Tinder terá canal de comunicação com a Polícia Civil

Karina Cassimiro Por Karina Cassimiro
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O Grupo de Atuação Especializada do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) fechou um acordo com o Tinder, aplicativo de relacionamento, para criar um canal de comunicação em língua portuguesa direto com a Polícia Civil com objetivo de informar dados de sequestradores que utilizam a plataforma. O acordo aconteceu após o ministério público abrir inquérito contra o Tinder por dificultar o acesso a informações sobre sequestradores. O canal de comunicação funcionará a partir da segunda-feira (10) com funcionamento de 24 horas todos os dias para atender a autoridades policiais, promotores de justiça e juízes de direito.

De acordo com as investigações, as autoridades policiais informaram que o Tinder é o aplicativo de relacionamento mais conhecido entre os usuários e consequentemente é o mais utilizado pelas quadrilhas. Os criminosos utilizam a plataforma como uma ferramenta na prática do conhecido “golpe do amor” ou “golpe do Tinder” criando  perfis falsos para atingir as vítimas. 


Ilustração de aplicativo de namoro (Foto: reprodução/Freepik)


O golpe acontece quando criminosos utilizam o aplicativo para escolher as vítimas que estão a procura de um relacionamento, o golpista cria um perfil falso para marcar um encontro e acaba sequestrando ou extorquindo financeiramente a vítima.

Para o ministério público, o canal de comunicação irá facilitar o envio de informações quando for solicitado via ordem judicial, o objetivo da comunicação é agilizar as respostas nos dados de criminosos que aplicam o golpe, além disso conseguir a localização de vítimas dos crimes de sequestros. No início de 2021, a Divisão de Antissequestro de São Paulo prendeu mais de 420 pessoas e instaurou quase 190 inquéritos policiais. Para a polícia, a falta de colaboração das empresas de aplicativo de relacionamento é um dos fatores que atrapalham o combate às quadrilhas de sequestradores, além de outras questões, como: a facilidade na abertura de contas nos bancos digitais e as transferências via Pix quando o golpe é aplicado.

Foto destaque: Logo Tinder. Reprodução/Tinder

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