Nesta quinta-feira (6), houve uma explosão no espaço causada pela espaçonave Starship, da SpaceX, minutos após sua decolagem, o que gerou uma chuva de detritos sobre o Caribe. O tráfego aéreo precisou ser interrompido em regiões da Flórida, por ordem da FAA, a Agência de Aviação dos Estados Unidos. Este é o segundo desastre do ano causado pela tentativa do bilionário Elon Musk de tentar ir para Marte.
Através de registros de internautas, é possível ver o momento em que resíduos inflamados atravessam o céu ao entardecer, próximo do sul da Flórida e das Bahamas. Tudo aconteceu após a Starship ter começado a girar de forma incontrolável no espaço, com os motores desligados, para em seguida se decompor. A tragédia foi registrada pela própria SpaceX, que realizava uma transmissão ao vivo da missão.
Falhas da SpaceX
Este é o oitavo teste fracassado da Starship, pouco depois de um mês da sétima explosão originada do texto. A maior parte dos obstáculos aconteceram nas fases iniciais das missões, as quais a empresa havia superado sem problemas. Contudo, a empresa de Musk agora vem passando por um período desfavorável, logo após o bilionário tentar acelerar o programa de ida à Marte, enviando foguetes de 123 metros com pessoas para Marte, já na virada da década.
Devido aos erros e brechas da SpaceX, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) precisou que aeronaves pousassem na terra nos aeroportos de Fort Lauderdale, Miami, Orlando e Palm Beach, visto a insegurança e acidentes que os detritos de lançamento espacial podem causar. A administração disse ter aberto uma investigação para entender o que houve.
A explosão de março da SpaceX e o oitavo voo
A Starship deixou a Terra aproximadamente às 20h30 do horário de Brasília, saindo das instalações da SpaceX em Boca Chica, no Texas. O booster do primeiro estágio do Super Heavy sobrevoou ao redor da Terra, assim como era esperadora, tendo sigo pego com sucesso por um guindaste da empresa.
Contudo, minutos depois a transmissão ao vivo mostra o estágio superior da nave girando no espaço, enquanto a vista dos motores apresenta que vários estavam desligados. A seguir, a empresa diz que perdeu contato com a Starship.
A empresa comunicou ainda na quinta-feira que o “evento energético” pelo qual a nave passou fez com que diversos motores fossem perdidos, gerando uma perda de controle de altitude, e a subsequente perda de comunicação, cerca de 9 minutos e 30 segundos após a decolagem.
Segundo a SpaceX, não havia materiais tóxicos entre os detritos.
Primeira explosão do ano e o sétimo voo
Em janeiro, a decolagem da empresa terminou aos oito minutos de voo, quando a aeronave explodiu e fez com que chovesse detritos sobre as ilhas do Caribe, fora a danificação de um automóvel nas Ilhas Turks e Caicos.
A regulamentação para que foguetes privados sejam lançados é feito pela FAA, que exigirá que a SpaceX investigue a falha e consiga uma nova aprovação da agência para decolar novamente.
No mês passado a FAA havia concedido a licença para a SpaceX fazer o voo desta quinta-feira, enquanto a investigação da queda de janeiro estava em andamento, tendo dito que a licença da empresa havia sido analisada, tal como os primeiros detalhes da investigação do primeiro acidente, para que o oitavo voo ocorresse.