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Nesta segunda-feira (28), o governo russo anunciou que haverá um cessar-fogo durante três dias na Ucrânia. Conforme o informado pelo Kremlin, este momento, que ocorrerá em maio deste ano, seria por conta de “razões humanitárias”, e também devido à data comemorativa do dia da vitória, que foi quando os russos e aliados derrotaram a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Ainda comunicaram a respeito do fato, caso a Ucrânia violasse o cessar-fogo, o país presidido por Vladimir Putin iria dar uma resposta adequada e eficaz.
Ucrânia
Apesar da Ucrânia não ter se manifestado sobre essa questão ainda, o país quer que tenha um cessar-fogo imediato, conforme o ministro de relações exteriores informou. A trégua começou a ocorrer após o encontro do presidente Donald Trump com Zelensky ter ocorrido durante o funeral do papa Francisco. Eles se reaproximaram após ter havido um bate-boca em fevereiro deste ano, quando o presidente norte-americano estava próximo à Rússia. Ambos estiveram na despedida de Jorge Mario Bergoglio.
Volodymyr estaria calmo
Conforme o líder americano informou, Volodymyr está mais calmo, afirmando que o país dos ucranianos está enfrentando uma força maior, e ainda relatou que Putindeveria parar com os bombardeios e assinar um cessar-fogo definitivo quanto a esta guerra. Essa é a segunda vez que Putin faz um cessar-fogo, pois havia feito na Páscoa uma trégua, com 30 horas de duração, em que a Ucrânia acabou por acusar Moscou da violação do acordo.
Trump e Zelensky conversam no funeral do Papa Francisco no dia 26 de abril de 2025 (Foto: reprodução/Office of the Presidente of Ukraine/Getty Images Embed)
Discordâncias
Um ponto de discordância que existe entre os países da Rússia e Ucrânia é a respeito do que será feito com as regiões da Ucrânia que estão dominadas pelo país da Rússia. No momento, existem 20% por cento de ocupação feita pelos russos em territórios da Ucrânia.
Engels, a base aérea russa de bombardeio estratégico, foi atacada por drones ucranianos nesta quinta-feira (20). O ataque gerou uma gigantesca coluna de fumaça e moradores precisaram deixar suas casas.
Contudo, essa não é a primeira vez que a base é atacada. Em janeiro, o exército da Ucrânia já havia bombardeado a área, atingindo um depósito de petróleo que alimentava a base, o que causou um incêndio que durou cinco dias.
O Ministério da Defesa Russo informou que os drones atingiram uma área de armazenamento de munições, o que explica as explosões. Além do mais, dez pessoas ficaram feridas no ataque.
Uma das mais intensas trocas de ataques com drones da Guerra da Ucrânia resultou em uma impressionante explosão na base de Engels-2, principal sede de bombardeiros estratégicos para ataques nucleares e convencionais da Rússia. A ação, captada em múltiplas filmagens de celulares… pic.twitter.com/rMmWdCOp6f
O ataque gerou uma gigante coluna de fumaça (Vídeo: reprodução/X/@otempo)
Base aérea é estratégica para a Rússia
Base aérea é estratégica para a Rússia. Por ficar a 700km da fronteira entre os dois países, a base é importante para a atividade militar russa. Engels hospeda as aeronaves supersônicas de bombardeio, que inclusive, são adaptadas para lançar armas nucleares.
E por esse motivo, a base abriga um depósito de ogivas atômicas. O Ministério da Defesa descartou qualquer incidente com as armas nucleares durante o ataque.
Proposta de cessar-fogo
A fim de resolver a questão, no último dia 11 de março, o presidente ucraniano Volodímir Zelensky aceitou um cessar-fogo temporário de 30 dias. Essa proposta foi feita pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio. Mesmo com esforços e apoio da União Europeia, entretanto, a Rússia, através de representante, informou que só aceitaria o acordo de paz se fosse estabelecido nos termos de Moscou.
