Meta-humano e avatares: semelhanças e diferenças

Leo Costa Por Leo Costa
4 min de leitura

Mais conhecidos como avatares, os influenciadores digitais que assumem uma forma humana estão sendo utilizados há anos como uma forma de engajamento e interação. Um dos mais conhecidos exemplos no Brasil é a Lu, do Magazine Luiza, que está na vanguarda de uma geração de outros personagens do tipo que vieram logo após. Em novembro, a apresentadora Sabrina Sato lançou a Satiko, sendo uma extensão de sua persona real em formato virtual. Fora do país, tem a Lil Miquela, que já aposta no ultrarrealismo e se tornou uma personagem conhecida.

Com a popularização do metaverso e o aumento dos casos de marcas, envolvendo interações virtuais, fez com que o termo ganhasse mais força nos últimos meses.

Contudo, na China, o conceito de meta-humano substituiu o de avatar. Conforme explica Vicente Martin, desenhista de jogos e professor do curso de Sistemas da Informação da ESPM, parte da mesma premissa de tecnologia, mas com algumas diferenças no contexto e aplicações.


Lu-magalu

Lu, do Magazine Luiza, foi a primeira dentre as influenciadoras virtuais no Brasil. (Foto: Reprodução/Forbes)


Em maio deste ano, pela primeira vez, os chineses conheceram a Ayayi, uma meta-humana criada pela Ranmai Tecnologia. Entre as diversas categorias de atuação, ela está em uma plataforma de comércio eletrônico intitulada de Xiaohongshu, tendo sua primeira postagem alcançando três milhões de visualizações. O conceito de meta-humano ganhou sua popularidade após a Social Beta, plataforma de marketing digital, utilizá-lo em um artigo publicado no mês de julho.

“O fato de ter sido a primeira meta-humana virtual influencer, como a empresa que a criou define, é, sem dúvida, um bom elemento de marketing para vender a imagem de inovação da personagem. Neste caso, o conceito de meta-humano está muito mais ligado ao fato de ela ser realista, o que, de certa forma não muda muita coisa em relação aos avatares que conhecemos por aqui.”


ayayi-meta-humana

Ayayi, meta-humana da Social Beta. (Foto: Reprodução/Forbes/Social Beta)


Conforme explica Vicente, esse seria o diferencial de Ayayi, tendo uma capacidade de escala e onipresença, algo que um influenciador humano nunca alcançaria.

“Sendo uma personagem virtual ela não envelhece, pode trabalhar 24 horas por dia sem férias e, se for carismática, pode ter uma audiência fiel. Em tempos vindouros de metaverso e afins, eu acredito que marcas, produtos e serviços vão querer se apropriar desse tipo de personagem e vejo como uma tendência forte para o futuro do marketing”, diz.

Além da Lu, Lil Miquela e fora da China, Ayayi tem a companhia de Noonoouri, que já até fez campanha para a Vogue e possui traços de personagem de mangá.


noonnouri-avatar-vogue

Noonnoouri com o look do resort 2019 da Versace. (Foto: Joerg Zuber/Divulgação/Vogue.globo)


Shudu, outro avatar, criada em 2017, é classificada como a primeira supermodelo virtual, assim como Kenna, que pertence a Kubbco, marca de cosméticos.

 

https://inmagazineig2.websiteseguro.com/post/QuintoAndar-adquire-a-Velo-terceira-empresa-esse-ano

https://inmagazineig2.websiteseguro.com/post/PicPay-e-incorporada-a-Endeavor-para-desenvolver-novas-tecnologias

https://inmagazineig2.websiteseguro.com/post/NFT-de-iate-e-vendido-pelo-equivalente-a-R-36-milhoes-em-Ether-para-ser-usado-no-metaverso

A Samsung apresentou, por meio da sua marca Neon, uma tecnologia de avatares virtuais que utiliza como base inteligência artificial. A apresentação ocorreu em janeiro de 2020, durante a CES, em Las Vegas, Nevada. Nessa ocasião, a empresa apresentou os termos ”humanos artificiais”.

 

Foto Destaque: Reprodução/Forbes

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile