônio líquido maior que US$ 400 bilhões, equivalendo a R$ 2,48 trilhões, conforme averiguado pela Forbes.

O patrimônio total destas dez pessoas ultrapassa S$ 1,9 trilhão (R$ 11,78 trilhões), sendo um acréscimo de US$ 1,8 trilhão (R$ 11,16 trilhões) desde 1 de dezembro. Destes dez bilionários, sete estão ainda mais ricas do que estavam há um mês.

A pessoa mais rica do mundo

Em janeiro de 2025, seu patrimônio é considerado em volta de US$ 421,2 bilhões (R$ 2,61 trilhões), tendo aumentado US$ 91 bilhões (R$ 564,2 bilhões) desde o início de dezembro. Isso se deve após a SpaceX, empresa criada por Musk, ter aceitado comprar novamente ações de investidores internos, depois de um acordo que mostrou que a empresa valia US$ 350 bilhões (R$ 2,17 trilhões).

A nova avaliação tornou a SpaceX a empresa privada mais valiosa do mundo, superando a ByteDance e a OpenAI, responsáveis pelo TikTok e ChatGPT, respectivamente; Musk possui cerca de 42% de participação da empresa de foguetes.

Elon ganhou ainda mais relevância após Donald Trump ganhar a eleição presidencial dos Estados Unidos no ano passado, e tê-lo nomeado como co-líder do Departamento de Eficiência Governamental, um órgão consultivo novo, gerado para aumentar a eficácia do governo e reduzir seus gastos.

O ranking das 10 pessoas mais ricas do mundo

1 – Elon Musk


Elon Musk escuta o presidente eleito Elon Musk (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 421,2 bilhões (R$ 2,61 trilhões)

Fonte: Tesla, SpaceX, xAI, X

2 – Jeff Bezos


Jeff Bezos na cúpula anual DealBook do New York Times em 2024 (Foto: reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 233,5 bilhões (R$ 1,45 trilhão)

Fonte: Amazon

Bezos sobe da terceira posição para a segunda, conforme registros de dezembro de 2024. Possuindo cerca de 9% da Amazon, sendo fundador e presidente do concelho da mesma, sua fortuna expandiu-se em US$ 10 bilhões (R$ 62 bilhões) no último mês.

3 – Larry Ellison


Larry Ellison, em 2019, na Gala do “Rebeldes Com Uma Boa Causa” (Foto: reprodução/Phillip Faraone/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 209,7 bilhões (R$ 1,30 trilhão)

Fonte: Oracle

Na última semana houve um aumento das ações da Oracle na bolsa de valores em mais de 12%, fazendo com que Ellison ultrapasse o fundador da Meta.

4 – Mark Zuckerberg


Mark Zuckerberg em um evento da Meta no ano passado (Foto: reprodução/David Paul Morris/Bloomberg via Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 202,5 bilhões (R$ 1,25 trilhão)

Fonte: Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp)

Em dezembro do ano passado, o fundador do Facebook ocupava o terceiro lugar, com uma fortuna de US$ 213,4 bilhões, resultante do uso das redes sociais da Meta, e soluções em Inteligência Artificial.

5 – Bernard Arnault


Bernard Arnault chega ao Palácio do Eliseu presidencial, para participar de um jantar de Estado com o casal real belga, em outubro de 2024 (Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images rmbed)


Patrimônio líquido: US$ 168,8 bilhões (R$ 1,05 trilhão)

Fonte: LVMH / bens de luxo

Em abril de 2024, Arnault era a pessoa mais rica do mundo, até que perdeu US$ 10,3 bilhões (R$ 58 bilhões) em um dia, após o Grupo LVMH ter resultados péssimos depois da China ter mudado a maneira como consome. Isso impactou demasiadamente o grupo, visto que a Ásia é o principal consumidor de artigos de luxo.

6 – Larry Page


Larry Page, em 2016, na 5ª Cerimônia Anual do Prêmio Revelação no NASA Ames Research Center (Foto: reprodução/Tim Mosenfelder/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 156 bilhões (R$ 967,2 bilhões)

Fonte: Google

Mesmo com os problemas com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que disse que a empresa monopolizou o mercado de buscas online, Larry subiu quatro posições no ranking de mais ricos desde dezembro de 2024.

7 – Sergey Brin


Sergey Brin na 10ª Cerimônia Anual do Prêmio Revelação (Foto: reprodução/Steve Granitz/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 149 bilhões (R$ 922,8 bilhões)

Fonte: Google

O antigo dirigente da Alphabet passou por um processo judicial no ano passado após um de seus aviões terem sido equipados com um tanque de combustível extra, matando duas pessoas a bordo.