Ontem (19/3), o presidente dos EUA, Donald Trump, ligou para Vladimir Putin, a fim de, novamente, propor um cessar-fogo. A conversa durou duas horas e terminou com a negativa do presidente russo.
Logo após o telefonema, 45 drones atacaram a capital, Kiev. Em seguida, autoridades ucranianas informaram que casas e carros foram destruídos e duas pessoas ficaram feridas. Mais ao norte, um hospital foi atingido por um drone. Cerca de 100 pacientes precisaram ser retirados com urgência. Como resposta, a Ucrânia enviou drones de longo alcance que destruíram um depósito de petróleo no sul da Rússia.
Presidente russo Vladimir Putin discursando (Foto: reprodução/Instagram/@russian_kremlin)
Condições para acordo de paz
O Kremlin informou que suspendeu ataques contra a rede energética ucraniana, entretanto, acrescentou que só aceita um cessar-fogo definitivo se todo apoio militar e tecnológico à Ucrânia for suspenso imediatamente.
Nessa quarta-feira(19), a Rússia comunicou a suspensão de ataques que ia fazer na infraestrutura da Ucrânia. Segundo informado pelo governo Russo, essa desistência ocorreu devido a uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que aconteceu na última terça-feira(18). Putin teria concordado durante a conversa em parar com os ataques proferidos as instalações energéticas ucranianas, além disso, ele ainda mandou derrubar os drones que estavam a caminho da Ucrânia.
Acusação
Nessa quarta-feira(19), os militares da Rússia acusaram Kiev de sabotagem. De acordo com eles, o local teria enviado drones para um depósito de petróleo localizado no sul da Rússia, sabotando, consequentemente, a trégua entre os países. Peskov disse que os ucranianos, não respeitaram o cessar-fogo de 30 dias. Apesar disso, o porta-voz russo indicou que irá cumprir com o acordo a respeito de não atacarem a infraestrutura ucraniana, tendo em vista a conversa ocorrida entre Donald Trump e Vladimir Putin.
Vladimir Putin durante sessão plenária na Rússia (Foto:reprodução/contributor/ Getty Images Embed)
Situação
Zelensky, o então presidente da Ucrânia atual, disse que a conversa com Donald Trump foi relevante e franca., na qual havia uma preparação para que as equipes fossem instruídas com o intuito de que ocorra a expansão do cessar-fogo parcial.
Ainda de acordo com a fonte, terá uma reunião na Arábia Saudita entre os países para que ambos sigam em direção à paz. A Casa Branca informou também a respeito do contato que houve entre os presidentes e disse que foi
Putin
Vladimir Putin, Presidente da Rússia, está aceitando um cessar-fogo parcial, mas não pretende finalizar a guerra enquanto a Ucrânia não ceder alguns territórios ao país em questão. Após essa recusa, as conversas entre os Estados Unidos e a Ucrânia ficaram um pouco tensas. Zelensky aceitou essa trégua de 30 dias e vai prosseguir dessa forma.
O secretário de Estado dos EUA declarou, nesta segunda-feira (10), que a Ucrânia teria que desistir de territórios ocupados ilegalmente pela Rússia, caso deseje um acordo de paz. Ele ainda afirma que não houve ameaça de corte do acesso à Starlink e que continuam a compartilhar informações com a Ucrânia.
A tentativa de chegar à paz
Marco Rubio, secretário de Estado, dos Estados Unidos, fez uma declaração, durante uma entrevista, afirmando que para que a Ucrânia possa obter um acordo de paz, eles deverão renunciar a territórios invadidos pela Rússia, durante a guerra.
Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, desembarcou para uma reunião com o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. No mês de fevereiro, os sauditas receberam representantes dos EUA e da Rússia, porém os ucranianos acabaram ficando de fora.
Nesta terça-feira (11) ocorrerá uma conversa entre os EUA e a Ucrânia, porém não contará com a presença do presidente ucraniano, que será representado pelo chefe do gabinete presidencial e os ministros das Relações Exteriores e da Defesa.
