México pede que o Equador seja expulso da ONU após invasão de embaixada

Alexandre Kenzo Por Alexandre Kenzo
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Foto Destaque: Ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas sendo escoltado por membros do Grupo de Ação Penitenciária Especial (GEAP) (Reprodução/Polícia Equatoriana/AFP)

Nesta quinta-feira (11), o México apresentou uma forte denúncia contra o Equador para a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia por causa de um ataque à embaixada mexicana, que estava abrigando um refugiado político. Tratava-se do ex-vice-presidente Jorge Glas Espinel, que possuía um mandato de prisão devido à suspeita de corrupção.

O Governo Nacional informa aos cidadãos que Jorge Glas Espinel, condenado à prisão pela justiça equatoriana, foi preso esta noite e colocado sob as ordens das autoridades competentes,” afirmou o secretaria do Equador, após a invasão na sexta-feira passada (6) que causou tensões com o México.

A sede diplomática mexicana abrigava o político desde dezembro do ano passado, e após rompidas as relações com o Equador, imediatamente entrou com um pedido para julgar o caso e expulsão do país como membro da Organização das Nações Unidas (ONU), até que peça desculpas publicamente pela transgressão.


Policiais invadem a embaixada mexicana para prender o ex-vice-presidente (Foto:Reprodução/AFP)

Direito Internacional

O pedido já conseguiu o apoio de países como os Estados Unidos, Canadá, além de vários representantes da América Latina e do Caribe.

A agressão violenta é o que estamos levando à Corte Internacional de Justiça. Esta ação é baseada na convicção de que o uso da força não é o mecanismo,” afirmou a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, que adicionou que a ação também deve servir para “estabelecer o precedente de que qualquer Estado que atue como o Equador será expulso das Nações Unidas.

Após divulgadas imagens fortes de policiais invadindo a sede e apontando armas para funcionários mexicanos, até mesmo o governo estadunidense passou de neutro para o lado do México na questão, considerando a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Jorge Glas

De acordo com o Equador, o asilo concedido pelo México seria “ilegal” e continuou dizendo que não deixaria Jorge Glas sair do país. Ele foi vice do presidente Rafael Correa (2007-2017), e foi acusado de desviar fundos públicos durante sua atuação política.

Após a sua prisão na sexta-feira, ele foi hospitalizado nesta segunda (8) por overdose de ansiolíticos, antidepressivos e sedativos, de acordo com um relato policial. Ficou um dia no Hospital Naval do porto de Guayaquil e rapidamente retornou à prisão, mas o caso foi relatado pelo ex-presidente Rafael Correa como tentativa de suicídio, pelo qual o atual presidente Daniel Noboa seria responsável.

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