Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou nesta quarta-feira (05) uma ordem executiva que proíbe a participação de meninas e mulheres transgêneras em competições esportivas femininas em escolas e universidades do país. O governo chamou a medida de “Manter os homens fora dos esportes femininos” . Segundo o governo, o objetivo é garantir a equidade nas disputas esportivas.
Nova política governamental e justificativas
A lei de 1972 proíbe a discriminação sexual em escolas e universidades, permitindo que apenas quem foi registrado como mulher ao nascer possa competir como mulher. O governo justifica a medida dizendo que quer proteger as atletas cisgênero (mulheres que se identificam com o gênero em que nasceram) de uma possível desvantagem física e garantir a segurança nos esportes.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/Chris Kleponis/AFP/Getty Images Embed)
A Casa Branca instruiu o Departamento de Educação e o Departamento de Justiça a fiscalizar o cumprimento da regra, aplicando sanções a escolas e universidades que não cumprirem com a diretriz. O governo incentivará as organizações esportivas a adotarem políticas semelhantes.
Críticas e impactos na comunidade LGBTQIAPN+
Grupos como a Campanha pelos Direitos Humanos dizem que a proibição agrava a discriminação e afasta jovens transgêneros dos esportes, afetando sua saúde física e mental. As ações do presidente provocaram indignação de grupos de direitos LGBTQIAPN+, que disseram que a decisão foi desrespeitosa e prejudicou atletas queer nos esportes.
A polêmica deve continuar nos tribunais com os possíveis desafios legais contra a nova política abordada pelo governo estadunidense. Outras entidades esportivas e cientistas argumentam não haver consenso sobre as vantagens físicas de mulheres trans. que cada caso deveria ser analisado individualmente.
A decisão também pode impactar diretamente a participação de atletas trans em competições internacionais. Vários especialistas apontam que a postura dos Estados Unidos pode influenciar outros países a adotarem práticas semelhantes, reacendendo o debate global sobre inclusão e equidade no esporte.