Após um grande “boom” envolvendo o uso da inteligência artificial, algumas falhas foram observadas principalmente na hora de traduzir alguns textos, erros em testes sobre a ambiguidade semântica. E esse pouco avanço vem desde 1950 onde Yehoshua Bar-Hillel, israelense, filósofo, matemático e linguista, foi o pioneiro da tradução automática.
Palestra de Bar-Hillel
Ele tinha uma palestra em que listava três tópicos para a tão falada “inteligência da máquina”, todos a nível de um graduado no ensino médio e são eles: ter habilidades de raciocínio e computação, a capacidade de manipular a linguagem e ter conhecimentos prévios sobre o mundo. Bar-Hillel ainda disse que para chegar nesses pré-requisitos seriam necessários esforços muito grandes, ele comparou dizendo ser maior do que levar o homem a Vênus.
O israelense Yehoshua Bar-Hillel, pioneiro da tradução automática. (Foto: Reprodução/Wikipédia)
Não só como Bar-Hillel tempos atrás, mas também quem trabalha com o desenvolvimento de IAs, estão em busca da tradução perfeita vinda dessas máquinas. Um exemplo básico foi utilizado, o da caneta (em inglês, pen), que pode ter dois significados: um certo utensílio de escrita e um recinto onde crianças pequenas podem brincar. Isso faz total diferença na hora da tradução como é de se observar na frase ” the box was in the pen” (em tradução para o português, “a caixa estava na caneta”, onde a palavra “pen” causa essa confusão.
“O conhecimento é o que faz um leitor humano inteligente entender que os tamanhos relativos de canetas, no sentido de instrumentos de escrita, caixas de brinquedos e canetas, no sentido de cercadinhos, são tais que, quando alguém escreve em circunstâncias normais e em algo como o contexto dado, ‘the box was in the pen’, ele quase certamente se refere a um cercadinho e certamente não a uma caneta de escrever.”, Disse Bar-Hillel em 1955.
Ferramentas atuais
E até as ferramentas atuais ainda cometem equívocos com esse tipo de frase, o Google Tradutor, por exemplo, se referiu a “pen” como instrumento de escrita, tanto em russo como em hebraico. Já o Bard, também do Google traduziu que a caixa estava em um curral (lugar para animais). Mesmo sendo explicado ao Bard, ele não foi capaz de ligar os pontos para melhorar sua tradução.
Foto destaque: A inteligência artificial tem sofrido problemas na hora de realizar traduções. Reprodução/Forbes