Na manhã da última quinta-feira (23), a União Europeia enviou um e-mail para todos os funcionários que trabalham no braço executivo do bloco continental, para a Comissão Europeia, ordenando que todos estes desinstalem o aplicativo de seus celulares.
A proibição da rede social vem depois de a Bytedance, empresa chinesa dona do app, admitir que os dados de usuários de todo o mundo podem ser acessados na sede do aplicativo, na China. Órgãos do governo federal e de governos regionais dos Estados Unidos também já baniram o uso de TikTok em celulares oficiais.
UE bane o TikTok entre seus funcionários. (Reprodução/Twitter)
O objetivo da ordem é muito claro, segundo o email, medida foi tomada para evitar o vazamento de informações confidenciais da Comissão Europeia e aumentar a segurança cibernética dentro das estruturas do bloco – os países europeus têm legislações rígidas para garantir a privacidade dos dados de seus cidadãos.
“O fato de que o governo chinês, se realmente quiser, pode fazer com que qualquer empresa em suas fronteiras cumpra as solicitações de acesso a dados, acho que está realmente na raiz de muitas dessas preocupações sobre o TikTok” – disse Justin Sherman, um membro não residente da Cyber Statecraft Initiative do Atlantic Council.
Um número crescente de legisladores dos EUA está pedindo que o governo Biden tome medidas contra o TikTok, citando aparentes preocupações com segurança nacional e privacidade de dados. A pressão renovada sobre o TikTok ocorre à medida que a influência da plataforma continua a crescer nos Estados Unidos. Depois que Trump deixou o cargo, o governo Biden revogou a ordem executiva e recuou em grande parte das tentativas oficiais de banir o TikTok do país de vez.
No ano passado, o TikTok disse que superou 1 bilhão de usuários ativos mensais em todo o mundo, e mais de 100 milhões de usuários estão nos Estados Unidos, de acordo com algumas estimativas de pesquisa de mercado.
Foto Destaque: TikTok. (Reprodução/Twitter)