México pede que o Equador seja expulso da ONU após invasão de embaixada

Nesta quinta-feira (11), o México apresentou uma forte denúncia contra o Equador para a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia por causa de um ataque à embaixada mexicana, que estava abrigando um refugiado político. Tratava-se do ex-vice-presidente Jorge Glas Espinel, que possuía um mandato de prisão devido à suspeita de corrupção.

O Governo Nacional informa aos cidadãos que Jorge Glas Espinel, condenado à prisão pela justiça equatoriana, foi preso esta noite e colocado sob as ordens das autoridades competentes,” afirmou o secretaria do Equador, após a invasão na sexta-feira passada (6) que causou tensões com o México.

A sede diplomática mexicana abrigava o político desde dezembro do ano passado, e após rompidas as relações com o Equador, imediatamente entrou com um pedido para julgar o caso e expulsão do país como membro da Organização das Nações Unidas (ONU), até que peça desculpas publicamente pela transgressão.


Policiais invadem a embaixada mexicana para prender o ex-vice-presidente (Foto:Reprodução/AFP)

Direito Internacional

O pedido já conseguiu o apoio de países como os Estados Unidos, Canadá, além de vários representantes da América Latina e do Caribe.

A agressão violenta é o que estamos levando à Corte Internacional de Justiça. Esta ação é baseada na convicção de que o uso da força não é o mecanismo,” afirmou a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, que adicionou que a ação também deve servir para “estabelecer o precedente de que qualquer Estado que atue como o Equador será expulso das Nações Unidas.

Após divulgadas imagens fortes de policiais invadindo a sede e apontando armas para funcionários mexicanos, até mesmo o governo estadunidense passou de neutro para o lado do México na questão, considerando a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Jorge Glas

De acordo com o Equador, o asilo concedido pelo México seria “ilegal” e continuou dizendo que não deixaria Jorge Glas sair do país. Ele foi vice do presidente Rafael Correa (2007-2017), e foi acusado de desviar fundos públicos durante sua atuação política.

Após a sua prisão na sexta-feira, ele foi hospitalizado nesta segunda (8) por overdose de ansiolíticos, antidepressivos e sedativos, de acordo com um relato policial. Ficou um dia no Hospital Naval do porto de Guayaquil e rapidamente retornou à prisão, mas o caso foi relatado pelo ex-presidente Rafael Correa como tentativa de suicídio, pelo qual o atual presidente Daniel Noboa seria responsável.

Operação prende dirigentes da Transwolff e UPBus por suspeitas de laços com o PCC

Nesta terça-feira (9), uma operação realizada pelo Ministério Público de São Paulo resultou na prisão dos dirigentes de empresas de ônibus responsáveis pela Zona Sul da cidade: a Transwolff e UPBus. Em investigações da Gaeco que concluem após quase cinco anos, as empresas viraram suspeitas de lavar dinheiro do tráfico de drogas e outros crimes para a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Até às 11h da manhã, a Polícia Militar cumpriu 52 mandatos de busca e apreensão, e a prisão de três dirigentes principais. Em um dos imóveis do dono da Transwolff, foram encontrados fuzis, revólveres, dinheiro, e joias. Além destes bens, todos os investigados também terão seus bens bloqueados por decisão judicial, o que soma um valor de quase R$ 600 milhões.

Enquanto as duas empresas de ônibus estão sendo investigadas, Gilmar Pereira Miranda, secretário executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, já esclareceu que a situação será resolvida pelo governo: “Estamos no aguardo com relação à decisão judicial quanto as medidas que a SPTransporte precisa tomar.”


Armas encontradas na casa do dono da Transwolff (Foto: reprodução/Ministério Público de São Paulo/g1)

SPTrans

A gente não vislumbra, neste momento, qualquer substituição de operador,” Gilmar Pereira já afirmou. “Muito pelo contrário: a gente tem pessoal capacitado na SPTransporte, com expertise desde a época que já teve no passado necessidade de intervenção por má prestação.”