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em encontro com representantes políticos de países da Europa (Foto: reprodução/Nicolas Economou/NurPhoto/Getty Images Embed)
A intenção da Ucrânia é propor um cessar-fogo nos combates aéreos e marítimos. Em entrevista feita no seu avião rumo à Jeddah, Marco Rubio considerou a proposta do encerramento dos combates pelo céu e mar, porém afirmou que a melhor chance da Ucrânia de conseguir o cessar-fogo é de permitir que os russos fiquem com os territórios que conquistaram da Ucrânia, durante os conflitos.
Os russos não podem conquistar toda a Ucrânia e, obviamente, será muito difícil para a Ucrânia, em qualquer período de tempo razoável, forçar os russos a regressar ao ponto onde estavam em 2014. Temos que sair daqui com a sensação de que a Ucrânia está preparada para fazer coisas difíceis, como os russos terão que fazer coisas difíceis para acabar com este conflito ou pelo menos interrompê-lo de alguma forma”, afirmou Rubio.
O secretário de Estado americano desmentiu as acusações de soldados ucranianos, que disseram que a Starlink, empresa fornecedora de internet de Elon Musk, estava enviando suas coordenadas para a Rússia. Ele ainda disse que os Estados Unidos seguem compartilhando informações com a Ucrânia e que não há ameaça de corte do acesso à Starlink.
A situação do conflito
No ano de 2014 a Rússia anexou a península da Crimeia. Após o começo da invasão, em 2022, as regiões de Zaporizhzhya, Kherson, Luhansk e Donetsk foram dominadas pelos russos.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro no Kremlin, em Moscou (Foto: reprodução/MIKHAIL METZEL/POOL/AFP/Getty Images Embed)
A Europa tenta avançar planos para garantir a paz na Ucrânia, por meio de forças enviadas, caso o acordo entre os ucranianos e os russos seja feito. O presidente da França, Emmanuel Macron, organizou um encontro para esta terça-feira (11), com representantes de mais de 30 países.
O ex-presidente da Polônia e líder sindical, Lech Walesa, que exerceu papel de líder durante a derrubada do comunismo no país, publicou em seu facebook nessa segunda-feira (3) uma carta ao presidente Donald Trump. A carta, que foi assinada por 39 ex-prisioneiros políticos poloneses, expressa “horror e repulsa” pela discussão do americano com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O desentendimento ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, em Washington D.C, na sexta-feira (28).
Volodymyr Zelensky e Donald Trump (Foto: reprodução/Doug Mills/The New York Times)
Discussão na Casa Branca
Em reunião transmitida ao vivo na sexta-feira (28), Donald Trump acusou Zelensky de ser desrespeitoso com os Estados Unidos, ingrato pelo auxílio que recebeu do país, além de arriscar a Terceira Guerra Mundial. A fala deixou dúvidas sobre a continuidade do apoio de Washington à Ucrânia na guerra contra a Rússia que completou três anos em fevereiro.
Na carta escrita por Lech Walesa, o ex-presidente diz considerar as expectativas de Trump em relação a demonstração de respeito e gratidão pelo auxílio dos Estados Unidos durante a invasão russa “ofensiva”. “Gratidão é devida aos heróicos soldados ucranianos que derramaram sangue em defesa dos valores do mundo livre”, diz na carta.
Ex-presidente da Polônia Lech Walesa (Foto: reprodução/Czarek Sokolowski/AP/Euronews)
Durante a reunião no salão oval, Trump e o vice-presidente JD Vance atacaram Zelensky e levaram a relação dos Estados Unidos, que é o aliado mais importante da Ucrânia durante a guerra, a uma decadência histórica. Segundo uma autoridade dos EUA, o ucraniano foi instruído a deixar a Casa Branca.
Na carta de Walesa, o ex-presidente também comentou sobre a atmosfera da Sala Oval “Nos lembrou os interrogatórios da Segurança do Estado e os tribunais comunistas que bem conhecemos.”
