Nesta quinta-feira (7), a empresa varejista Americanas divulgou um documento regulatório revelando a demissão de 5.526 funcionários dos dias 27 de novembro a 3 de dezembro. A companhia, que segue em processo de recuperação judicial desde janeiro, diz que 88% dos desligamentos realizados eram de colaboradores contratados para o período da Black Friday.
Redução do quadro de funcionários
De acordo com o relatório divulgado pela companhia, os dados são referentes a demissão por iniciativa dos funcionários que somam 306 colaboradores e os que foram términos de contratos temporários ficou em 4.876 demissões, mas reporta no documento que admitiu 359 funcionários. A empresa ainda destacou que a maioria das contratações realizadas acontece em períodos específicos do ano, variando conforme a demanda do mercado e os picos em datas específicas, como Páscoa e Black Friday.
Americanas é um dos maiores varejistas do Brasil (foto: reprodução/G1/Ueslei Marcelino/Reuters)
Com os números atualizados, o quadro de funcionários da Americanas caiu para 33.861, 10 mil a menos em relação a janeiro deste ano. Apesar do corte de funcionários, a empresa abriu 7 mil vagas temporárias para o Natal em suas mais de 1.500 lojas pelo Brasil.
Recuperação judicial
Em janeiro deste ano, a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial depois de ser divulgado o rombo de R$ 20 bilhões revelando fraude bilionária e a inconsistência em seus cofres. Os valores são referentes a 2022 e anos anteriores. Foi o início da batalha judicial da companhia com seus principais credores. Na recuperação judicial concedida pela justiça, a empresa fica no período de 180 dias com todas as suas dívidas suspensas, e caso seja necessário, esse prazo pode ser estendido para mais 180 dias. De acordo com o CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, 121 lojas foram fechadas neste ano de 2023.
Foto destaque: uma das lojas Americanas em Shopping (Reprodução/TradeMap)