A tecnologia não para de evoluir: inovações na indústria aeroespacial tem avanços significativos nos últimos anos e prometem avançar ainda mais. Com a meta de diminuir o tempo de viagem nos voos comerciais, estuda-se a possibilidade de transportar passageiros via espaço, método que reduziria as viagens em mais de 20 vezes.
Pegando uma média, um voo de Londres, na Inglaterra, até Sydney, na Austrália leva cerca de 22 horas em um voo comercial. Voando pelo espaço, nos chamados voos suborbitais, a duração da viagem cai para apenas duas horas.
Até que seja implementada essa alternativa, pesquisas estudam os efeitos e potenciais riscos à saúde humana em voos suborbitais, embora a tecnologia para isso já esteja disponível para pesquisa
Em um voo suborbital, os passageiros a bordo enfrentariam uma oscilação da força gravitacional que são quatro vezes mais intensas que na Terra, em cerca de 20 a 30 segundos após a decolagem, e durante a viagem os passageiros passariam alguns momentos com gravidade zero. Os estudos dos especialistas em aviação buscam entender como os cidadãos comuns lidariam com essas adversidades nesse novo modelo de voo.
Em relatório publicado na revista Aerospace Medicine and Human Performance, aponta que a maioria das pessoas podem lidar com forças gravitacionais em voos suborbitais, podendo haver “resposta fisiológia” possivelmente problemática.
“Assim como para viagens aéreas, um forte conhecimento da fisiologia fundamental relacionada ao voo é necessário para informar a tomada de decisões médicas e maximizar o acesso seguro a voos suborbitais” diz o relatório.
A pesquisa feita pelo King’s College Longon testou os limites de cidadãos comuns e saudáveis expostos às forças gravitacionais. No experimento, 24 pessoas saudáveis de várias idades foram colocadas dentro de uma “centrifuga humana”, uma grande câmara giratória que simula os efeitos da alta aceleração. Ao serem expostos às forças gravitacionais do mesmo formato do de lançamentos espaciais, aferiu-se que os participantes demonstraram “mudanças altamente dinâmicas” na frequência cardíaca, pressão sanguínea, gasto cardíaco e hipoxemia.
VSS unit, nave da empresa Virgin Galactic (Foto: reprodução/Twitter/Virgin Galactic)
Hoje os voos suborbitais, como o Virgin Galactic, custam mais de 350 mil libras, mais de 2 milihões de reais, porém os reguladores acreditam que brevemente esse modelo de voo será mais barato e uma opção mais acessíveis para voos intercontinetais, não se sabe quanto custará no futuro.
O líder médico da agencia de voos espacias, Ryan Anderton, diz que voar via espaço não é uma ficção cientifica e que estaria bem perto de acontecer, provavelmente em menos de dez anos.
Foto Destaque: Avião comercial em voo. Reprodução/ISTOÉ