Festival de Veneza atrai atenção após looks inusitados de atores

Nesta semana o Festival Internacional de Cinema de Veneza está ocorrendo e, como esperado, os deslumbrantes vestidos sempre se destacam como os protagonistas do evento. Nesta edição, as grandes estrelas do cinema estão cativando o público com os acessórios que escolheram, elevando suas produções a um novo patamar de memorabilidade.

Broches, boinas e até máscaras marcaram presença de maneira significativa. Confira os acessórios que mais chamaram atenção. Já Lady Gaga, Angelina Jolie e Cate Blanchett, desta vez optaram por acessórios que se mostraram fundamentais no conjunto.


Angelina Jolie durante Festival de Veneza (Foto: reprodução/ Andreas Rentz/Getty Images Embed)


Angelina Jolie

Angelina Jolie, com um look monocromático criado pela designer Tamara Ralph, combinou duas peças: uma estola de pele sintética e, fixado a ela, um broche dourado em forma de rosa que pertencera à soprano Maria Callas, a qual Jolie interpretou no filme “Maria”, lançado durante o festival.

O broche é uma criação da maison Cartier, datando de 1972, que recebeu o nome de “Rose Ouvrante” e é adornado com diamantes, safiras e rubis. Além disso, a peça possui um mecanismo que permite que a rosa abra e feche suas pétalas.

Em outra ocasião do festival, Angelina complementou um vestido de veludo preto de sua própria marca, Atelier Jolie, com mais um broche. Desta vez, tratava-se de um modelo clássico da Cartier, o Panthère, lançado em 1971, que também fez parte do vestuário da soprano.


Cate Blanchett durante Festival de Veneza (Foto: reprodução/ Andreas Rentz/Getty Images Embed)


Cate Blanchett

Os colares alternativos conquistaram destaque no Festival de Veneza, sendo a atriz Cate Blanchett uma das principais responsáveis por isso. Ela iniciou o evento combinando um vestido champagne da Armani Privé com um colar utilizado de maneira inusitada: cobrindo os ombros.

A peça, da Louis Vuitton, é enaltecida por diamantes e pérolas. Em outro dia do festival, Cate apresentou a ideia do “colar invertido”, que é posicionado nas costas, uma nova tendência do evento. Esta joia, na realidade, é integrada ao vestido e se estende pelas costas da atriz, mesclando elementos de capa e maxicolar.


Taylor Russell durante Festival em Veneza (Foto: reprodução/ Gisela Schober/ Getty Images Embed)


Taylor Russell

A atriz e jurada do festival, Taylor Russell, chamou a atenção com seu colar nas costas. Ela usou um vestido amarelo claro da Loewe, complementado por uma peça de diamantes da Tiffany & Co. que estava posicionada nas costas, acompanhada de uma echarpe na mesma tonalidade.

Como era de se esperar, a atriz e jurada faz sua aparição mais uma vez nesta seleção, optando por um modelo da Loewe, inteiramente preto, que apresenta fendas, recortes e detalhes em renda na saia. O grande destaque fica por conta do capuz preto que se coloca sobre os ombros de Taylor, conferindo um ar misterioso e sofisticado ao seu look.


Winona Ryder durante Festival de Veneza (Foto: reprodução/ Andreas Rentz/ Getty Images)


Winona Ryder

Winona Ryder, por sua vez, trouxe um visual Chanel da coleção de Alta Costura de 2007, misturando elementos preppy e góticos, uma homenagem à sua personagem em Beetlejuice, de 1988. O conjunto, que incluía um blazer e um colete sob medida, também contava com uma gravata, que neste caso tinha o formato de laço, adicionando uma pitada de feminilidade ao look.


Sigourney Weaver em Festival de Veneza (Foto: reprodução/ Vittorio Zunino Celotto/ Getty Images Embed)


Sigourney Weaver

Sigourney Weaver, estrela do clássico Alien, não se limitou a usar a gravata no seu visual social, que incluía camisa e calça de alfaiataria; ela também decidiu acrescentar um broche. Este acessório, em forma de leão e cravejado de diamantes, celebra o prêmio Leão de Ouro honorário que recebeu por sua trajetória no cinema, concedido no festival em 27 de agosto.


Lady Gaga durante Festival de Veneza (Foto: reprodução/ Daniele Venturelli/ Getty Images Embed)


Lady Gaga

Nesse look, a máscara de renda que possui dois “chifres” foi a estrela da composição. Essa peça foi criada pelo renomado chapelier inglês Philip Treacy em 2001 e já foi usada pela icônica editora de moda britânica Isabella Blow.

Durante o festival de estreia de Joker: Folie à Deux, podemos conjecturar que a máscara faz alusão ao uniforme clássico do Batman ou que seja apenas mais uma das ousadas produções que Gaga adora incorporar.