Ao que foi relatado, a SPTrans, estatal de transporte, vai conseguir atender ao serviço, substituindo a Transwolff e a UPBus sem afetar negativamente a população. As duas empresas atendiam cerca de 15 milhões de passageiros por mês, e atendiam de forma relativamente adequada os contratos que mantinham com a prefeitura, mas já havia um histórico de reclamações, falhas de operação, e outras denúncias de ligações com o crime organizado.

O secretário de Transporte clarificou: “Será mantido o emprego de todos os operadores, os veículos são de ótima qualidade, dentro do cenário brasileiro e até sul-americano, então a gente vai manter a operação da cidade de SP.

Presos

A operação do Ministério Público de São Paulo já resultou na prisão de três figuras-chave da Transwolff, que devem responder às acusações:

  • Luiz Carlos Efigênio Pacheco, dono da Transwolff.
  • Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff.
  • Joelson Santos da Silva, sócio que, segundo o MP, dava suporte ao esquema da Transwolff.

Ainda está foragido Silvio Luis Ferreira, sócio da UPBus, que a operação não conseguiu encontrar. Também foi preso Elio Rodrigues Santos, que não era alvo da operação, mas foi pego em flagrante portando arma de forma ilegal.

Lula anuncia entrega de R$ 730 milhões para municípios na Amazônia combaterem o desmatamento

Nesta terça-feira (9), o governo Lula anunciou a entrega de R$ 730 milhões para um total de 70 cidades prioritários, com o objetivo de combater o desmatamento da floresta amazônica. O programa optativo – ao qual 53 municípios já aderiram – vai financiar a prevenção, monitoramento, controle, e redução dos danos causados à flora e fauna local.

O valor de R$ 730 milhões é um fundo que vale até o ano de 2027, e deverá ser usado principalmente para combater o desmatamento em flagrante e a ocorrência de incêndios florestais, os quais têm se tornado mais comuns com o aquecimento global e a permanência das temperaturas elevadas em períodos secos. Só em 2023, os incêndios de florestas amazônicas maduras cresceu em 152%, e as ocorrências devem crescer ainda mais neste ano – o que explica o valor do investimento.

Do montante, R$ 600 milhões vão ser encaminhados diretamente ao Fundo Amazônia, que desde 2008 promove a conservação e uso sustentável da Amazônia Legal. Os restantes R$ 130 milhões passarão para o Floresta+, que é uma parceria internacional entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério do Meio Ambiente.


Imagem aérea de desmatamento na Amazônia (Foto:Reprodução/TV Globo/g1)

Promessa de Desmatamento Zero

Nós temos um compromisso, assumido por conta e risco nosso, de que até 2030 a gente vai anunciar ao mundo desmatamento zero neste país,” afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao anunciar o projeto. “E nós queremos transformar isso num compromisso do povo brasileiro.

O objetivo de zerar o desmatamento no Brasil foi primeiro determinado em 2015, durante o Acordo de Paris, como a contribuição voluntária a qual o país tentaria atingir na próxima década e meia. Em seu discurso, o presidente também atacou negacionistas e enfatizou a necessidade de soluções práticas para lidar com mudanças climáticas e criar sociedades sustentáveis.

Metodologia do Programa

Em uma primeira etapa, serão entregues R$ 500 mil a cada município que aderir ao programa, para financiar o estabelecimento da gestão ambiental local. Com isso, ainda sobre mais da metade do montante, que será distribuído em um segundo período de acordo com a performance das cidades, onde os municípios com a maior redução do desmatamento são recompensados pela performance.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que os mais de R$ 700 milhões eram apenas o começo dos esforços. “Para além de combater desmatamento, queimada […] Para além de tudo isso, o que a gente faz aqui? Criando uma memória para filhos, netos, para aqueles que virão.”

Os municípios devem buscar aderir ao programa até o dia 30 de abril, e seus esforços para combater o desmatamento serão avaliados segundo o índice do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A perspectiva é que esse projeto freie o aumento acelerado do desmatamento, mas ainda não há projeção do seu grau de efetividade enquanto investimento federal.

