Manobra de engasgo: pediatra Andrea Bandeira faz orientações importantes para socorrer bebês

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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O processo de engasgo acontece quando algum alimento ou objeto pequeno entra pelo “caminho errado”. A situação é considerada um caso de emergência porque, em geral, os bebês não conseguem expelir o causador do engasgo sozinhos. Portanto, a aplicação da Manobra de Heimlich precisa ser rápida e bem aplicada.

Segundo a pediatra e especialista em neonatologia, Andrea Bandeira, é comum que as crianças engasguem, principalmente as lactantes, que possuem entre 28 dias e um ano de idade.

A médica lembra ainda que o próprio leite materno, fórmulas e as papinhas cremosas podem causar os perigosos engasgos. Mas reforça a necessidade de redobrar a atenção também com os objetos que, por ventura, podem ser engolidos pelas crianças, por isso evitar que elas tenham acesso a eles é a melhor maneira de prevenir a ingestão.

E se o engasgo acontecer?

Quando o bebê estiver engasgado é imprescindível que os pais ou responsáveis estejam preparados para prestar o socorro adequado, considerando a gravidade da situação, que pode levar à morte.

Sobre a melhor maneira de efetuar a Manobra de Heimlich ou manobra do desengasgo, ela detalha: “Primeiro, é preciso colocar o bebê de bruços em cima do braço, após isso, deve ser feita 5 compressões no meio das escápulas, que ficam no meio das costas do bebê. Após isso, vire o bebê de barriga para cima no seu braço, e, agora, serão 5 compressões no esterno, que fica entre os mamilos, é o osso que divide o peito no meio”, explica.

E complementa: “A manobra de desengasgo é eficaz em seu processo de desobstrução da via ao efetuar a deglutição, que é o ato de engolir. Isso pode ser muito eficiente, especialmente para os recém-nascidos, que costumam se engasgar facilmente”.



DICA MÉDICA

Dra. Andrea reforça que, no primeiro sinal de engasgo, é importante checar rapidamente se o bebê está com o corpo estranho na boca.

Nesse contexto, ela complementa: “Cuidado para não empurrar mais, tente tirar se estiver na boca do bebê, ou continue efetuando a manobra até conseguir”.

A médica também frisa que, enquanto alguém faz o procedimento, o ideal é que outra pessoa próxima faça contato imediato com equipes de emergência e peça ajuda urgente. As crianças resistem muito pouco tempo a um engasgo e podem evoluir para uma parada cardiorrespiratória.

“Busque o serviço de emergência, o Corpo de Bombeiros ou o hospital mais próximo. O perigo é real e o engasgo pode, sim, levar à morte por sufocamento”, finaliza.

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Acompanhe a Dra. Andrea Bandeira nas redes sociais: @draandreabandeira.

Foto Destaque: Reprodução

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