Carlos Arthur Nuzman, Ex-presidente do COB, é condenado a 30 anos de prisão

Ivo Ferreira Por Ivo Ferreira
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O ex-presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, foi condenado a 30 anos de 11 meses de prisão. A sentença determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara federal criminal do Rio de Janeiro, condenou o ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Nuzman era um dos dirigentes que estava na mira da operação Unfair Play, que investigou a compra de votos para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016. Nuzman ainda pode recorrer da decisão em liberdade. A defesa do ex-diretor alega que o juiz o condenou sem provas e que a sentença será corrigida quando o tribunal julgar o recurso.


Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB. Reprodução/Portal CM7


O Juiz condenou por esporte, sem provas. Nuzman será inocentado, seguramente. Os Tribunais da República não irão prestigiar esta violência jurídica inominável”, disse o advogado João Francisco Neto, responsável pela defesa do ex-dirigente, em entrevista ao portal UOL.

O jornal francês “Le Monde” denunciou em março de 2017 que dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) receberam propina três dias antes da escolha do Rio como sede da Olimpíada. Além de Nuzman, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e Leonardo Gryner, que era diretor de operações do Comitê Rio-2016, também foram condenados na operação. Cabral recebeu pena de 10 anos e 8 meses. Gryner, por sua vez, foi condenado a 13 anos e 10 meses.

Carlos Arthur Nuzman chegou a ser detido em 2017 por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Mais tarde, deixou a cadeia e vinha cumprindo prisão domiciliar.

 

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 “A decisão é justa e correta, no passo em que erigiu um muro de contenção ao apetite acusatório por arbitrária e descabida prisão preventiva. A manutenção da liberdade foi assegurada, por unanimidade, pelos Ministros da Sexta Turma. A defesa agora espera que a denúncia seja rejeitada, diante da falta de justa causa para ação penal”, comemorou a defesa na época.

 

Foto destaque: Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB. Reprodução/Lance!

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