Com 63 metros de altura, 574 toneladas (excluindo carga útil), custo de bilhão e meio de dólares e 10 anos de desenvolvimento, o H3 deixou o Centro Espacial de Tanegashima na manhã de ontem, 21h22 (sexta-feira, no horário de Brasília). Conhecido por ser um possível concorrente do Falcon 9, da estadunidense SpaceX, o objeto alcançou a órbita planejada, além de registrar a combustão do motor de segunda fase, configurando um sucesso da Jaxa.
Entretanto, vale lembrar das falhas que antecederam o final feliz japonês. Na primeira tentativa, em fevereiro de 2023, os propulsores do foguete não foram acionados e a decolagem foi interrompida. Um mês depois, em março, o equipamento chegou a ser lançado, mas perdeu velocidade e precisou ser destruído 14 minutos após a sair do solo. A ignição do motor de segunda fase teria falhado, segundo o centro de comando da agência. Em 2022, o pequeno Epsilon também tinha decepcionado, ao não decolar.
Novos investimentos
Agora, com o triunfo do programa especial, a ideia é transformar o Veículo H3 numa opção mais barata para o transporte de satélites ao espaço. Conforme a agência japonesa, os planos seriam lançá-lo até 6 vezes ao ano nos próximos 20 anos. Foi a segunda vitória dos japoneses. Em janeiro, o Slim, módulo de pouso lunar, fez uma viagem precisa. Dessa forma, o Japão tornou-se o quinto país a conseguir colocar uma espaçonave na Lua. O país está investindo nesta indústria, em parceria com os norte-americanos, para competir com os chineses.
Corrida aeroespacial
Completando a lista, apenas a antiga União Soviética, os Estados Unidos, a Índia e a China realizaram tal feito sem uma empresa privada. A ex-URSS, em 1961, foi a primeira a lançar um humano ao espaço. Em 1968, os EUA foram os pioneiros ao pisar a Lua, com Neil Armstrong. Christina Koch, ao final de 2024, pode ser a primeira mulher a chegar ao satélite natural da Terra.