Filhotes de leão nascem após análise de árvore genealógica no Zoo de SP

Juliana Gomes Por Juliana Gomes
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Após a equipe do Zoológico de São Paulo aproximar um casal de leões, o Django e a Amira, em julho de 2022, e analisar a árvore genealógica de ambos, os filhotes dos dois nasceram no dia 26 de novembro do ano passado. Neste sábado (21), pela primeira vez, os estudantes puderam observar, a partir de um telão, a interação entre Amira e os filhotes que estão em um recinto exclusivo.

Django, nascido em agosto de 2016, e a paulistana Amira, nascida em maio de 2018, ficaram juntos apenas depois da equipe do Zoológico analisar, em uma plataforma científica com dados de animais em 90 países, o Species 360, se os dois eram parentes. 


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Ariel Tandello, biólogo chefe do Zoo Safári de São Paulo, explicou que a plataforma é um dos principais instrumentos utilizados para indicar o histórico de parentesco de cada um dos leões mantidos sob cuidados humanos. “Com base nas suas informações é possível saber, por exemplo, onde nasceram e viveram os antepassados. Dessa forma, os filhotes serão geneticamente saudáveis e poderão dar sequência a programas de conservação”, esclareceu.

Os filhotes ainda não tiveram interação humana para manterem o hábito das leoas de se isolarem nos primeiros meses. “A mãe precisa se sentir tranquila e ter sensação de segurança. Então, nem a minha visita é demorada. Apenas para alimentação e limpeza do local”, disse o biólogo. Câmeras foram instaladas no espaço para a equipe monitorar os animais, mas, até o meio do ano, os filhotes serão apresentados ao pai e, assim, os pais e os filhos poderão ser vistos na área de visitação do zoológico.

Amira e Django não foram os primeiros animais que o zoo SP obteve sucesso na reprodução da espécie. O local é referência mundial nos cuidados e reprodução de felinos silvestres, já tendo ajudado 15 diferentes espécies, das 38 de felinos silvestres no mundo, sendo 13 ameaçadas na extinção.

Esse conhecimento, que auxilia na conservação da biodiversidade, foi usado na elaboração de protocolo de manejo e reprodução que compõe um dos alicerces do Plano de Ação Nacional para conservação de pequenos felinos, vigente desde 2014, sob coordenação do ICMBio. Isso ajudou o Zoológico SP a se tornar, em 2023, a única instituição na América do Sul a fazer parte do “Programa Europeu de Conservação ex situ do tigre-de-sumatra (Panthera tigris sumatrae)”, com coordenação da Associação Europeia de Zoológicos e Aquários (EAZA).

O Zoo SP está localizado na Avenida Miguel Stefano, 4241, Água Funda, com entrada via ingresso, sendo a inteira R$69,90 e a meia-entrada, R$34,95, pelo site www.zoologico.com.br. A bilheteria encerra às 17h e o estabelecimento fica aberto das 9h às 18h todos os dias. Porém, a partir do primeiro dia de fevereiro, voltará o horário normal de fechamento, às 17h, logo, a bilheteria fechará às 16h. Crianças de até 4 anos tem gratuidade e as de 5 a 12 anos pagam meia-entrada.

 

Foto destaque: a leoa Amira cuidando dos filhotes. (Reprodução/G1)

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