Empresa cria implante cerebral capaz de conectar redes sociais à mente

Júnior Pereira Por Júnior Pereira
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A Precision Neuroscience, empresa norte-americana que trabalha com interfaces cérebro-computador, anunciou um implante que promete conectar as redes sociais à mente. O dispositivo, desenvolvido pelos pesquisadores da empresa, ainda é experimental e tem uma espessura mais fina que um fio de cabelo, podendo permitir o controle das plataformas digitais a partir do pensamento.

Segundo a empresa, o chip foi projetado apenas para pessoas que possuem limitações de comunicação e pacientes com paralisia, que não são capazes de usarem o corpo para se comunicarem por meio de computadores ou smartphones. A expectativa é que, no futuro, a tecnologia possa ajudar também no tratamento de condições neurodegenerativas.


Chip da Precision Neuroscience permite o controle das plataformas digitais a partir do pensamento. (Foto: Reprodução/Precision Neuroscience)


O Interface Cortical da Camada 7 – como foi denominado o dispositivo, é basicamente uma tira de material de filme fino e flexível, semelhante a uma fita adesiva. A tecnologia coleta sinais cerebrais, interpretando-os e enviando os comandos para uma máquina conectada ao chip.

Uma tecnologia similar já havia sido apresentada pela Neuralink, empresa do magnata Elon Musk, porém, o dispositivo da Precision Neuroscience, funciona de outra maneira. O Interface Cortical da Camada 7 é considerado menos invasivo: o chip fica na superfície do cérebro e não no tecido do órgão.

De acordo com Daily Mail, a nova tecnologia conta com eletrodos capazes de estabelecer uma conexão com o cérebro e tem uma espessura equivalente a um quinto de um fio de cabelo humano, facilitando assim a adaptação à superfície do cérebro sem danificar nenhum tecido.

A implantação do dispositivo é realizada através de uma fenda fina no crânio, feita pelos cirurgiões. Segundo a companhia, o procedimento é reversível caso os pacientes mudem de ideia.

Michael Mager, CEO da Precision, disse em entrevista à rede americana CNBC que a fissura tem menos de um milímetro de espessura. “Acho que é uma grande vantagem em comparação com tecnologias que exigem, por exemplo, uma craniotomia, removendo uma parte significativa do crânio, que leva muito tempo e tem muito risco de infecção”, afirmou. “Nunca conheci ninguém que quisesse fazer um buraco no crânio.”

Em fase de testes, o dispositivo já foi capaz de decodificar os sinais cerebrais de animais. Agora, a expectativa é de que a empresa obtenha a aprovação do FDA para testar o implante em humanos nos próximos meses.

Foto destaque: Empresa cria implante cerebral capaz de conectar redes sociais à mente. Reprodução/Precision Neuroscience

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