NASA faz transmissão ao vivo de astronauta voltando à Terra após mais de 200 dias

Neste sábado (6), a NASA realizou uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter) divulgando o retorno da astronauta Loral O’Hara à Terra após 204 dias no espaço. O evento marca o encerramento de uma pesquisa de 6 meses na Estação Espacial Internacional (ISS), e foi acompanhado de outros tripulantes.

Também voltaram à Terra o astronauta russo Oleg Novitskiy (não da NASA, mas sim da Roscosmos), e a participante Marina Vasilevskaya, que é a primeira mulher da Bielo-Rússia após ter sido selecionada para o projeto “Belarusian Woman in Space” em 2022. Os dois passaram 14 dias no espaço durante este voo, mas no total Novitskiy já contabilizou 545 dias registrados no espaço, durante quatro voos.

Os três realizaram a descida na espaçonave Soyuz MS-24, e pousaram de paraquedas na estepe do Cazaquistão, a sudeste da cidade de do Dzhezkazgan, aproximadamente às 4:15 da manhã (horário de Brasília). Além de ser transmitida nas redes sociais (X e YouTube), a cobertura ocorreu no site da agência espacial e no seu aplicativo, NASA+.



Campanha Artemis

Loral O’Hara já afirmou em uma palestra TEDx de 2015 que sempre quis ser uma astronauta, desde ao menos os 8 anos de idade. Em junho de 2017, foi selecionada pela NASA a integrar na turma de próximos tripulantes. Em setembro de 2023, ela foi lançada ao espaço.

Em seu tempo trabalhando para a agência espacial, Loral integrou em vários projetos relacionados à Campanha Artemis, que pretende trazer os Estados Unidos de volta à Lua antes do final da década. Entre as suas colaborações, O’Hara realizou o extenso monitoramento de saúde cardíaca, tratamentos de câncer e técnicas de fabricação espacial durante sua estadia no laboratório em órbita.

Corrida espacial

São pesquisas científicas de valor crescente em anos recentes, com a volta da corrida pela avanço tecnológico no setor astronômico. Trata-se do único setor onde os Estados Unidos (NASA) e a Rússia (Roscosmos) ainda mantém projetos colaborativos após a invasão da Ucrânia.

Além desses dois países, a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) recentemente pousou uma sonda na Lua, sinalizando que vários países podem estar na disputa para dominância da última fronteira. São importantes menções também a Índia, e a China, dois países que podem ultrapassar os EUA na corrida espacial.

GPS: sistema pode ser alvo das tensões entre Estados Unidos e China

Entre as várias fragilidades do cenário geopolítico global que foram expostas com o início da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, foi fácil para vários países observarem a dependência crítica nos satélites: com um simples ataque de hackers russos na infraestrutura terrestre do sistema Kyivstar, mais de 24 milhões de ucranianos ficaram incomunicáveis em janeiro deste ano. E agora os Estados Unidos se preocupam em relação ao próprio sistema de GPS, em relação a seus rivais.

Além da Rússia, que poderia facilmente lançar um míssil nuclear para a órbita dos satélites, o atual GPS (Sistema de Posicionamento Global) também está ameaçado pela competição com outros sistemas, seja o da União Europeia ou o da China. Com espaço de órbita limitado e em alta demanda, especialistas como o general da Força Aérea americana, John E. Hyten, já advertiram que a vulnerabilidade do sistema transforma os satélites em “alvos grandes, gordos, e suculentos“.

Em anos recentes, a Rússia, a China, a Índia, e os Estados Unidos já testaram mísseis antissatélites. Com o desenvolvimento da tecnologia de comunicações, há uma corrida entre as ferramentas que interrompem os sinais no espaço e as ferramentas que superam esses bloqueios.


