Neste último final de semana, a Google realizou uma mudança em seus Termos de Privacidade e Segurança, informando aos usuários que a plataforma pode coletar dados públicos disponíveis na internet para treinar os novos modelos de inteligência artificial. Além disso, também serão utilizados na criação de novos produtos inteiros, como Google Tradutor, Bard e IA em nuvem.
Com a nova onda de Inteligência Artificial, surgem diversas questões a respeito do uso de dados pessoais para treinamento de IA. Muitos usuários temem o compartilhamento de seus dados privados com os novos modelos de inteligência artificial. Recentemente, a empresa criadora do Chat GPT, OpenAI, foi processada por utilizar dados privados sem permissão do usuário.
Inteligência Artificial. (Foto: reprodução/Shutterstock)
As IAs são tecnologias criadas para simular, em um computador, o comportamento de um humano inteligente e realizar tarefas. Para treinar essas tecnologias, é necessário que as máquinas aprendam a interpretar dados e informações para que consigam realizar tarefas de forma mais próxima a forma que um ser humano faria.
O texto alterado pela Google, entrou em vigor dia 1º de julho e menciona a utilização dos dados pelas Inteligências Artificiais. Antes da alteração, a política apenas informava que os dados poderiam ser utilizados para treinar os modelos de idiomas do Google e criar produtos como o Google Tradutor, não havia menção alguma à inteligência artificial.
Visto isto, diversas plataformas estão procurando formas de limitar o acesso aos seus dados. Recentemente, Elon Musk anunciou uma mudança na visualização dos tweets publicados no Twitter, agora não será mais possível visualizar publicações da rede social, se não estiver cadastrado. Musk afirmou que a mudança ocorre para evitar a “pilhagem de dados”. O Reddit segue uma linha parecida e limitou o acesso aos seus APIs. A plataforma, que contém diversas interações entre usuários, é uma ótima fonte para o treinamento de Ais, portanto, também passará a cobrar pela visualização de dados.
Foto destaque: usuário utiliza Google. Reprodução/Shutterstock.