A Neuralink, empresa de tecnologia fundada por Elon Musk, anunciou nesta semana que a cirurgia de um implante cerebral realizada em seu segundo paciente foi bem-sucedida. Alex, um ex-técnico automotivo que sofreu uma lesão na coluna vertebral, passou pelo procedimento e, em poucas horas, já conseguia projetar objetos em 3D e jogar videogames como Counter-Strike utilizando apenas sua mente. A operação, realizada no Barrow Neurological Institute em Phoenix, marca um avanço significativo na busca da Neuralink por criar uma conexão direta entre o cérebro humano e dispositivos digitais.
Avanços e correções no procedimento
Após o sucesso inicial com o primeiro paciente, Noland Arbaugh, a Neuralink implementou diversas melhorias no processo cirúrgico para evitar complicações que aconteceram anteriormente. O objetivo deles é criar uma interface conectada entre o cérebro e dispositivos digitais. No caso de Arbaugh, houve uma retração inesperada dos fios de eletrodos, limitando a avaliação completa do desempenho do dispositivo. Para garantir um melhor resultado em Alex, a empresa reduziu o movimento cerebral durante a cirurgia e minimizou a distância entre o implante e a superfície do cérebro, resultando em um processo mais seguro e eficaz.
Potencial para o futuro
A Neuralink continua a expandir as capacidades do seu dispositivo, conhecido como Link, que agora permite o controle de movimentos complexos em dispositivos digitais. Elon Musk espera que com os avanços tecnológicos, possa decodificar múltiplos movimentos simultâneos e reconhecer a intenção de escrita, beneficiando não apenas pessoas com limitações físicas, mas também indivíduos saudáveis, aprimorando suas capacidades cognitivas.
De acordo com a startup de Musk, o segundo paciente compreendeu rapidamente o funcionamento da interface cérebro-máquina, levando menos de cinco minutos para iniciar o controle do cursor do mouse após a primeira conexão. Após algumas horas de treinamento, Alex já demonstrava pleno domínio da técnica, sem qualquer relato de problemas. Além de restaurar a autonomia digital de pessoas com deficiências motoras, a Neuralink pretende, no futuro, utilizar o dispositivo para aprimorar habilidades humanas, como auxiliar na recuperação de memórias. Alex, que recebeu alta um dia após a cirurgia, já está utilizando um software de design assistido por computador para criar projetos em 3D, mostrando o avanço que a empresa teve com a tecnologia.