Waze poderá ser afetado caso o sistema de GPS seja derrubado (Foto:Reprodução/Globo/Epoca Negócios)

Alternativas ao GPS

O equivalente ao GPS na Rússia é o Glonass, na União Europeia é o Galileo, e na China é o Beidou. Todos tem expandido em anos recentes, e embora a constelação de 32 satélites dos Estados Unidos ainda seja a principal, os seus competidores tem realizado esforços significantes para se tornarem independentes do espaço.

Por exemplo, a China tem investido em uma infraestrutura de 20 mil km de cabos de fibra óptica no subsolo, só para fornecer serviços de tempo e navegação sem depender de sinais do seu sistema Beidou, que é prevista ainda assim para expandir com o lançamento de novos satélites na forma de um sistema parcial.

Devemos aproveitar essa oportunidade estratégica, dedicando todos os nossos esforços para desenvolver capacidades que abranjam todos os domínios – subaquático, terrestre, aéreo, espacial e espacial profundo – o mais rápido possível,” escreveram pesquisadores da China Aerospace Science and Industry Corporation.

Atraso dos Estados Unidos

Em contraste, os Estados Unidos tem tido noção do problema desde a administração de Barack Obama, em 2010, mas nenhum dos planos projetos foi efetivamente posto em prática para lidar com o problema.

Os chineses fizeram o que nós, nos Estados Unidos, dissemos que faríamos,” disse Dana Goward, presidente da Resilient Navigation and Timing Foundation. “Eles estão decididamente em um caminho para serem independentes do espaço.

Caso o sistema americano seja derrubado do ar, é esperado que as consequências afetem desde os aplicativos de navegação civil (Waze, Google Maps, e outros) como também sistemas científicos e militares que utilizam o poder de geolocalização dos satélites, e até navios cargueiros, que ao interrompidos poderiam bloquear o comércio em uma escala global.

Conselho de Direitos Humanos da ONU exige que países parem de vender armas à Israel

Nesta sexta-feira (5) o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução para que países parem de fornecer armas e munições ao país de Israel, seja por meio de repassagem ou venda. A medida foi elaborada pelo Paquistão e tem em mente “prevenir novas violações do direito humanitário internacional e violações e abusos dos direitos humanos”.

O texto teve a maioria de votos a favor (incluindo o Brasil) e também recomenda o cessar imediato de comércio envolvendo equipamentos militares, pedindo pela interrupção de tais operações. Dos 47 países no Conselho, 28 votaram em favor, 6 votaram contra, e 13 se abstiveram.

Entre os países que votaram contra a medida (Argentina, Paraguai, Bulgaria, Malawi) dois deles, a Alemanha e os Estados Unidos, são notáveis porque compõem parte dos poucos países que ainda comercializam armamentos com Israel. Por ter sido aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos mas não pelo Conselho de Segurança, é possível que esses países continuem o comércio, sem obrigação por lei internacional.


Em verde, países que reconhecem o Estado da Palestina (Foto:Reprodução/Wikipedia Commons)

Países fornecedores

Atualmente, existem cinco países que fornecem armas e munições à Israel:

  • Os Estados Unidos;
  • O Reino Unido;
  • A França;
  • A Alemanha;
  • A Austrália.

Há pouco tempo, este número era maior, mas outros seis países (Itália, Espanha, Holanda, Bélgica, Japão e Canadá) suspenderam suas exportações de equipamento militar após o início do conflito.

Conselhos da ONU

Em alguns casos, tais resoluções tem como objetivo mais aumentar a pressão geopolítica internacional do que de fato impor um julgamento final. Por exemplo, embora o Conselho de Segurança tenha acordado por um cessar-fogo na Faixa de Gaza semana passada (25 de março), o governo israelense ignorou a resolução.

O que de fato pode ajudar a resolver a guerra são as consequências de tal pressão, que faz com que países se tornem menos populares por rejeitar a decisão da ONU. Em ano de eleição nos Estados Unidos, a esfera política tem maior preocupação com tais detalhes, o que pode acabar influenciando diretamente a situação de Israel, que depende de seus aliados internacionais.

