Saiba sobre a influenza aviária e os riscos do H5N1 em seres humanos

Lucas Quirino Por Lucas Quirino
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Nesta semana, o Governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou o terceiro caso de infecção de ave silvestre com o vírus Influenza Aviária (H5N1) na ave imigratória trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus). A ave foi recolhida por cientistas especializados na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Ainda não há registros de transmissão para humanos no estado.

No último dia 22, o ministro da pasta referente a Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, emitiu um comunicado declarando estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por conta da doença, tendo o ato validade por 180 dias. A medida tomada foi após outras duas aves silvestres imigratórias, da mesma espécie que a localizada no sábado, serem identificadas, neste mês, com o vírus H5N1. Elas foram encontradas em São João da Barra, no Norte Fluminense, e em Cabo Frio, na região dos Lagos.


Vírus H5N1 (Reprodução/Letycia Rocha – RC24h)


Até o momento, não fora detectado nenhum caso de transmissão do vírus H5N1 para humanos, porém, de acordo com o infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, “é possível que o vírus ganhe a capacidade de transmissão entre humanos, podendo chegar a uma pandemia”. Ainda de acordo com o Dr. Kfouri, ainda não há motivos para alarde no momento, pois o Ministério da Agricultura já se antecipou e está monitorando os casos de perto, no intuito de evitar que o contagio chegue nas aves de cativeiro, mesmo o contágio para humanos seja através de manipulação com animal contaminado.

Contudo, mesmo com a baixa probabilidade de contágio entre humanos, é necessário se atentar aos possíveis sintomas do vírus no organismo, tendem a ser iguais aos de uma gripe comum, como febre, tosse e dor muscular. Ademais, o vírus da Influenza Aviária H5N1 é considerado de alta patogenecidade, em outras palavras, pode causar doença grave nos hospedeiros, tendo uma taxa de letalidade bem elevada se comparada com outros vírus, como o da Covid-19, superior a 50%.

 

Foto Destaque: Casos de gripe aviária do Brasil. Reprodução/DASA

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