Entenda porque o TikTok é um aplicativo tão viciante

Diego Alves Por Diego Alves
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O TikTok chegou a pouco tempo e comparado com os outros aplicativos de entretenimento digital tornou-se um gigante em questão de meses já que se popularizou na pandemia. O app foi o mais baixado em 2021 e ultrapassou a marca de 1 bilhão de usuários ativos. A maior parte do seu público são jovens que passam horas no aplicativo rolando o seu feed em busca de conteúdo. Esse assunto rendeu uma pesquisa na universidade de Zhejiang, na China, e os cientistas descobriram o motivo.

Em um estudo que foi publicado pela revista científica Neurolmage, os pesquisadores notaram que áreas do cérebro conectadas ao sistema de recompensa são ativadas pelos vídeos do app, produzindo uma sensação de prazer e satisfação no corpo. Esse experimentou envolveu exames de ressonância magnética cerebral em em 30 indivíduos enquanto assistiam a dois tipos de vídeos do TikTok, os personalizados pelo algoritmo e os genéricos, que ainda não tiveram sejas preferências identificadas pela plataforma.


Pessoas gravando TikTok. (Reprodução/Oficina da Net)


Das partes do cérebro atividades somente pelo conteúdo personalizado está a área tegmental ventral (ATV), é um dos principais centros dopaminérgicos do órgão e considerado o início do circuito de recompensa. Isso acontece porque ela libera a dopamina, neurotransmissor que, ao chegar na área do córtex pré frontal, provoca a sensação de prazer.

A psicóloga especialista em crianças e adolescentes Manuela Santo, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Psicologia Comunitária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explicou um pouco sobre o assunto: “Então, quando o jovem está assistindo a um vídeo no TikTok, o cérebro dele recebe uma enxurrada de dopamina que faz com que ele se sinta feliz, alegre, satisfeito. O problema é que, quanto mais dopamina o cérebro recebe, mais ele quer, aí ele acaba entrando em um estágio de saturação em que essas ‘doses’ vão precisar ser cada vez maiores”.

 

Foto em destaque: Blog do PUCRS Online. (Reprodução/Internet)

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