Casa Branca força Israel a abrir rotas de ajuda humanitária para Gaza

Nesta sexta-feira (5), o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que Israel vai permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza a partir de pontos seletos. Isso ocorreu após um pedido do presidente estadunidense Joe Biden, e a decisão foi saudada pela Casa Branca.

O pedido ocorreu nesta última quinta-feira (4) após um telefonema entre os dois líderes, e forçou a ação de Netanyahu ao estabelecer uma condição para a continuidade do apoio dos Estados Unidos à Israel: a proteção dos civis palestinos em Gaza, que foi pela primeira vez imposta como necessária pelo presidente. E tal proteção requer, de acordo com Washington, a implementação de certas medidas.

Essas medidas, incluindo um compromisso de abrir o porto de Ashdod para a entrega direta de assistência em Gaza, abrir a passagem de Erez para uma nova rota de assistência para chegar ao norte de Gaza e aumentar significativamente as entregas da Jordânia diretamente em Gaza, agora devem ser implementadas completa e rapidamente,” comunicou Adrienne Watson, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.


Ajuda humanitária é lançada pelo ar sobre Gaza (Foto:Reprodução/REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa/CNN)

Resposta de Israel

Assim, o gabinete de guerra de Israel rapidamente afirmou a autorização de “medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária à população civil da Faixa de Gaza” que deverão evitar uma crise humanitária sem comprometer a missão de “alcançar os objetivos da guerra“.

No entanto, ainda serão avaliadas as ações imediatas de Israel nos próximos dias, e os Estados Unidos poderão de forma correspondente mudar sua política internacional com relação à Gaza.

Estamos preparados para trabalhar em plena coordenação com o Governo de Israel, os Governos da Jordânia e do Egito, as Nações Unidas e as organizações humanitárias, para garantir que essas importantes medidas sejam implementadas e resultem em um aumento significativo da assistência humanitária que chegue a civis em extrema necessidade em toda Gaza nos próximos dias e semanas,” adicionou Watson.

Ajuda Humanitária

Desde o início do conflito, Israel tem tido problemas com as organizações de ajuda humanitária atuantes na Faixa de Gaza, o que tem criado tensões. De forma mais significativa, Israel manteve bombardeios na cidade de Rafah, que atuava como o principal ponto de escape para o Egito para civis que buscavam se refugiar.

Como ponto ainda mais recente, vale apontar o caso desta terça-feira (2), em que Netanyahu confirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) mataram sete agentes humanitários da World Central Kitchen (WCK) que estavam em carros blindados e sinalizados como pertencentes da organização.

Agora, os novos pontos de entrada para ajuda humanitária serão o porto de Asdod (35 km de Gaza), e a passagem de Erez (norte do território palestino). Durante os próximos dias, os Estados Unidos devem averiguar se as medidas para a evacuação de civis é satisfatória, ou requer mais alterações.

Ministério da Saúde divulga lista de cidades que vão receber vacina da dengue

Nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou uma lista com 154 novas cidades que vão participar da campanha de vacinação contra dengue, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha é do Sistema Único de Saúde (SUS) e já havia atingido 521 cidades do Brasil na sua primeira etapa.

Devido à baixa capacidade na produção do imunizante pelo laboratório Takeda Pharma, apenas foi possível produzir doses para 3,2 milhões de pessoas na primeira leva, o que explica as restrições em termos de municípios com acesso e faixas etárias selecionadas para mitigar os riscos mais graves. Por isso, o alcance limitado do processo de imunização iniciado em fevereiro.

De acordo com o Ministério da Saúde, 1,2 milhão de doses já foram entregues às unidades federativas desde o início da vacinação, mas apenas 534 mil foram confirmadas no sistema como aplicadas. Este ano já bateu o recorde histórico de número de casos da dengue, chegando a 2,3 milhões de casos.


