O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, foi hostilizado junto a seus familiares no aeroporto internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14). Os agressores, também brasileiros, teriam chamado o magistrado de “bandido”, “comunista” e “comprado” por uma mulher que, segundo apurações realizadas por veículos de Imprensa, se chama Andréia. O filho de Alexandre teria levado um tapa de outro dos agressores presentes, chamado Roberto Mantovani Filho.
A Polícia Federal identificou os agressores que atacaram Moraes e familiares. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no estado de São Paulo, e responderão em liberdade por crimes contra a honra e ameaça contra o magistrado.
Moraes voltava de uma palestra ministrada na Universidade de Siena, cidade a cerca de 233km ao norte da capital italiana, quando foi abordado junto a sua família pelos agressores.
Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE (Foto: reprodução/Tribunal Superior Eleitoral – TSE)
Sobre Alexandre de Moraes
O magistrado de 54 anos é formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a “Sanfran”. Foi Secretário Estadual da Justiça de São Paulo entre 2002 e 2005, durante o governo de Geraldo Alckmin (à época, no PSDB) no estado de São Paulo. Além disso, foi Conselheiro Nacional de Justiça do Brasil entre 2005 e 2007.
Durante um dos mandatos de Gilberto Kassab na prefeitura de São Paulo, entre 2007 e 2010, Alexandre foi Secretário Municipal de Transportes e, entre 2015 e 2016, atuou na Secretaria Estadual de Segurança Pública do estado.
Em maio de 2016, Moraes foi Ministro da Justiça durante o governo de Michel Temer. Chegou ao Supremo Tribunal Federal em março de 2017, sucedendo o ex-ministro Teori Zavascki (1948-2017), morto após um acidente de avião no Rio de Janeiro. Se tornou ministro do Tribunal Superior Eleitoral em 2020 e atua junto ao STF desde então.
Moraes comanda uma série de inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por supostos crimes durante seu mandato (2019-2022). Isso levou o magistrado a ter total repulsa pelos apoiadores do político. Recentemente, sob sua presidência, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito anos por abuso de poder político e do uso da comunicação presidencial durante uma reunião realizada em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, com embaixadores de diversos países, onde acusou sem provas a lisura das eleições e a efetividade das urnas eletrônicas.
Foto Destaque: o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Reprodução/LR Moreira/Secom/TSE/UOL Notícias