Despesas dos consumidores dos EUA ultrapassam expectativas em abril

Camila Rodrigues Por Camila Rodrigues
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As despesas dos consumidores dos EUA aumentaram mais do que o esperado no mês de abril, com o pico da inflação anual. Isso pode ajudar a sustentar o crescimento econômico no segundo trimestre em meio a temores crescentes de recessão.

Apesa da inflação ter continuado a aumentar em abril, não foi na mesma intensidade dos outros meses. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), cujo núcleo é a referência do banco central norte-americano ao determinar as taxas de juros para combater pressões inflacionárias, subiu 0,2% no mês passado, depois de ter disparado 0,9% em março na comparação mensal, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Departamento de Comércio. Na comparação anual, a alta foi de 4,9%.


Nos 12 meses até abril, o índice avançou 6,3% depois de ter saltado 6,6% em março. (Reprodução/Mercado e Consumo)


No consenso Refinitiv, o núcleo da inflação subiu 0,3% na base mensal e 4,9% na base anual. Esse indicador é uma das principais referências para definir a política do Federal Reserve (Fed). O núcleo exclui os setores de alimentos e energia, considerados voláteis. O índice cheio subiu 0,2% no mês e 6,3% em relação ao mesmo período de 2021.

Havia temores de que a leitura acima do esperado reacenderia as preocupações com a inflação e aumentaria as apostas em um ciclo mais agressivo de aumento das taxas do Fed. A ata da recente reunião do Comitê de Autoridades Monetárias trouxe mais calma ao mercado, sugerindo que o Fed pode fazer uma pausa após aumentar as taxas de juros em 0,5 ponto percentual cada nas próximas duas reuniões.

O consumo pessoal comparativo mensal subiu 0,4% em abril, em comparação com um aumento de 0,5% previsto pela Refinitiv, já o consumo pessoal subiu 0,4% em abril na comparação mensal, ante projeção Refinitiv de avanço de 0,5%.

As previsões de crescimento para o segundo trimestre ficaram principalmente acima da taxa anualizada de 2%. A economia contraiu a um ritmo de 1,5% no trimestre janeiro-março, pressionada por um déficit comercial recorde e uma forte desaceleração do crescimento dos estoques no quarto trimestre.

Foto destaque: O consenso Refinitiv era de alta de 0,3% para o núcleo da inflação na base mensal e de 4,9% na comparação anual. Reprodução/Money Times.

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