Além disso, Walesa pediu aos EUA que cumpram as garantias de segurança dadas à Ucrânia após a dissolução da União Soviética em 1994 “Essas garantias são incondicionais: não há uma palavra sobre tratar tal ajuda como troca econômica”, diz o documento.
O presidente da Polônia, Andrzej Duda disse no sábado (1) que Zelensky deveria continuar a negociar com os Estados Unidos.
A carta na íntegra
“Excelentíssimo Senhor Presidente,
Assistimos com horror e repulsa à sua conversa com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Consideramos ofensivas as suas expectativas quanto à demonstração de respeito e gratidão pela ajuda material fornecida pelos Estados Unidos à Ucrânia, que luta contra a Rússia. A gratidão pertence aos heroicos soldados ucranianos que derramam seu sangue na defesa dos valores do mundo livre. São eles que, há mais de 11 anos, morrem na linha de frente em nome desses valores e da independência de sua pátria, atacada pela Rússia de Putin.
Não compreendemos como o líder de um país que simboliza o mundo livre pode não enxergar isso.O que também nos chocou foi a atmosfera na Sala Oval durante essa conversa, que nos lembrou os interrogatórios da Segurança do Estado e os tribunais comunistas que bem conhecemos. Promotores e juízes, a serviço da onipotente polícia política comunista, também nos diziam que tinham todas as cartas na mão, enquanto nós não tínhamos nenhuma. Exigiam que cessássemos nossas atividades, argumentando que, por nossa causa, milhares de inocentes estavam sofrendo. Retiraram-nos a liberdade e os direitos civis porque nos recusamos a cooperar com o regime e a expressar gratidão a ele. Estamos estarrecidos ao ver que o senhor tratou o Presidente Volodymyr Zelensky da mesma forma.
A história do século 20 mostra que, sempre que os Estados Unidos tentaram manter distância dos valores democráticos e de seus aliados europeus, isso acabou se tornando uma ameaça para os próprios EUA. O Presidente Woodrow Wilson compreendeu isso quando decidiu que os Estados Unidos deveriam ingressar na Primeira Guerra Mundial, em 1917. O Presidente Franklin Delano Roosevelt também entendeu essa lição quando, após o ataque a Pearl Harbor, em dezembro de 1941, decidiu que a guerra em defesa da América deveria ser travada não apenas no Pacífico, mas também na Europa, em aliança com os países atacados pelo Terceiro Reich.Recordamos que, sem o Presidente Ronald Reagan e o comprometimento financeiro dos Estados Unidos, não teria sido possível desmantelar o império da União Soviética. Reagan tinha plena consciência de que milhões de pessoas sofriam sob o jugo da Rússia soviética e de seus estados subjugados, incluindo milhares de prisioneiros políticos, que pagavam com sua liberdade pelo compromisso com os valores democráticos. Sua grandeza estava, entre outras coisas, no fato de não hesitar em chamar a URSS de “Império do Mal” e em travar uma luta decisiva contra ela. Vencemos, e hoje uma estátua do Presidente Ronald Reagan ergue-se em Varsóvia, em frente à Embaixada dos EUA.
Senhor Presidente, ajuda material — militar e financeira — não pode ser comparada ao sangue derramado pela independência e liberdade da Ucrânia, da Europa e de todo o mundo livre. A vida humana é inestimável, seu valor não pode ser medido em dinheiro. A gratidão pertence àqueles que fazem o sacrifício de sua liberdade e sangue. Para nós, membros do movimento Solidariedade e ex-prisioneiros políticos do regime comunista servil à Rússia soviética, isso é evidente.
Apelamos para que os Estados Unidos cumpram as garantias que fizeram, juntamente com o Reino Unido, no Memorando de Budapeste de 1994, no qual se comprometeram expressamente a defender a integridade territorial da Ucrânia em troca da entrega de seu arsenal nuclear. Essas garantias são incondicionais: não há qualquer cláusula que estabeleça a ajuda como um acordo comercial.”
A embaixada dos Estados Unidos em Varsóvia informou que perguntas sobre a carta deveriam ser feitas à assessoria de imprensa da Casa Branca, que não comentou sobre a carta em pedido via e-mail.
