Desde que o empresário Elon Musk comprou o Twitter, a rede social tornou-se palco de vários assuntos polêmicos nos jornais. Na última sexta-feira, o site CNBC noticiou que a empresa diminuiu cerca de 80% do quadro de funcionários desde quem o CEO assumiu o Twitter.
Com essa diminuição drástica, a empresa tem hoje em torno de 1.300 funcionários ativos em seu quadro. Segundo um ex-engenheiro, o Twitter conta com menos de 550 engenheiros em tempo integral e isso poderá afetar os serviços enquanto adiciona novos recursos. A equipe responsável pelas recomendações de políticas, design e alteração de produtos que tem como objetivo trazer segurança para os usuários da rede social também foi afetada, e hoje conta com apenas 20 funcionários em tempo integral.
No intuito de tentar minimizar os efeitos das demissões e reforçar a quantidade de funcionários, Musk autorizou que 130 funcionários da Tesla e SpaceX, suas duas outras empresas, trabalhem para o Twitter.
Em nota publicada em seu Twitter, Elon Musk rebateu os dados da reportagem do CNBC informando que “Existem cerca de 2.300 funcionários ativos trabalhando no Twitter (…) Ainda existem centenas de funcionários trabalhando em confiança e segurança, juntamente com vários milhares de contratados”, escreveu o CEO. A agência de notícias disse que os dados citados foram baseados em registros internos que viu.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>The note is incorrect. There are ~2300 active, working employees at Twitter.<br><br>There are still hundreds of employees working on trust & safety, along with several thousand contractors. <br><br>Less than 10 people from my other companies are working at Twitter.</p>— Elon Musk (@elonmusk) <a href=”https://twitter.com/elonmusk/status/1616706530841333761?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 21, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Em seu Twitter, Musk rebateu os números. (Reprodução/Twitter)
Uma das mudanças que afetaram o quadro de funcionários do Twitter foi a alteração na política do home-office, implementada pelo ex-CEO Jack Dorsey. Assim que assumiu como CEO, Musk enviou e-mails com as novas regras, o que desagradou alguns dos colaboradores. “Em relação ao trabalho remoto, tudo o que é necessário para aprovação é que seu gerente assuma a responsabilidade de garantir que você esteja dando uma excelente contribuição. Também é esperado que você tenha reuniões presenciais com seus colegas em uma cadência razoável, idealmente semanalmente, mas não menos que uma vez por mês.” Informava Musk no e-mail enviado em novembro do ano passado.
A aquisição do Twitter por Musk causou controvérsia desde o início, os acionistas da Tesla não concordam com a atitude do empresário em vender ações da Tesla para financiar a compra do Twitter. E, desde que adquiriu a rede social, Musk tem promovidos várias mudanças, mas até agora essas alterações não têm agradado muito aos acionistas e nem aos funcionários do Twitter.
Foto destaque: Imagem do aplicativo. Reprodução/Flickr: Virginia State Parks