Ministério da saúde deixa vencer 39 milhões de doses da vacina contra a Covid-19

Kauê Olah Lopes Por Kauê Olah Lopes
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Foi confirmado que o Ministério da Saúde deixou vencer 38.951.640 doses da vacina contra a Covid-19 que estavam em estoque entre os anos de 2021 a 2023. Isso representa em média um prejuízo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pela pasta ao jornal GLOBO.

Ao total, mais de 33 milhões de doses do imunizante foram incinerados. E nos próximos 3 meses mais de 5 milhões de doses vencerão e outras 15 milhões terão seu prazo de validade expirado nos próximos 180 dias.

O governo anterior negou à equipe de transição informações sobre estoques e validação de vacinas. Ao assumir, a atual gestão do ministério da saúde se deparou com um cenário de 27,1 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 sem tempo hábil para distribuição e uso “, afirma, o ministério da saúde em uma nota oficial. 


39 milhões de vacinas contra a Covid-19 foram perdidas entre os anos de 2021 a 2023 (Reprodução/G1)


Do estoque de vacinas vencidas, quase 2 milhões delas tiveram a sua validade vencida no ano de 2021, cerca de 10 milhões venceram em 2022 e 27 milhões venceram em 2023, até o dia 28 de fevereiro. 

O ministério da saúde buscou uma solução pactuada com o conselho de secretários estaduais e municipais da saúde – conas e conasems – para um esforço conjunto para evitar novos desperdícios. outras ações também estão sendo pactuadas dentro do movimento nacional  pela vacinação“, argumenta, a pasta. 

Vale lembrar que, o estoque de produtos do ministério da saúde está sob sigilo desde 2018, e esse sigilo tem um período inicial de 5 anos, porém, a pasta ampliou o prazo em 2022 sem data definida – as informações são protegidas por 2 anos após serem produzidas. O sigilo impossibilita acesso ao número de medicamentos, vacinas e testes dentro e fora da validade.

 

Foto destaque: Fim do sigilo da carteira de vacinação do ex presidente Bolsonaro. (Reprodução/O Globo)

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