A Rússia voltou a atacar Kiev nesta segunda-feira (8), com um lançamento de mísseis acusado como o pior desde o início da guerra. O ataque causou a morte de mais de 30 pessoas e atingiu parte do maior hospital pediátrico da cidade, o Ohmatdyt, segundo as autoridades locais. As imagens divulgadas demonstram uma das faixadas completamente caídas e as autoridades relataram que crianças fazem parte da lista de mortos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que existem pessoas ainda presas sob os escombros do prédio. “Há pessoas sob os escombros e ainda não sabemos o número exato de vítimas. No momento, todos estão ajudando a retirar os escombros, tanto médicos como os cidadãoscomuns“, relatou o presidente.
Hospital pediátrico Ohmatdyt de Kiev após bombardeio (Foto: reprodução/Reuters/Gleb Garanich)
Ataque à Kiev
O prefeito de Kiev apontou que este foi um dos piores ataques à cidade desde o início da guerra, há mais de dois anos. A Rússia disparou mais de 40 mísseis contra a capital, segundo o prefeito.
Outras cidades também foram alvejadas, do centro e do leste do país, como Dnipro, Sloviansk, Kramatorsk e Kryvyi Rih. Os mísseis atingiram também três subestações de energia elétrica da cidade, informou a DTEK, operadora local.
Ainda nesta manhã, a Rússia se pronunciou negando ter atingido alvos civis. O Ministério da Defesa russo ressaltou ter atacado apenas bases aéreas militares em território ucraniano.
Resultado das outras cidades atingidas
A cidade-natal de Zelensky, a Kryvyi Rih, no centro do país, foi vítima do bombardeio que resultou em dez mortos. Outras 30 pessoas ficaram feridas, conforme o prefeito local. Em Dnipro, um arranha-céu e uma empresa foram danificados, afirmou Sergei Lysak, governador de Dnipropetrovsk.
A região de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde as forças russas avançaram nas últimas semanas, cerca de três pessoas foram mortas na cidade de Pokrovsk, uma cidade que antes da guerra havia quase 60 mil habitantes.
Zelensky irá para Washington nesta semana, nos EUA, para participar de uma cúpula da Otan. Ele insiste para que aliados enviem mais sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia, a fim de melhorar a situação do país que está sendo devastado por mais de dois anos de guerra.
“A Rússia não pode afirmar que ignora por onde voam os seus mísseis e deve prestar contas por todos os seus crimes“, enfatizou o presidente da Ucrânia nas redes sociais.
Em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, Dmitry Medvedev, importante aliado do presidente Vladimir Putin, declarou na quinta-feira (7) que a Rússia não tinha como alvo a delegação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante o ataque com mísseis ao porto de Odessa, ocorrido na quarta-feira (6).
Negativa de alvo intencional
Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que, se a delegação ucraniana fosse o alvo, Moscou teria atingido diretamente essa meta, destacando que era evidente para todos que não havia um ataque planejado à carreata.
Esta declaração contradiz a preocupação expressa por autoridades ucranianas sobre a possibilidade de um ataque deliberado contra a comitiva de Zelensky e do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis. Apesar do posicionamento Russo, a Ucrânia não descarta a possibilidade de um ataque premeditado.
Incidente durante inspeção portuária
O incidente ocorreu enquanto os líderes ucraniano e grego estavam inspecionando instalações de cereais na cidade do Mar Negro, quando a Rússia lançou um ataque à infraestrutura portuária. O míssil atingiu uma área a cerca de 500 metros de onde Zelensky e Mitsotakis estavam presentes, gerando preocupações sobre a segurança das delegações durante visitas oficiais em meio ao conflito na região. Ambos os chefes de Estado confirmaram ter testemunhado o ataque durante uma coletiva de imprensa, no qual cinco pessoas foram mortas, segundo informações militares ucranianas.
