Os eleitores indecisos e que vão votar em branco ou nulo, segundo os cientistas políticos Carlos Ranulfo e Bruno Bolognesi, estes dois grupos podem ser o fator decisivo das eleições. Ambos foram entrevistados pela CNN neste domingo (23).
Em entrevista, Ranulfo afirmou que o Sudeste é a região que os candidatos mais precisam explorar nesta reta final de campanha.
“É possível ganhar votos dos indecisos. Essa faixa, que é uma faixa pequena, é a que tem que ser atingida. E, no Sudeste, os indecisos podem decidir as eleições, já que nas outras regiões o quadro está muito estabilizado.”
O cientista político acrescentou que as chances do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, de ser reeleito são pequenas, devido ao tamanho da diferença em relação ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste. Apesar do candidato filiado ao Partido Liberal (PL) ganhar no Centro-Oeste e Sul. Na região Norte, há empate. Nesse caso, Carlos Ranulfo reitera que sobra o Sudeste.
Entrevista com Carlos Ranulfo na CNN (Reprodução/Youtube)
Para Carlos, quem ganhar no estado de Minas Gerais, provavelmente será o próximo presidente. Por conta do Lula ter ganhado no primeiro turno, e agora o Bolsonaro investir neste estado para tentar vencer as eleições. Evidenciando, o equilíbrio na disputa entre os dois.
Com um pensamento contrário, Bruno Bolognesi, interpreta que as abstenções podem ser positivas e ajudar Jair Bolsonaro, porém ele pontuou as dificuldades para a campanha nesse aspecto.
“A abstenção tende a favorecer Bolsonaro, porque quem se abstém mais nas eleições são normalmente os eleitores de baixa renda e baixa escolaridade, que tendem a votar no Lula. Então, sim, ela pode favorecer o Bolsonaro, mas ela também pode prejudicar, já que ele precisa converter muito voto”, disse.
Além dessa análise, Bolognesi também comentou sobre a ação da gratuidade dos transportes públicos no dia da eleição. Ele elogiou a iniciativa, apesar de não acreditar que isso seja um diferencial no cenário eleitoral.
Foto Destaque: candidata indo votar no 1° turno. (Reprodução/Jovem Pan)