Depressão infantil na pandemia: Uma em cada quatro crianças sofre, diz estudo

Miriam Rosa Por Miriam Rosa
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Os danos à saúde mental provocados pela pandemia do novo coronavírus atingiram também crianças e adolescentes —e os primeiros estudos a respeito do assunto começam a descortinar a profundidade dessa crise. Em um novo trabalho, publicado no periódico JAMA Pediatrics, pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, avaliaram dados de 29 estudos (um processo chamado de metanálise) com crianças e adolescentes em diversos países e chegaram a alguns números alarmantes: um em cada quatro sofre de depressão, enquanto um em cada cinco está lutando contra a ansiedade.Os dados indicam que os sintomas relacionados às doenças dobraram entre indivíduos desses grupos em comparação com tempos pré-pandemia. E evidenciam ainda que eles parecem estar piorando com o tempo.

“Estar socialmente isolado, mantido longe dos amigos, da rotina escolar e das interações sociais está se provando muito difícil para as crianças”, disse Sheri Madigan, psicóloga clínica da universidade e co-autora do trabalho, em um texto publicado no site da instituição.

. “Mas quando a pandemia seguiu, os jovens perderam muitos marcos importantes em suas vidas. A situação seguiu por mais de um ano e, para jovens, esse é grande período de tempo em suas vidas”, disse.


(Foto reprodução:casule.com)


Poder jogar, assistir a um filme ou desenho, algo que seja agradável e que possa promover um ambiente harmônico para as crianças que estão isoladas por um longo período e que estão desenvolvendo grande níveis de irritabilidade, que é uma manifestação depressiva.

Se ela já era irritada antes e fica mais impaciente e agressiva, claro, é importante tentar evitar ser violento e entender que isso pode estar relacionado a esse momento. Se a criança está muito quietinha, muito no canto, já manifestando sintomas depressivos mais de acordo com adolescentes e adultos, mais cuidado ainda.alertam especialistas.


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A irritabilidade é uma das principais reações emocionais em crianças a falta de amigos na escola é uma constante. Já os adolescentes apresentam tristeza, solidão e tédio, outros sintomas depressivos que requerem mais atenção para que o adolescente não se desestimule por completo. Já nos adultos, mesmo em outras pesquisas nacionais e internacionais, ansiedade e depressão foram as respostas mais intensas, decorrentes ou relacionadas à pandemia. Segundo a professora Leila Tardivo, do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia (IP) da USP, afirma que o grau de sofrimento deve ser o termômetro para a busca de ajuda profissional.

Recomenda que um planejamento de apoio à saúde mental da juventude para ajudar essas crianças e adolescentes seja feito imediatamente e não após o fim da pandemia.

(Foto em destaque:br.guiainfantil.com/Créditos:depressão infantil. aprenda a identificá-la)

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