Uso de VPN para acessar o X pode comprometer sua privacidade e segurança digital

Desde a suspensão do X, antigo Twitter, muitos usuários começaram a procurar outros meios de acessar a rede social no Brasil. Entre as opções mais populares está o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais), que permitem contornar bloqueios geográficos digitais, podendo acessar conteúdos que não estão disponíveis no seu país, como catálogos de Streaming. No entanto, além da multa diária de R$ 50 mil estabelecida pela Justiça, especialistas alertam que o uso dessas ferramentas pode representar sérios riscos à cibersegurança, expondo dados pessoais e dispositivos a ameaças virtuais.

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como funciona e quais são as desvantagens da VPN

Mesmo com as ameaças de multa, muitos usuários optaram por arriscar a privacidade e a segurança em busca de manter o acesso à plataforma utilizando VPNs.

O significado de VPN é “Virtual Private Network” ou “Rede Privada Virtual” em português, e servem para ultrapassar bloqueios geográficos ao mascarar o endereço IP do usuário. Embora o uso de VPN possa parecer uma solução rápida e eficiente para contornar o bloqueio do X, especialistas em cibersegurança alertam para os perigos que essa ferramenta pode representar. Wanderson Castilho, especialista em segurança digital, explica que o uso de VPNs pode expor os usuários a vulnerabilidades se o serviço escolhido não for confiável. “Se a VPN estiver mal configurada ou se o provedor não oferecer garantias de segurança, os dados do usuário podem ser interceptados por hackers ou terceiros mal-intencionados”, afirma Castilho.

Além disso, a segurança dos dispositivos pode ser comprometida caso a VPN utilizada contenha malwares ou outros tipos de ameaças. Mesmo com uma VPN ativa, clicar em links suspeitos ou baixar arquivos infectados pode expor o usuário a ataques cibernéticos. Vale ressaltar que, embora as VPNs ofereçam um grau de anonimato, elas não garantem proteção completa contra a instalação de vírus ou ataques de Pishing, quando criminosos tentam obter acesso a dados confidencias, como senhas e contas bancárias. A recomendação dos especialistas é escolher um serviço de VPN com reputação sólida no mercado, além de manter práticas seguras de navegação e proteção com antivírus.


Uso de VPNs aumentou exponencialmente após o bloqueio do X (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Aumento no uso de VPNs no Brasil após o bloqueio do X

Segundo dados da NordVPN, uma das maiores fornecedoras de VPN no mundo, as buscas pelo serviço no Brasil cresceram 426% entre os dias 29 e 31 de agosto, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no país após a plataforma não cumprir ordens judiciais, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil. O uso de VPN para acessar a rede social pode acarretar uma multa diária de R$ 50 mil, conforme determina a ordem judicial. No entanto, ainda há incertezas sobre como essa penalidade será aplicada, já que a fiscalização de tantos usuários e o monitoramento das tentativas de acesso são desafios difíceis de controlar.

Whindersson Nunes e Janja protagonizam treta online

Nesta quinta (09/05), Whindersson Nunes gerou uma briga no twitter, ao comentar o tweet de Janja em relação ao resgate do cavalo Caramelo diante das enchentes do Rio Grande do Sul. A treta acabou levando a internet a se envolver, criticando a atitude de Whindersson, e até mesmo a de Janja.

A primeira Dama compartilhou no Twitter um vídeo, emocionada por ter conseguido salvar o cavalo Caramelo. Whindersson então, se mostrou revoltado por toda essa mobilização pelo animal, quando milhares de pessoas sofriam as consequências das enchentes. Comentou o tweet de Janja com uma imagem meme de Jade Picon lavando roupas no rio.



 O youtuber também fez diversos tweets apontando inconsequência do governo em lidar com a calamidade, e mobilizou a internet entre pessoas que concordam com ele, e as que estão do lado de Janja e do animal.

Janja então respondeu ao tweet de Whindersson com uma interpretação ao pé da letra: “Ele não sabe que já inventaram a máquina de lavar há tempo, que libera o tempo das mulheres para fazerem e estarem onde quiserem”.

O nordestino então rebateu frisando que o post não fazia alusão a trabalhos domésticos, e sim ao escândalo por uma coisa e realmente botar a mão na massa para solucionar.

A internet se mostrou revoltada com a atitude de Whindersson, o que gerou uma enorme briga online entre diversas trocas de farpas, o acusando de ser bolsonarista e machista.


Whindersson Nunes rebatendo críticas (Foto: reprodução/X/@whindersson)


Com a contínua discussão,  outras pessoas online foram entendendo o ponto de Whindersson, o que gerou uma grande movimentação de críticas ao governo, concordando que a questão das enchentes era algo antigo e o governo não tomou medidas enquanto podiam, além da reclamação da falta de esforço no momento atual. O youtuber atualmente se encontra nos trending topics do Brasil.

Após ataques de Elon Musk a Moraes, a PF pretende convocar representantes do X para depor

Após os recentes ataques virtuais, o último nesta segunda-feira (8), de Elon Musk a Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) decidiu convocar os representantes do atual X (ex-Twitter) para prestar esclarecimentos. Os depoimentos ainda não possuem datas confirmadas. 