2024 quebra recorde histórico de casos de dengue (Foto:Reprodução/Poder360/Ministério da Saúde)

Regiões de Saúde

Dando continuidade aos esforços da vacinação, agora as Regiões de Saúde (determinadas para facilitar a organização e logística) integram um número maior de municípios, expandindo a cobertura do programa. A lista de cidades divulgadas inclui os seguintes estados e regiões correspondentes de atendimento:

  • Acre (Acre Baixo e Purus)
  • Amazonas (Manaus, Entorno e Alto Rio Negro)
  • Bahia (Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Barreiras)
  • Distrito Federal (Distrito Federal),
  • Espírito Santo (Central/Norte, Metropolitana)
  • Goiânia (Central, Centro Sul, Entorno Sul, Sudoeste I, Sudoeste II, Pirineus, Entorno Norte, Estrada de Ferro, Sul)
  • Maranhão (São Luís)
  • Mato Grosso (Betim, Uberaba, Uberlândia/Araguari, Coronel Fabriciano/Timóteo, Belo Horizonte/Nova Lima;Caeté)
  • Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá)
  • Paraíba (1ª Região Atlântica)
  • Pernambuco (Recife)
  • Paraná (16ª RS Apucarana, 17ª RS Londrina, 9ª RS Foz do Iguaçu)
  • Rio de Janeiro (Metropolitana I)
  • Rio Grande do Norte (7ª Região de Saúde – Metropolitana, 2ª Região de Saúde – Mossoró)
  • Roraima (Centro Norte)
  • Santa Catarina (Grande Florianópolis, Nordeste)
  • São Paulo (Aquífero Guarani, Região Metropolitana de Campinas, São José do Rio Preto, São Paulo, Alto do Tietê)
  • Tocantis (Capim Dourado)

Redistribuição

Além da expansão do programa de vacinação já existente, outra solução apontada pelo Ministério da Vacina é a utilização das doses que não foram aplicadas, contabilizando pelo menos 668 mil que vão vencer em abril.

Não podemos deixar essas doses vencerem. Diante disso, o Ministério trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados,” afirmou Éder Gatti, o diretor do Programa Nacional de Imunizações. “A redistribuição das doses começa a partir da nota técnica que será publicada hoje. A gente espera que até semana que vem comece a vacinação, mas não dá para precisar por conta dos desafios logísticos de cada local.

Por fim, o Ministério também recebeu uma nova remessa de 930 mil doses da vacina Qdenga, o que deve ajudar no combate à epidemia histórica da doença. Para fins de comparação, o número atual de casos (2,3 milhões) já é um aumento de quase 50% em relação ao último recorde de casos (1,6 milhões, em 2015), no final do primeiro trimestre.

Rússia aumenta tensões em Kiev com o acionamento de mísseis balísticos

Nesta quinta-feira (28), a autoridade ucraniana local afirmou que o governo de Kiev (capital da Ucrânia) vai reforçar a sua segurança após nova onda de ataques russos utilizando mísseis balísticos. A ofensiva tem como alvo o sistema de energia do país, desde a semana passada, e parece representar uma “vingança” contra bombardeios que Kiev promoveu nas regiões russas.

Peço aos moradores de Kiev que permaneçam calmos. Não entrem em pânico. Estamos usando medidas preventivas para que Kiev e seus residentes sejam defendidos de forma confiável,” afirmou Serhiy Popko, chefe da administração militar de Kiev, no Telegram.

Além disso, também foi confirmado que o conselho de defesa da cidade vai aumentar a segurança em torno de reuniões e avaliar o risco de eventos públicos. Outra preocupação é a de que agentes russos e “outros elementos inimigos” possam estar tentando infiltrar na cidade.


Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto:Reprodução/AFP/Folha)

Geopolítica

Devido à ameaça russa, a Ucrânia logo está novamente requisitando o apoio de países aliados do Ocidente, principalmente no fornecimento de sistemas de defesa e munições que poderiam interceptar os mísseis balísticos da Rússia. No entanto, tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia estão limitados por fatores importantes: as suas próprias economias, e o ano de eleição.

