Nesta terça-feira (2), deve chegar ao planeta Terra uma tempestade geomagnética como o resultado de uma explosão solar de ‘classe X5’ que ocorreu no último dia de 2023. Como resultado desse evento – que é a maior erupção registrada desde 2017 – o hemisfério norte deverá presenciar o fenômeno das luzes do norte, também chamadas de ‘aurora boreal’.
Segundo o Centro de Previsão do Clima Espacial da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), o pico ocorreu pouco antes da passagem de ano (21h55 UTC) e foi registrado tanto pela NASA quanto pelo Observatório Solar Dynamics.
Além do fenômeno magnético-visual, também podem ocorrer disrupções em satélites, equipamentos de comunicação, e redes de energia.
Luzes do norte presenciadas próximas do polo. (Foto: reprodução/Pixabay/Alex Prykhodko)
Aurora Boreal
Explosões solares podem ser detectadas na velocidade da luz, mas a onda eletromagnética que a segue demora mais para chegar à Terra. É o mesmo fenômeno que faz um trovão chegar “atrasado” em relação ao seu relâmpago correspondente.
No caso desta explosão solar que ocorreu no último dia do ano, o “trovão” que a segue deve ser a aurora boreal, prevista para iniciar dois dias depois no hemisfério norte. Ela é o resultado de uma tempestade magnética interferindo com a própria magnetosfera do planeta (o campo de força virtual que faz com que bússolas sempre apontem para o norte), o que causa as luzes coloridas perto dos polos.
Por isso, os Círculos Ártico e Antártico sempre são os melhores locais para presenciar o fenômeno. O que diferencia o 2 de janeiro da maior parte dessas ocorrências é que a interferência deve ser forte o suficiente para fazer com que as luzes sejam vistas em locais mais distantes dos polos magnéticos, como nos Estados Unidos e na Europa.
Explosões Solares
As explosões ocorrem quando surgem manchas solares na superfície do sol, e essas manchas ocorrem de acordo com um ciclo solar com período de aproximadamente 11 anos, que pode ser previstos por especialistas.
Atualmente, estamos no ciclo iniciado no ano de 2019, e agora em 2024 estamos no absoluto pico de eletromagnética, em um intervalo que deve durar de janeiro até outubro, onde as explosões solares e as auroras boreais devem ser bem mais frequentes do que o normal.
Foto Destaque: aurora boreal registrada durante o fenômeno magnético (Reprodução/Pixabay/17672941)