Falar com os mortos sempre foi um assunto delicado na sociedade, parecendo coisa de filme ou algo sobrenatural. Porém, agora isso pode ser possível! Essa é a proposta de uma empresa de tecnologia sediada na California, nos Estados Unidos.
Pode se acalmar, esse não é um spoiler da série “Black Mirror”. Se trata da HereAfter AI, uma plataforma que pretende permitir a comunicação entre os vivos e os mortos, criando uma versão digital de uma pessoa, utilizando ferramentas de voz e outras tecnologias de inteligência artificial avançadas.
<iframe width=”560″ height=”315″ src=”https://www.youtube.com/embed/-QqLbaP8nVA” title=”YouTube video player” frameborder=”0″ allow=”accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share” allowfullscreen></iframe>
O aplicativo irá funcionar como um biógrafo. Para criar um “eu virtual” a pessoa deverá responder, aos poucos, centenas de perguntas. “Quem foi o seu primeiro amor?”, “Qual é sua comida favorita?”, “Conte uma experiência que mudou a sua vida”, são alguns exemplos de questões que o usuário deverá responder por voz. Após isso, o app se organiza internamente em relação às suas histórias, relacionamentos e personalidades e assim cria sua versão virtual.
A plataforma é bastante semelhante a um serviço mostrado No episódio “Be Right Back”, da série britânica de ficção científica Black Mirror. Na história, uma jovem mulher grávida perde seu marido e assim experimenta um serviço online de vanguarda que permite que as pessoas contatem falecidos. Mais tarde, ela ainda recebe uma versão física de seu marido, feita de carne sintética. A plataforma mostrada no episódio, no entanto, usava materiais fornecidos pelas redes sociais do então falecido.
Segundo um artigo do MIT Technology Review, publicação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts a ferramenta de “imortalidade” da atualidade foi ponderada: “A ética para criar uma versão digital de alguém é complexa. (…) a tecnologia, para alguns, pode ser alarmante e assustadora. (…) conversar com estas versões digitais pode até mesmo prolongar o luto e tirar a pessoa da realidade”.
No aplicativo da vida real também é possível enviar fotos, vídeos, e outros tipos de arquivos. Além disso, também pode ser dado de presente por filhos ou netos, por exemplo, para assim nascer um “eu virtual” que viverá para sempre.
Foto destaque: Aplicativo permite conversar com os mortos. Reprodução/YouTube