Entenda mais sobre o bombardeio que ameaçou os chefes de Estado da Ucrânia e Grécia (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e aliado próximo de Putin, negou que as delegações tenham sido alvos intencionais, enquanto o Ministério da Defesa russo afirmou que o objetivo do ataque era um hangar que abrigava drones navais ucranianos. O incidente destaca as crescentes tensões entre os dois países e a instabilidade na região, especialmente nas áreas portuárias do Mar Negro, que têm sido alvo frequente de ataques russos desde julho passado.
O Porto de Odessa
O Porto de Odessa desempenha um papel crucial nas exportações ucranianas de cereais através do Mar Negro, destacando sua importância estratégica para a economia do país. Além da inspeção das instalações portuárias, a visita do presidente Volodymyr Zelensky e do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, incluiu uma homenagem às vítimas de um recente ataque russo. O ataque, ocorrido no último fim de semana, visou uma zona residencial da cidade, resultando na morte de pelo menos 12 pessoas, incluindo cinco crianças.
Rússia realiza um bombardeio à Comitiva de Volodymyr Zelenski, atual presidente da Ucrânia, atentado ocorreu na cidade de Odessa localizada no sudoeste da Ucrânia. A Rússia confirmou que houveram ataques à região, mas não se pronunciou sobre o bombardeio.
Foto do atual presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky (Foto: reprodução/Gente Savilov/AFP/CartaCapital)
Sobre o ocorrido
O Governo ucraniano notificou sobre o ocorrido a respeito do ataque à comitiva, relatando sobre o bombardeio que aconteceu na zona portuária da cidade costeira de Odessa, terceira maior cidade da Ucrânia.
Segundo o Ukrainska Pravda, site de notícias ucraniano Volodymyr Zelensky não foi atingido pelo ataque, nem teve ferimentos, mas outras cinco pessoas morreram durante o ataque.
O atual presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky estaria realizando uma visita a cidade, acompanhado de Kyriákos Mitsotákis o primeiro-ministro da Grécia, quando bombardeio ocorreu, segundo informações Mitsotákis também não foi atingido.
Sobre o ataque as comitivas
O Premiê Grego afirmou que houveram ataques às comitivas de ambos os líderes. Segundo o primeiro-ministro , a área foi atingida, após ter sido visitada por ambos. As Comitivas estariam a 150 metros de onde Zelensky e Mitsotákis estariam realizando cerimônia para a entrega de medalhas a soldados.
Imprensa Grega, comentou que governo russo realizou os lançamento de míssil em direção a alguns veículos que estavam seguindo os dois líderes durante visita ao porto, segundo eles apenas os dois últimos automóveis teriam sido atingidos.
Zelensky durante a cerimônia comentou que houveram vítimas durante o ataque, não foi comentado sobre a quantidade ou nomes dos atingidos, o atual presidente acusou a Rússia de ter realizado uma tentativa de atentado contra o mesmo, após o ocorrido desta quarta-feira (06) durante cerimônia realizada na cidade.
Segundo ele, a Rússia teria perdido controle de suas tropas ou teriam enlouquecido para que tal ato tivesse sido realizado. Foi confirmado pelo Ministério de Defesa da Rússia que foram usados durante o ataque à cidade de Odessa, 170 mísseis e 880 drones.
Neste sábado (24) ocorrerá o aniversário de dois anos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e às vésperas, o conflito parece prestes a se intensificar. Em entrevista, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirma que uma nova contraofensiva está sendo preparada para cumprir os objetivos não alcançados em outras missões.
“É claro que prepararemos uma nova contraofensiva, uma nova operação”, disse Zelensky em comentário publicado na quinta-feira (22). Ele ainda adicionou que o campo de batalha ao Leste “não é um impasse”, mas que a situação é simplesmente “muito complicada“, e que, até o momento, o “único sucesso” de Putin nos últimos nove meses foi a tomada da cidade de Avdiivka.
Atualmente, a Rússia detém 18% do território ucraniano, e tem planos de continuar a investida militar ao menos até chegar em Luhansk e Donetsk, que é seu objetivo declarado. No entanto, múltiplos especialistas políticos duvidam que o líder russo se limite na expansão territorial caso chegue a esse ponto.
