Peggy Moffitt foi uma das modelos com o rosto mais marcante dos anos 60 e, infelizmente, faleceu neste último dia 10/08 (sábado), embora seu filho Christopher Claxton só tenha informado sua morte nesta terça-feira (13).
Peggy era um ícone do movimento de experimentação na moda e, se consolidou como musa de Rudi Gernreich ao modelar o “monoquíni“, o primeiro maiô feminino sem a parte de cima. É de se esperar que esse modelo tenha causado opiniões controversas, mas, ao mesmo tempo, chamou atenção mundial para Moffitt e Gerneich.
Início de carreira
Natural de Los Angeles, Peggy chamava atenção por seu corte de cabelo incomum para a época por ser totalmente assimétrico e possuir cinco pontas feito por Vidal Sassoon, um cabeleireiro inglês famoso por seus trabalhos envolvendo aulas de cortes de cabelo.
Além disso, Moffitt esbanjava seus olhos com uma maquiagem estilo Arlequim, onde há predominância de formas geométricas, cores vibrantes, simetria, delineados e sombras marcantes ou até mesmo pequenos desenhos, ou lágrimas desenhadas para enriquecer o visual teatral, inspirado na figura de Arlequim, personagem tradicional da “Commedia dell’Arte italiana“.
Após o lançamento do maio monoquíni, Peggy chamou atenção ao nível internacional após ser publicada pela Women’s Wear Daily (WWD) modelando o maiô topless.
Vida e estilo pessoal
Em seu estilo próprio, Moffitt sempre deixou claro ser uma defensora da liberdade estilística e liberdade feminina. Mesmo antes de tecidos de malha se tornarem disponíveis para o grande público, ela sempre foi representante do estilo vanguardista e roupas descontraídas.
Outra colaboração marcante da modelo, foi com o fotógrafo William Claxton, que veio a se tornar seu marido. Com ele, ela produziu o primeiro vídeo relacionado a moda chamado “Basic Black: William Claxton w/Peggy Moffitt” e posteriormente, também lançou um livro em conjunto pela editora Taschen.
Além do vídeo com seu marido, Peggy ainda estrelou em filmes cult de moda como “Blow up” e “Quem é você, Polly Magoo?” ambos dos anos 60, feitos depois de Moffit modelar em Nova Iorque, Londres e Paris.
Até seus 70 anos, a modelo não aderiu às modas e continuou se vestindo com seu estilo único e fazendo sua própria maquiagem, servindo de inspiração para diversos desfiles e campanhas e, chegou a ser homenageada por Marc Jacobs.