Boris Johnson teria conversado com Bolsonaro por telefone, segundo governo britânico

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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Segundo o governo britânico, nesta quinta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro teve contato com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e teve uma conversa sobre um possível cessar-fogo urgente na Rússia.

Informações oficiais apontam que o representante maior do país disse a Bolsonaro, em chamada telefônica, que os ataques russos à população do país vizinho foram “repugnantes”, além de reforçar a necessidade de unir a comunidade internacional contra a Rússia. O primeiro-ministro ainda lembrou o Brasil de ter sido um “aliado vital” na Segunda Guerra Mundial – o que reforçaria a importância de uma posição mais contundente do país diante da crise.

Houve concórdia no tocante a um pedido de cessar-fogo e busca por garantir a estabilidade global. Johnson ainda espera que Bolsonaro possa se relacionar melhor com o Reino Unido em uma dinâmica bilateral em termos de segurança e comércio.


Boris Johnson e Bolsonaro em Nova York (Foto: Reprodução/SICNotícias).


É sabido que a posição do Brasil diante da comunidade internacional é ainda muito cautelosa, já que o país tem importantes relações econômicas com o país agressor e é membro importante dos BRICS. O texto brasileiro, replicado pelo G1, afirma que “a resolução é um apelo à paz da comunidade internacional. Mas a paz exige mais do que o silêncio das armas e a retirada das tropas. O caminho para a paz requer um trabalho abrangente sobre as preocupações de segurança das partes”.

Ronaldo Costa Filho, o embaixador do Brasil nas Nações Unidas, votou a favor da resolução na Assembleia Geral, sendo a posição brasileira mais tendente às vias diplomáticas. Não obstante, está claro que, para o resto do mundo, uma potência de tamanha influência não deveria se manter em uma postura tão neutra.

Da reunião que pedia a resolução para a condenação dos russos na Assembleia Geral, os únicos votos a favor de Putin foram da Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. China se absteve.

 

Foto Destaque: Reprodução/Getty Images via BBC

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