Nos EUA, a disputa política pode ser observada até mesmo em casos como o do conflito de Israel e Hamas, que levou o país a ser acusado de abusar de seus poderes no Conselho de Segurança da ONU para favorecer seus próprio interesses em vez da resolução do conflito. Já na Europa, a questão do fornecimento de armas à Ucrânia chegou a ser frustrado por causa do mercado de grãos.

De fato, uma das pautas dos fazendeiros europeus que recentemente se manifestaram pelo bloco, além de irem contra às regulações de sustentabilidade da União, também reclamaram da invasão de produtos ucranianos em seus países. Estes grãos e cereais, precarizados, baratos, e desregulados, facilmente superavam a competição europeia, atrapalhando a produção nacional de países como a Polônia, que parou de fornecer armamentos à Ucrânia.

Terror

Do outro lado do conflito, a Rússia está novamente movimentada para escalar o conflito, e com sentimento elevado. Em grande parte, isso ocorre por causa do ataque terrorista que ocorreu em Moscou na outra sexta-feira (22), o qual embora tenha sido reivindicado pelo Estado Islâmico, foi cooptado por outras narrativas.

Pensamos que a ação foi preparada por islamistas radicais e que, claro, foi facilitada pelos serviços especiais ocidentais, e que os serviços especiais ucranianos estão diretamente envolvidos,” disse Alexander Bortnikov, chefe do serviço de segurança russo, e Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, concordou. “Obviamente foi a Ucrânia.

No total, 143 russos faleceram devido ao ataque terrorista. Nesta quarta-feira (27), ataques russos à Kharkiv deixaram quatro mortos e trinta feridos na região. Em resposta, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky requisitou caças F-16. Em resposta a isso, Vladimir Putin afirmou que vai abater os jatos caso sejam fornecidos pela Otan.

Nenhum dos dois países divulgou o número oficial de mortos, mas estimativas da inteligência dos Estados Unidos afirmam que pode ser até 700 mil perdas até o momento, somando os dois lados do conflito.

Google vai bloquear os e-mails de remetentes em massa para prevenir spam

A partir da próxima segunda-feira, dia 1º de abril, o Google vai passar a proibir o envio de e-mails por remetentes massa (com um número elevado de destinos) para reduzir a a quantidade de spam sendo espalhada em seu sistema.

Em última análise, isso fechará as brechas exploradas por cibercriminosos que ameaçam todos que usam e-mail,” afirmou o gerente de produtos da plataforma, Neil Kumaran. “Muitos remetentes em massa não protegem e configuram adequadamente seus sistemas, permitindo que atacantes se escondam facilmente em seu meio.”

Por isso, no Gmail, a exceção apenas vale para casos que atendem a novos requisitos de segurança e autenticação, os quais existem para deliberadamente dificultar o abuso da ferramenta por criminosos. O plano, portanto, não é impedir qualquer tentativa de spam, mas sim frear a maioria delas.


Escritório da Google (Foto:Reprodução/Shutterstock/Techmonitor)

Requisitos de autenticação

Entre os requisitos necessários para a autenticação dos e-mails de massa, estão as “práticas recomendadas e bem estabelecidas” que foram listadas como:

  • Autenticação de Mensagem Baseada em Domínio;
  • Relatórios e Conformidade;
  • E-mail Identificado por Chaves de Domínio;
  • e Framework de Política de Remetente.

Remetente em massa

Já a definição de remetente em massa – isto é, quem precisa por em prática esses novos requisitos – foi determinada pelo Google como qualquer indivíduo que envia “perto de 5.000 mensagens ou mais para contas pessoais do Gmail dentro de um período de 24 horas”. Isso inclui contas que utilizam o Google Workspace.

Além disso, os remetentes em massa deverão incluir em seus e-mails a opção de cancelamento de inscrição (por exemplo, para newsletters) em apenas um clique, o qual deverá ser processado em menos de 48 horas. No total, isso significa que vai ficar mais difícil o envio de e-mails em massa, e mais fácil o cancelamento dos que os recebem nas suas caixas de entrada.