Eletric Hydrogen quer baratear o hidrogênio verde, segundo Raffi Garabedian e David Eaglesham

Pedro Carvalho Por Pedro Carvalho
3 min de leitura
Eletric Hydrogen quer produzir eletrolisadores capazes de gerar 45 toneladas de H2V por dia (reprodução/Liam Marais/ESG News)

No final do ano passado, a COP-28 – conferência do clima da ONU – chegou a um acordo, alertando para uma rápida e necessária transição energética mundial. A extinção dos combustíveis fósseis, principalmente petróleo, carvão e gás natural, se torna cada vez mais pauta global. Dentre as saídas, por exemplo, existe a eólica, hidrelétrica, solar e o hidrogênio verde.

Este último merece destaque. É convertível em eletricidade ou combustíveis sintéticos e atender demandas comerciais, industriais e de mobilidade. Além disso, não é tóxico e é abundante. Entretanto, o maior empecilho está no custo de produção. É justamente o que a startup de Raffi Garabedian e David Eaglesham promete combater.

Anteriormente, a dupla já atuou no barateamento da energia solar para algumas empresas. Agora, eles querem continuar essa revolução sustentável, limpando indústrias que produzem amônia, produtos químicos, derivados de petróleo e aço e construindo refinarias de combustíveis verdes perto dos complexos que necessitam dessa matéria-prima.


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O hidrogênio verde é produzido via eletrólise da água com energia de fontes renováveis (Vídeo: reprodução/Confederação Nacional da Indústria)

Revolucionando a indústria energética

Raffi Garabedian, CEO da companhia, pretende “descarbonizar a indústria”, a partir de “um eletrolisador realmente barato (gerador de hidrogênio) e de energias renováveis baratas”, ele disse à Forbes.

Um sistema do tamanho de uma pequena fábrica, com eletrolisadores baratos, capazes de gerar 45 toneladas de hidrogênio verde por dia, foi pensado. É o equivalente energético a 170 mil litros de gasolina, e dez vezes maior à quantidade já produzida pela Eletric Hydrogen.

Os empresários almejam, eventualmente, fabricar essa versão limpa pelo mesmo preço do “hidrogênio sujo”, isto é, feito do gás natural, expulsando CO₂ na atmosfera. Portanto, custaria US$ 1,50 por quilo.

Situação atual

Hoje, o mercado de hidrogênio vale 120 bilhões de dólares. Com as estratégias da dupla, a estimativa é que o valor dobre até 2030. Os Estados Unidos consomem anualmente dez milhões de toneladas métricas de hidrogênio, quase tudo poluente, já que o verde, como já dito, é caro para produzir, armazenar e transportar.

No Brasil

O país possui um enorme potencial quando o assunto é utilização de energias renováveis. Segundo o estudo Comercialização de Energia Elétrica, o Brasil, em 2023, registrou 93% de uso de energia limpa. Sobre o hidrogênio verde, a proposta é de, até 2023, transformar a nação em uma grande produtora. Atualmente, há, conforme o Ministério de Minas e Energia, 32 incentivos ligados ao H2V.

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