8 – Warren Buffett


Warren Buffett em 2017, na estreia de “The Post” (Foto: reprodução/Paul Morigi/WireImage/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 141,7 bilhões (R$ 878,5 bilhões)

Fonte: Berkshire Hathaway

No ano passado, somente no período de 20 a 24 de dezembro, foi comunicado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários, em tradução livre), que a companhia do investidor obteve 143.400 ações da VeriSign.

9 – Steve Ballmer


Steve Ballmer participa do LA Clippers Tip-Off da temporada da NBA no Intuit Dome (Foto: reprodução/Leon Bennett/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 124,3 bilhões (R$ 769,9 bilhões)

Fonte: Microsoft, Clippers, investimentos

Ballmer foi um dos primeiros funcionários da Microsoft, e atuou como CEO da empresa por quase 14 anos. Em julho do ano passado, sua fortuna chegou a US$ 157,2 bilhões, ultrapassando os US$ 156,7 bilhões de Gates, que criou a Microsoft nos anos 70, ao lado de seu amigo, Paul Allen.

10 – Jensen Huang


Jensen Huang recebe o Prémio Vinfuture pelas suas contribuições científicas, em Hanói, no dia 6 de dezembro de 2024 (Foto: reprodução/Nhac Nguyen/Getty Images embed)


Patrimônio líquido: US$ 117,2 bilhões (R$ 725,4 bilhões)

Fonte: Nvidia

O CEO e co-fundador da Nvidia entra pela primeira vez no ranking, com sua fortuna tendo alavancado após participar na fabricação de chips, fazendo com que suas ações subissem em 171% em 2024. A empresa encerrou o ano tornando-se mais valiosa que a Microsoft. Huang ultrapassa o fundador da Zara, Amancio Ortega.

Elon Musk e Jeff Bezos dominam ranking de bilionários em julho

No mês passado, houve grandes mudanças no ranking dos homens mais ricos do mundo, conforme destacado pela Forbes. Elon Musk se destacou, mantendo sua posição de líder devido a um excepcional desempenho da Tesla. Desde 1º de junho, a fortuna de Musk aumentou US$ 11,1 bilhões, totalizando um ganho de quase US$ 19 bilhões nos últimos dois meses.

Fortuna de Musk deve continuar a crescer

A tendência é que a fortuna de Musk continue a crescer, isso vem impulsionado principalmente pela SpaceX, que está prestes a vender ações em uma oferta que avalia a empresa em US$ 210 bilhões (R$ 1,1 trilhão), uma alta significativa em relação aos US$ 180 bilhões (R$ 1 trilhão) de dezembro passado. Musk mesmo não controlando a empresa totalmente ainda detém uma participação estimada de 42% na companhia.

Jeff Bezos, outro gigante do setor tecnológico, viu sua fortuna aumentar US$ 15,5 bilhões no último mês. Este crescimento foi suficiente para elevar Bezos ao segundo lugar no ranking, com a capitalização de mercado da Amazon ultrapassando a marca de US$ 2 trilhões pela primeira vez no final de junho a empresa continua em forte alta no mercado e a tendencia e continuar o crescimento.

Bernard Arnault, que chegou liderar a lista de bilionários de fevereiro até o final de maio, caiu para a terceira posição. As ações de seu grupo de luxo, LVMH, recuaram pelo segundo mês consecutivo, impactando negativamente sua fortuna, mais ainda mantendo ele entre os três homens ricos do mundo.

O maior vencedor de junho foi Larry Ellison. O cofundador da Oracle viu sua fortuna saltar US$ 26,8 bilhões (R$ 149,5 bilhões) para um estimado de US$ 173 bilhões, graças ao desempenho recorde das ações da Oracle, empresa conhecida no seguimento de nuvem.

Warren Buffett cai algumas posições

Com essas movimentações, os 10 bilionários mais ricos do mundo acumularam um valor total combinado de US$ 1,66 trilhão, um aumento de cerca de US$ 76 bilhões em apenas um mês.


Queda de Warren Buffett foi surpresa no raking (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


Outro destaque foi Mark Zuckerberg que viu o crescimento das ações da Meta fazerem ele manter a quinta colocação no ranking, com um patrimônio estimado em US$175,3 bilhões.

Com isso, os 10 bilionários mais ricos do mundo acumularam um valor total combinado de US$ 1,66 trilhão um aumento de cerca de US$ 76 bilhões em apenas um mês.

Buffett expõe visão sobre Apple e outras holdings na reunião da Berkshire Hathaway

Realizada anualmente, a reunião da Berkshire Hathaway é um evento esperado por investidores, analistas e entusiastas do mercado financeiro. Este ano, a reunião da empresa liderada por Warren Buffett atraiu uma grande multidão ávida por insights sobre os próximos passos da gigante do mercado de gestão de investimentos.