Joe Biden anunciou 500 novas sanções à Rússia nesta sexta-feira (Foto: reprodução/BBC News)
Guerra injusta
Para justificar o caminho que o conflito tem seguido, Zelensky apontou a diferença no armamento das duas forças armadas. Segundo o presidente ucraniano, boa parte da sua desvantagem na guerra é explicada pelo fato de que a artilharia russa tem um alcance de cerca de 40 quilômetros, enquanto que a artilharia ucraniana só possui metade desse alcance. A Rússia pode atacar sem ser arriscar suas tropas.
“É uma espécie de guerra injusta,” argumentou Zelensky. Por isso, a Ucrânia reforça a necessidade que o país tem de armas de longo alcance, que vem requisitando de seus aliados há meses. Porém, o suporte americano ainda está travado em debates no Congresso no momento, por conta de disputas partidárias e mudança de foco com a aproximação das eleições estadunidenses de 2024.
Aliados e inimigos
Com o passar da guerra, a fronteira do conflito sofreu várias alterações por questões geopolíticas. Os produtos da agricultura ucraniana causaram crises de concorrência em algumas partes da Europa, levando países como a Polônia, antes um forte aliado, a se distanciar e retrair o apoio antes dado.
Em contrapartida, embora os Estados Unidos estejam com dificuldades para oferecer maior suporte, o país ainda está se posicionando firmemente contra a Rússia. Nesta sexta (23), o presidente Joe Biden invocou mais 500 sanções econômicas para forçar o líder russo Vladimir Putin a pagar um preço “ainda mais alto” por suas ações recentes.
O conflito iniciado em 2022, longe de representar apenas os interesses de um país invadido, leva em conta que a Ucrânia é uma das poucas barreiras entre a Rússia e o resto da Europa no Ocidente. E ao que tudo indica, embora as forças ucranianas já estejam fatigadas, a guerra ainda deve continuar.
Em uma ligação com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, atribuiu o avanço do exército russo na cidade ucraniana de Avdiivka à inação do Congresso americano.
A retirada das forças ucranianas de Avdiivka foi destacada por Biden como resultado direto da escassez de suprimentos, causada pela falta de aprovação de um pacote de ajuda ao país em guerra.
A Casa Branca enfatizou a urgência de aprovar um projeto de financiamento suplementar de segurança nacional para reabastecer as forças ucranianas e enfrentar a crescente pressão russa na região.
Zelensky continua a pedir auxílio para os EUA contra a Rússia (Foto: reprodução/AP Photo/Matthias Schrader)
Situação atual
Apesar da aprovação bipartidária no Senado de uma lei de ajuda externa de 95,3 bilhões de dólares, com 60 bilhões destinados à Ucrânia, o presidente da Câmara, Mike Johnson, sinalizou que não pretende avançar com o projeto de lei.
Autoridades americanas expressaram preocupação com os recentes ganhos russos na guerra, sugerindo que a paralisação do projeto de lei está refletindo na desaceleração do suporte.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou que a retirada de Avdiivka é um resultado direto da inação do Congresso, destacando a necessidade crítica de agir rapidamente.
Reunião presidencial
Em um encontro com o presidente Zelensky, a vice-presidente Kamala Harris pediu ao Congresso que enviasse ajuda urgente à Ucrânia, e criticou os republicanos por bloquearem o projeto na Câmara.
Zelensky, por sua vez, enfatizou a importância vital do pacote de ajuda para enfrentar a crescente pressão russa, enquanto Biden criticou a pausa de duas semanas na Câmara, classificando-a como ultrajante e aumentando as preocupações sobre a confiabilidade dos EUA como aliado.
A Ucrânia enfrenta agora uma pressão renovada na frente oriental, com a retirada de Avdiivka marcando o maior ganho russo desde o ano passado, intensificando a necessidade de uma resposta rápida e eficaz por parte dos Estados Unidos e de aliados.