Mídia afiliada ao Estado: Twitter retira classificação de perfis estatais

Marcos Vinícius D Por Marcos Vinícius D
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O Twitter retirou, na última sexta-feira (21), a legenda de identificação de “mídia afiliada ao Estado” ou “mídia financiada pelo governo” nos perfis de diversos meios de comunicação de vários países com algum tipo de participação, controle ou financiamento de seus governos.

Entre as mídias estatais, está a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), empresa pública federal brasileira de comunicação. Outras famosas mídias estrangeiras também haviam sido rotuladas como a British Broadcasting Corp (BBC) do Reino Unido, National Public Radio (NPR) dos Estados Unidos, Xinhua News da China, RT da Rússia e a Canadian Broadcasting Corporation (CBC) do Canadá.

A NRP e CBC haviam recebido o selo ainda no começo desse mês, diferentemente da chinesa Xinhua, que o possuía desde 2020. Isso levou as duas empresas de mídia da América do Norte a contestarem a medida, deixando de publicarem conteúdos na plataforma. Elas alegaram o desconhecimento da rede social em relação aos seus modelos de negócios, gestão e financiamentos.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>Canadian Broadcasting Corp said they’re “less than 70% government-funded”, so we corrected the label <a href=”https://t.co/lU1EWf76Zu”>pic.twitter.com/lU1EWf76Zu</a></p>&mdash; Elon Musk (@elonmusk) <a href=”https://twitter.com/elonmusk/status/1648135878454177794?ref_src=twsrc%5Etfw”>April 18, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script> 

Elon Musk respondendo à CBC. Reprodução/Twitter.


Elon Musk, dono da rede social, disse em entrevista a rede de televisão BBC, que sua empresa estava tentando ser “precisa”, “o mais verdadeiro possível” com as medidas de classificações. E de que estavam tentando mudanças para que “não seja muito objeto de protesto” para algo como “financiado publicamente”, segundo ele.

Desde quando comprou o Twitter, no ano passado, o bilionário vem se envolvendo em diversas polêmicas. A mais recente é a retirada dos tradicionais selos azuis de verificação de diversas figuras públicas ao redor do mundo como o cantor Justin Bieber, o presidente Lula, Papa Francisco, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entre outros. A partir de agora, a nova classificação dos selos de verificação na mídia digital são: Cinza para governos e políticos; Azul para usuários assinantes do Twitter Blue; E dourado para empresas e perfis com fins comerciais.

Para ter acesso a uma assinatura do Twitter Blue, que dá um selo de verificação, o dono do perfil deverá desembolsar R$ 42 reais mensais. O assinante pode contar também com alguns benefícios como ser exposto a menos anúncios e poder escrever até 4.000 caracteres para um tweet.

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