Os últimos acontecimentos 

Nos últimos dias, o atual dono do antigo Twitter, Elon Musk, se mostrou bastante contrário ao ministro Alexandre de Moraes e mais recentemente ao presidente Lula. Musk afirma que as medidas tomadas por Moares são inconstitucionais quanto ao próprio governo brasileiro. O empresário demonstrou bastante incômodo com as exigências do ministro para a plataforma pela qual Musk é líder. 

Os ataques do empresário acarretaram no pedido, por parte do ministro, que Elon Musk fosse incluído no inquérito das milícias digitais, tramitado no Supremo Tribunal Federal (STF), tornando Moraes o relator do caso. 

Nesta segunda-feira (8), Elon Musk se mostrou ainda mais reativo, atacando diretamente Luis Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil. Na publicação feita através do X – a própria rede de Musk – o empresário afirmou que Moraes tem Lula “na coleira”


Elon Musk via X (em tradução livre): “como foi para Alexandre de Moraes se tornar ditador? Ele tem Lula na coleira” (Foto: reprodução/x/@elonmusk)

Através de fontes internas no governo Lula, a CNN compartilhou que auxiliares do presidente já reagiram a série de ataques do empresário, afirmando que ele é um “lunático” e que não se comporta como um empresário, mas sim, como um “militante extremista”.

Reações 

O embate entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal teve seu estopim após o bilionário anunciar a liberação das contas bloqueadas por decisão judicial, afirmando que as altas multas aplicadas a rede social estariam acarretando na perda de receitas no Brasil. 

Moraes, sem citação direta ao bilionário, disse que decisões judiciais estão abertas a contestação, mas não a descumprimento. 

“Decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado. Essa é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil.”

Ainda se tratando das reações, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou em nota que toda e qualquer empresa dentro dos limites brasileiros está sujeita à Constituição Federal.

“O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras”, afirmou o ministro. 

Lula, nesta terça-feira (9), também deixando a título de suspense sobre à quem foi direcionado, disse que há “bilionários fazendo foguetes” para ir ao espaço, entretanto, deveriam aprender a viver aqui e “usar o muito dinheiro que tem para ajudar a preservar” a Terra. 

Musk, além do X, também é dono do SpaceX, que tem lançado veículos tripulados ao espaço e da Starlink, empresa que atua na área de internet via satélite, dando entrada no Brasil em 2022, marcada por irregularidades e polêmicas envolvendo promessas de internet para escolas em áreas remotas do Brasil, como a Amazônia, que não foram cumpridas.

Campo jurídico representa oposição nas ofensivas de Moraes contra Musk

A investida do ministro Alexandre de Moraes contra o proprietário do X/Twitter, Elon Musk, reacendeu um debate que já foi tema de discussão no meio jurídico em outras ocasiões. Os estudiosos do direito concordam que o assunto está no centro das discussões entre grupos de advogados.

Veja do que Musk acusa Moraes

Parte compartilhada da opinião de que o ministro possivelmente ultrapassou os limites das prerrogativas de seu cargo. No entanto, há aqueles que apoiam as ações de Moraes, argumentando que, especialmente neste caso, tolerar a insubordinação de Musk poderia até mesmo comprometer a soberania nacional.

Para os críticos, as penas severas e as decisões unilaterais minam o exercício das funções de Moraes. Eles também observam que, embora possa ser uma estratégia para impulsionar as investigações, a demora em conceder vistas aos alvos de operações ou conceder acesso parcial, apenas reforça a crítica de que os investigados nos processos relatados por Moraes não têm pleno exercício do direito de ampla defesa.

Os três principais pontos de crítica neste caso são: a exposição negativa da Justiça brasileira no âmbito internacional, a ausência de uma ação por parte do Ministério Público contra Musk e é como se Moraes estivesse caindo em uma armadilha.


Elon Musk. (Foto: reprodução/Frederic Legrand)

Alguns advogados evitam se manifestar publicamente sobre as decisões do ministro por temer retaliação. Um dos advogados consultados afirma que Moraes se tornou previsível, que todos sabem como ele irá agir, com uma resposta enérgica a qualquer provocação ou ataque.

Para alguns advogados, a polarização que permeia a política agora se estende ao setor jurídico com as ações de Moraes. No entanto, mesmo entre os críticos de direita, há aqueles que não apoiam suas ações. É um grupo mais garantista, que defende firmemente o direito à defesa, reservando a punição apenas como último recurso, e preconizam uma abordagem mais cautelosa por parte dos juízes.

Por outro lado, os juristas observam que as investidas do ministro do STF têm sido bem fundamentadas, sem enfrentar resistências significativas dentro do próprio tribunal. Isso fica evidente pelo fato de que as decisões relacionadas aos políticos presos e aos militares do 8 de janeiro não são revertidas pelos colegas de Alexandre. É como se ele tivesse total autoridade para supervisionar e punir.

Relembre o caso

No último domingo, Alexandre de Moraes ordenou a abertura de um inquérito com Musk, que estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil para o caso de a plataforma X liberar alguns perfis bloqueados judicialmente. Moraes alega que Musk iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação da Suprema Corte e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).