Presidente da Colômbia declara “situação de desastre” no país pelos efeitos das mudanças climáticas

O país passa por uma situação de calamidade com chuvas torrenciais em várias zonas e seca na capital

Isabella Grisolia Rouxinol Por Isabella Grisolia Rouxinol
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Foto Destaque: Presidente da Colômbia Gustavo Petro (Reprodução/Instagram/@gustavopetrourrego)

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou neste domingo (10) que o país está passando por uma “situação de desastre” em nível nacional. A calamidade causada pelas chuvas torrenciais causaram inundações em diversas zonas do território colombiano, enquanto Bogotá, a capital do país, passa por uma situação de seca com o racionamento de água.

Situação de calamidade

O estado de calamidade foi declarado em todo o país devido à variabilidade climática, que gerou vários impactos imprevisíveis, aumentou a vulnerabilidade em todo território da Colômbia, foi o que Petro, declarou durante a conferência de impressa sobre a situação.

O líder colombiano de esquerda ainda informou que o período chuvoso continuará até o mês de dezembro e esclareceu que a declaração do desastre se concentra em três áreas: Alta Guajira, Chocó e Bogotá.


Declaração do presidente da Colômbia sobre a “situação de desastre” no país (Reprodução/Instagram/@gustavopetrourrego)

Também ocorreu uma reunião com as autoridades de gestão de risco do país para analisar a situação das chuvas que ocorreram na região norte da Colômbia, que afetou dezenas de milhares de pessoas.

Uma Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UGRD) publicou neste domingo (10) que as chuvas torrenciais registadas somente neste fim de semana causaram danos em aproximadamente 27 dos 32 departamentos do país. O boletim não especificou se houve mortes ou feridos, mas a mídia local informou que ocorreu um registro de uma mulher sendo arrastada por uma avalanche até a morte no departamento de Santander, no norte do país.

Os departamentos que registraram mais emergências por conta das chuvas torrenciais foram as áreas de La Guajira, Norte de Santander (norte), Chocó (noroeste), Huila e Cauca (sudoeste).

Departamentos mais prejudicados

Os principais danos ocorreram no departamento de Chocó, que é o mais pobre do país, onde ocorreram registros de cerca de 30 mil famílias afetadas. Mais de 4 mil casas, 18 escolas e quase 1.500 hectares de culturas foram afetadas, segundo relatório.

Petro garantiu que, embora a declaração de calamidade seja nacional, os esforços se concentrarão principalmente em Guajira, Chocó e na capital Bogotá, que desde abril deste ano sofre com o racionamento de água devido à seca nos reservatórios que a alimentam. O presidente chamou este fenômeno de “urbanização descontrolada”.