Israel veta palestinos da lista para deixar a Faixa de Gaza

Caroline Barbosa Por Caroline Barbosa
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Nesta sexta-feira (08), Israel vetou parte da lista de nomes com pedidos para deixar a Faixa de Gaza, as pessoas não autorizadas são palestinos familiares de brasileiros.

Vetos para repatriação de Palestinos

Diante da não autorização, algumas pessoas estão cogitando desistir da repatriação. A previsão de resgate do grupo de brasileiros e parentes em Gaza, é até o fim de semana, através da passagem na cidade de Rafah, fronteira com o Egito. O grupo foi avisado para que estejam prontos para atravessar a fronteira às 06h00 do horário local (01h00 horário de Brasília).

Segundo integrantes do Itamaraty, as razões dos vetos não foram explicadas por Israel. Porém os vetos já eram esperados, pois o Brasil ampliou os critérios para incluir palestinos na lista de repatriação, como incluir avós e irmãos mais velhos.


Mãos enfaixadas

Mohammed Nazzal com as mãos fraturadas (Foto: reprodução/BBC News)


Relatos de violência nas prisões israelenses

Após serem soltos por Israel, palestinos afirmaram que sofreram abusos e punições coletivas, como espancamento com paus, privação de comida e cobertores, durante as semanas que estiveram presos. Seis pessoas falaram ao jornal BBC, e afirmaram que antes de deixarem o cativeiro, foram espancados. Uma prisioneira disse que foi ameaçada de estupro, e que jogaram gás lacrimogêneo dentro das celas, por duas vezes. Israel afirmou que todos os seus prisioneiros são detidos de acordo com a lei.

Um palestino de 18 anos, Mohammed Nazzal foi um dos libertados por Israel na última semana, durante o cessar-fogo do conflito entre Israel e Hamas. O jovem relatou a violência dentro das celas “Eles nos organizaram para que os prisioneiros idosos fossem colocados atrás e os jovens na frente. Eles me pegaram e começaram a me bater. Eu estava tentando proteger minha cabeça e eles estavam tentando quebrar minhas pernas e minhas mãos”, disse Mohammed. Exames médicos confirmaram que as mãos do jovem estavam fraturadas “No começo, senti muita dor. Depois de um tempo, eu sabia que eles estavam quebrados, então parei de usá-los. Eu só usava quando ia no banheiro”, relatou e afirmou que outros prisioneiros auxiliaram nas atividades básicas no dia dia na prisão, como comer, beber, usar o banheiro.

Foto destaque: trabalhador empurrando carrinho de bagagem de palestinos (Reprodução/CNN)

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