Ministério da Saúde é novamente alvo de ataque hacker

Priscila Simões Por Priscila Simões
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Nesta segunda-feira (13) o Ministério de Saúde sofreu um novo ataque cibernético, dessa vez impossibilitando todo e qualquer acesso interno por parte dos colaboradores, como intranet, e-mail corporativos, ligações setoriais, inclusive os computadores dos funcionários sendo bloqueados. 

Durante o acontecido, a pasta negou se tratar de uma ação hacker e minimizou o fato emitindo uma nota declarando que as atividades tinham relação com manutenção preventiva interna. Ao final do dia o ministro da saúde Marcelo Queiroga, admitiu que o episódio se tratava de uma nova ação ilegal de criminosos virtuais, em entrevista ao G1.

“São duas coisas diferentes. Aquele primeiro ataque não foi um ataque ao Ministério da Saúde, aquilo foi a nível da Embratel, né? E felizmente, os dados não foram comprometidos. Em relação a esse [segundo ataque], foi algo de menor monta e estamos trabalhando para recuperar isso o mais rápido possível”. 


Ministro da Saúde Marcelo Queiroga (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


É o segundo ataque hacker que o Ministério da Saúde sofre em um intervalo de três dias. Na operação virtual anterior que ocorreu na sexta-feira (10), estima-se que foram roubados cerca de 50TB de dados prejudicando inclusive o acesso da população ao aplicativo ConecteSUS e implicou também nos dados e registros da vacinação contra o coronavírus. O ConecteSUS é o aplicativo responsável pela emissão do Certificado Nacional de Vacinação contra a Covid-19. 

Nesse segundo ataque algumas das consequências foram a imposssibilidade de atualizar os dados da pandemia no Brasil e gerar relatórios da saúde para os estados. 

A sequência de interferências sofridas nas plataformas do Ministério da Saúde influenciam na forma de conduzir o controle sanitário de quem entra no país, principalmente em um momento em que o mundo está exposto a uma nova variante. 

No primeiro momento o governo federal interrompeu a necessidade do comprovante de vacinação para entrar no país de quem viesse de avião, devido a impossibilidade de acessar o ConecteSUS, mas exigindo 5 dias de quarentena. Já no sábado as medidas adotadas foram alteradas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, retornando com a obrigatoriedade do comprovante de vacinação contra o coronavírus, e aos prejudicados que não conseguissem o certificado devido a falta de acesso ao aplicativo, deveriam apresentar o exame PCR negativo.

Sobre a regularização do acesso das plataformas o ministro da saúde estimou prazo até hoje (14), porém com o novo ataque na base do sistema, Queiroga não declarou nova previsão. 

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A suspeita é que o crime cibernético tenha sido uma tentativa de ataque de ransomware, em que os hackers roubam os dados do sistema e pedem valor em troca do resgate das informações. 

 

Foto Destaque: Ministério da Saúde (Marcello Cabral Jr/Agência Brasil)

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