A Reunião Anual da Berkshire Hathaway sempre atrai grande quantidade de pessoas. (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


Reunião começou destacando a memória de Charlie Munger

Este ano, em particular, a reunião começou destacando a memória de Charlie Munger, sócio e braço direito de Buffett, que faleceu no final do ano passado aos 99 anos, deixando um legado duradouro na empresa.

Buffett, juntamente com seus colegas de liderança, Greg Abel e Ajit Jain, compartilhou uma visão detalhada dos resultados financeiros do primeiro trimestre e ofereceu uma perspectiva promissora para o restante do ano. Os lucros operacionais, que subiram impressionantes 39% em relação ao ano anterior, demonstraram um início sólido para 2024. Buffett enfatizou a importância de olhar além das flutuações de curto prazo do mercado e focar nos fundamentos operacionais da Berkshire, destacando que estes fornecem uma visão mais precisa da saúde financeira da empresa.

Venda parcial da Apple foi grande surpresa da reunião

Uma das maiores revelações da reunião foi a venda parcial da participação da Berkshire durante o primeiro trimestre do ano. Embora tenha ocorrido a venda parcial das ações da gigante de tecnologia, Buffett enfatizou que a Apple continua tendo uma posição crucial em seu portfólio. Ele também expressou confiança na empresa e a comparou favoravelmente com outras grandes holdings, como American Express e Coca-Cola.

Além das vendas de ações, a Berkshire viu seu caixa crescer para mais de US$ 182 bilhões, uma reserva que Buffett espera aumentar para pelo menos US$ 200 bilhões até o final do segundo trimestre. Quando questionado sobre a falta de investimento desse montante, Buffett explicou que a empresa está aguardando por oportunidades significativas e que só investirá quando encontrar negócios que considera atrativos.

Outro ponto que foi foco na reunião foi a sucessão da empresa, principalmente para quando Buffett já não estiver no comando. Embora Greg Abel tenha sido identificado como um potencial sucessor, Buffett enfatizou que a decisão caberá ao conselho da Berkshire.

Em última análise, Buffett delineou um plano claro para o futuro da Berkshire Hathaway: aumentar os lucros operacionais, diminuir as ações em circulação e esperar por oportunidades de investimento significativas. Este plano reflete a abordagem disciplinada e de longo prazo que tem sido a marca registrada de Buffett ao longo de sua carreira.

Após lucro recorde, Berkshire se aproxima do valor de mercado de 1 trilhão

A Berkshire Hathaway, cujo CEO é Warren Buffett, está se aproximando do valor de mercado de 1 trilhão de dólares. Caso atinja esse valor, a empresa se colocaria em uma lista rara de empresas a alcançar essa marca. Isso ocorre em um momento em que a multinacional registrou lucro anual recorde pelo segundo ano consecutivo.

Buffett, que atualmente tem 93 anos, porém ainda é muito ativo na empresa, fez garantias aos acionistas de que os investimentos feitos pela empresa foram “construídos para durar“.

Buffett cauteloso

No entanto, mesmo com o otimismo geral, Buffett disse em sua carta anual aos investidores da Berkshire que não restavam muitas oportunidades lucrativas de investimento. Ele também afirmou que a empresa terá um desempenho um pouco melhor do que a “média das empresas norte-americanas“, mas que, no entanto, qualquer resultado além disso seria uma “ilusão“.


Casas são um dos principais investimentos da Berkshire Hathaway (Foto: reprodução/X/@warrenbuffett)

A importância da Berkshire chega ao ponto de que muitos investidores a veem como um termômetro para a economia dos Estados Unidos. Isso se deve, em parte, ao fato de a carteira de investimentos da empresa ser bastante diversificada.

Há apenas um punhado de empresas neste país capazes de realmente mudar o rumo da Berkshire, e elas têm sido infinitamente escolhidas por nós e por outros… Em suma, não temos possibilidade de um desempenho extraordinário

Warren Buffet CEO da Berkshire Hathaway

Bons números

Sobre os números, o lucro operacional anual da Berkshire subiu 21%, alcançando o valor de 37,4 bilhões de dólares. Isso se deveu em grande parte à melhoria na subscrição, além de um maior retorno na receita de investimentos do segmento de seguros. Outro número positivo foi o lucro operacional do quarto trimestre, que também superou as expectativas dos analistas.

Agora, a empresa se encaminha para um ano que, embora não prometa ser o mais positivo em termos de balanço econômico, ainda promete ser um ano de grande lucratividade.