Domo de Ferro: sistema de defesa de Israel está perto de completar 2 décadas de idade

Alexandre Kenzo Por Alexandre Kenzo
3 min de leitura
Foto Destaque: o Domo de Ferro em ação. (Reprodução/Anas Baba/AFP)

Neste último sábado (13), novamente pode ser observado em funcionamento o sistema de defesa israelense chamado de Domo de Ferro. Ao som de sirenes, a ferramenta antimíssil rapidamente disparou interceptadores automáticos contra os mais de 200 drones e mísseis enviados pelas forças iranianas.

De acordo com as autoridades das Forças de Defesa de Israel (IDF), foram interceptados mais de 99% dos projéteis lançados no sábado, mas a agência estatal do Irã apontou que vários mísseis conseguiram ultrapassar o famoso “Iron Dome” (nome em inglês).

O sistema de defesa já havia sido utilizado algumas vezes no conflito contra o Hamas, mas esteve em funcionamento há muito mais tempo, sendo desenvolvido tão cedo quanto 2006, após o conflito com o grupo Hezbollah, do sul do Líbano.


Como funciona o Domo de Ferro (Foto:Reprodução/g1)

Funcionamento do Domo

Em primeiro lugar, o sistema de defesa utiliza seu sistema de rastreamento – que funciona em quaisquer condições meteorológicas – para rastrear foguetes. Em segundo lugar, um computador analisa, de forma mais rápida do que um ser humano seria capaz, quais foguetes vão acertar áreas povoadas ou não.

Após esses procedimentos, são disparados os mísseis interceptadores de acordo com a prioridade estabelecida, de forma a minimizar os gastos e maximizar a eficácia do sistema de defesa. Cada estação de defesa pode lançar de 60 a 80 desses interceptadores em uma única leva.

O Domo de Ferro foi criado com o apoio dos Estados Unidos, e utilizado pela primeira vez em 2011 para derrubar um míssil na Faixa de Gaza. Neste último sábado, o sistema deixou passar mísseis que atingiram um centro militar e deixaram ao menos uma pessoa ferida no deserto de Negev.

Irã e Israel

O envolvimento do Irã nesse conflito, a ponto de lançar mísseis, ocorreu após o ataque israelense ao consulado iraniano na Síria, que causou a morte de sete membros da Guarda Revolucionária do Irã e provocou retaliação.

Este novo desenvolvimento do conflito no Oriente Médio ameaça desestabilizar ainda mais a região, e perpetuar o conflito violento. Em seis meses de conflito, as estimativas de óbitos até o momento podem chegar até quase 35 mil.

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