Neste domingo (4), o astronauta Oleg Kononenko quebrou um recorde mundial ao registrar mais de 878 dias e 12 horas em órbita, na Estação Espacial Internacional (ISS).
De acordo com a agência estatal russa Roscosmos, Kononenko quebrou o recorde aproximadamente às 5h30 (horário de Brasília). Contabilizando os dias, o total chega a cerca de dois anos e meio no espaço, um intervalo de tempo considerável para o homem de 59 anos.
O recorde mundial antes pertencia a Gennadi Padalka, outro astronauta russo, que atingiu o tempo em 2015, com dias acumulados no decorrer de cinco missões.
Oleg Kononenko
Kononenko durante spacewalk em 2018 (Foto: reprodução/NASA)
“Eu voo para o espaço para fazer o que mais gosto, não para bater recordes,” disse Oleg à agência de notícias russa TASS. “Estou orgulhoso de todas as minhas conquistas, mas estou mais orgulhoso de que o recorde da duração total da permanência humana no espaço ainda seja detido por um astronauta russo.”
Está projetado que antes de o astronauta retornar, Kononenko também deve ser o primeiro ser humano a passar 1.000 dias em órbita, um marco que deve ocorrer no dia 5 de junho. Conforme a missão divulgada, Oleg continuará na ISS, à 423 quilômetros da Terra, até o final de setembro, quando completa cerca de 1.110 dias.
O russo já sonhava em ser astronauta desde criança, e passou por um instituto de engenharia e treinamento adequado antes de realizar seu primeiro voo espacial em 2008. Agora, mais de quinze anos depois, ele cumpre pesquisas na ISS.
Relações internacionais
Entre os Estados Unidos e a Rússia, a iniciativa espacial na Estação Espacial Internacional é um dos únicos espaços onde ainda há contato e colaboração, após iniciada a invasão da Ucrânia no começo de 2022. Desde que o conflito iniciou, a relação entre os dois países se tornou muito mais tensa.
Enquanto Washington envia armas à Kiev, e Moscovo recebe sanções econômicas internacionais, a Roscomos afirmou que ainda tem um programa de voo com a Nasa para a ISS, e que em dezembro de 2023 tal chegou até a ser prorrogado para 2025.