Crítica: “Os Fantasmas Ainda se Divertem”: Tim Burton nos leva de volta ao bizarro e divertido mundo dos mortos

Tim Burton retorna ao universo sombrio e excêntrico de “Os Fantasmas se Divertem”, um clássico que marcou gerações na “Sessão da tarde”, agora com uma sequência que mantém a essência do filme original e coloca os personagens que já conhecemos em novas situações. Com sua direção inconfundível, Burton entrega uma nova aventura repleta de humor mórbido e visuais surreais, expandindo o universo de Beetlejuice de maneira criativa para as novas gerações.


Assista o trailer de “Os fantasmas ainda se divertem: Beetlejuice Beetlejuice” (Reprodução/Youtube/Warner Bros Pictures Brasil)

Trama de “Os Fantasmas Ainda se Divertem”

O longa mostra a reunião das três gerações da família Deetz que voltam a Winter River após uma tragédia familiar inesperada. Lydia Deetz (Winona Ryder), agora adulta e mãe de Astrid (Jenna Ortega), junto com sua madrasta Delia (Catherine O’Hara), veem a calma da casa abalada quando a jovem descobre a antiga maquete da cidade no sótão. As três acabam envolvidas involuntariamente numa série de eventos que acabam trazendo de volta do mundo dos mortos o caótico demônio Beetlejuice (Michael Keaton), que dessa vez está sendo perseguido por sua falecida ex-esposa Delores (Monica Bellucci).


Elenco de “Beetlejuice Beetlejuice” (Foto: reprodução/Instagram/@wbpictures)

O retorno de personagens clássicos e novos rostos

O ponto alto da nova aventura do “Besouro suco”, está na química das três mulheres da família Deetz. Catherine O’Hara, Winona Ryder e Jenna Ortega entregam momentos bem cômicos quando estão juntas em cena, as duas veteranas retomam seus papéis como se tivessem acabado de gravar o clássico de 88, principalmente O’Hara que mantém uma leveza cômica que demonstra como sua relação com sua enteada evoluiu. A Lydia de Ryder aparece aqui mais amadurecida, mantendo seu estilo gótico e seu dom para ver fantasmas, dessa vez como mãe de Astrid de Jenna Ortega, a queridinha atual da geração Z, que embora convincente, não consegue se desvencilhar completamente da sombra de sua interpretação de Wandinha.

Michael Keaton, por outro lado, volta ao papel de Beetlejuice com toda a energia caótica que marcou o primeiro filme, dessa vez com mais tempo de tela, roubando a cena em todas as suas aparições, principalmente no inesperado número musical do final. A adição de personagens como o de Willem Dafoe, interpretando um policial estereotipado também trazem um humor único, arrancando risadas em todas as cenas que aparecia.

Apesar das ótimas adições, os vilões, incluindo a ex-esposa de Beetlejuice, interpretada por Monica Bellucci e inspirada na Noiva de Frankenstein, acabam ficando em segundo plano no meio de tantos acontecimentos paralelos do filme, apesar dela ter uma introdução eletrizante.


Jenna Ortega é uma das principais adições ao elenco da sequência (Foto: reprodução/Instagram/@beetlejuicemovie)

Uma vida após a morte aleatória

A ausência do casal original, vivido por Alec Baldwin e Geena Davis, é abordada de forma rápida e convincente, sem comprometer o ritmo da história, e as explicações para eventos do passado ou que ocorreram fora de cena são apresentadas de maneira criativa e com um humor bem característico, dando um toque bem único pro longa.

Tim Burton mantém sua assinatura visual inconfundível, mergulhando os espectadores em um universo de vida pós-morte que é, ao mesmo tempo, original e absurdamente aleatório. As regras desse mundo são tão confusas quanto fascinantes, mas isso não diminui a diversão e a qualidade da trama, muito pelo contrário, apenas aumenta o charme dele, um desses exemplos são os icônicos vermes de areia que voltam à cena, recriados com um visual stop-motion que remete diretamente ao longa original nos anos 80, usando de diversos momentos e referências nostálgicas do filme anterior, mas sem tentar repetir a mesma história.

Conclusão

“Os Fantasmas Ainda se Divertem” é uma sequência que faz jus ao legado do original, misturando o humor e as bizarrices que fizeram o filme clássico ser tão amado. Seria ótimo viver em um mundo no qual os lançamentos de Tim Burton fossem mais frequentes nos dias atuais para que as novas gerações pudessem conhecer e cativar-se com o visual único de suas obras. Com uma direção bem característica dele e um elenco que parece ter gravado ontem mesmo o longa de 88, ele oferece uma divertida viagem ao mundo dos mortos, que consegue ser tão fascinante quanto o primeiro. É uma experiência que vai deixar os fãs novos e velhos satisfeitos e, quem sabe, ansiosos por mais uma visita ao universo caótico de Beetlejuice futuramente.

Nota: ⭐⭐⭐⭐☆