Trump diz que imigrantes comem animais de estimação

Durante debate presidencial promovido pela rede de televisão ABC News nesta terça-feira (10), o candidato republicano, Donald Trump, declarou que os imigrantes estavam comendo os cachorros e outros pets dos americanos residentes em Springfield, Ohio. Tal informação foi rebatida pelo mediador do encontro, que respondeu não haver qualquer caso desse tipo nos registros da prefeitura.  

Desmentido ao vivo

Trump criticou a política de imigração do governo Biden, alegando que permitiram a entrada de estrangeiros, aos milhões. “Em Springfield, eles [imigrantes] estão comendo os cachorros. Eles estão comendo os gatos. Comendo os pets das pessoas que moram lá”, disse o republicano.

Após a fala de Trump, o mediador da ABC desmentiu a declaração do candidato. A produção havia entrado em contato com a prefeitura de Springfield para checar a informação e afirmaram não ter nenhum caso desse tipo reportado para as autoridades locais. Trump disse ter visto na televisão pessoas afirmando terem tido seus pets roubados.


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Os candidatos debateram assuntos-chave para esta eleição, como inflação e imigração (Foto: Reprodução/Win McNamee/Getty Images embed)


A Associated Press havia declarado que a campanha de Trump estava espalhando falsos rumores em relação aos imigrantes haitianos, acusando-os de roubar e comer animais de estimação no estado de Ohio.

Como foi o debate

Este foi o primeiro debate entre os candidatos democrata e republicano para a eleição de 2024. E, muito provavelmente, será o único, pois os cidadãos americanos irão votar no dia 05 de novembro. Kamala Harris assumiu o posto de candidata após a desistência de Biden e se vencer a disputa, será a primeira presidente mulher da história dos Estados Unidos. Trump concorre ao seu segundo mandato. 

De acordo com o The Washington Post, o público respondeu melhor às falas de Kamala, que debateu sobre saúde, aborto e a Guerra da Ucrânia. Mas ficou do lado de Trump quando o assunto foi economia. De forma geral, Kamala Harris soou mais qualificada e conseguiu se destacar mais, tendo um desempenho melhor do que o candidato republicano.

Trump tem pedido de transferência de processo negado por juiz

O candidato à presidência Donald Trump teve sua petição movida na última quinta-feira (29) negada por um juiz federal. O pedido era para mover seu caso criminal para um tribunal federal em Manhattan, em Nova York. Trump é acusado de suborno e aos olhos do juiz, mesmo com a imunidade limitada concedida ao ex-presidente pela Suprema Corte em julho, não havia nada que alterasse sua visão de que os pagamentos foram de caráter privado e não-oficial.

A petição também pedia que o tribunal adiasse a sentença de falsificação de registros comerciais para encobrir os subornos à atriz pornô Stormy Daniels, mas a mesma segue marcada para 18 de setembro.

A decisão do juiz

O juiz federal Alvin Hellerstein declarou que nenhum fato havia mudado desde a rejeição, no ano passado, do pedido de adiamento de Trump. O juiz escreveu em sua decisão publicada nesta terça-feira (03) que a decisão da Suprema Corte não afeta sua conclusão de que os pagamentos feitos para silenciar a atriz foram atos privados, e não-oficiais de Trump durante seu mandato presidencial.   

O ex-presidente defendeu que o caso deveria ser movido para a corte federal porque, segundo ele, o juiz que presidiu o julgamento, Juan Merchan, foi tendencioso contra ele. Mas Hellerstein respondeu que não cabia a ele avaliar o julgamento de Nova York. 


A condenação de Trump gerou reações mistas na população americana (Foto: Reprodução/Andrew Lichtenstein/Corbis/ Getty Images embed)


Trump também pediu, separadamente, que Merchan adiasse a sentença até depois da eleição, que acontecerá em novembro. O candidato reublicano está atualmente em campanha contra a candidata do partido rival, Kamala Harris. Os promotores não se opuseram ao pedido e o juiz pode emitir a decisão esta semana ainda.

Trump também arguiu em uma moção que sua condenação deveria ser anulada devido à decisão da Suprema Corte, que concedeu imunidade presidencial limitada ao candidato. O juiz informou que sua decisão sobre essa moção será feita no dia 16 de setembro.

Relembre o caso

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2016 e durante a parte final de sua campanha, Trump tentou abafar uma relação sexual extraconjugal que teve dez anos antes com a estrela pornô Stormy Daniels. O candidato teria pagado US$ 130 mil (cerca de R$ 660 mil na cotação atual) para comprar o silêncio da atriz.

Os pagamentos a Daniels foram maquiados por Trump como pagamento dos honorários de seu advogado, Michael Cohen. Em julgamento feito em maio deste ano, Trump foi considerado culpado no processo criminal em decisão unânime em todas as 34 acusações. Analistas consideram pouco provável que o ex-presidente cumpra pena na prisão, mas caso isso ocorra, Trump poderá pegar pena de quatro anos.

Julgamento dos acusados pela morte do ator Matthew Perry é marcado

O ator Matthew Perry, famoso por seu papel no seriado Friends, foi encontrado morto em sua casa em Los Angeles, em outubro do ano passado, resultado de uma overdose de cetamina. O ator lutou contra o vício em medicamentos durante a maior parte de sua carreira e cinco pessoas são investigadas por terem vínculo com a sua morte. Dois dos acusados, o médico Salvador Plasencia e a “rainha da cetamina” Jasveen Sangha, tiveram o julgamento marcado para o dia 4 de março de 2025. Os réus têm uma audiência de pré-julgamento em 19 de fevereiro.

A acusação dos réus

O tribunal irá julgar o Dr. Plasencia e a suposta traficante Jasveen Sangha juntos. No dia 15 de agosto, ambos foram presos sob acusação de falsificação de registros médicos e conspiração para distribuição de drogas. O médico supostamente se abastecia de cetamina e vendia frascos de 12 dólares pelo preço de US$ 2 mil para Perry. “Me pergunto quanto este imbecil vai pagar”, dizia Plasencia sob a situação, segundo os investigadores. Já Sangha, conhecida por vender drogas a clientes de alto perfil e celebridades, é acusada de ter vendido a dose que vitimou o ator. Ambos os acusados se declaram inocentes.


Altas doses de cetamina foram encontradas na autópsia de Perry, droga fornecida pelos réus apesar do estado delicado do ator (Foto: reprodução/Henry Iddon/PYMCA/Avalon/Getty Images embed)


Os outros três envolvidos no caso estão cooperando com a Justiça e fizeram acordos com a promotoria. O médico Dr. Mark Chavez irá admitir que conspirou para distribuir cetamina e foi impedido de exercer a profissão. Kenneth Iwamasa e Erik Fleming, o assistente pessoal de Perry e um conhecido do ator, respectivamente, também estão colaborando com as autoridades e terão suas sentenças decretadas nos meses de outubro e novembro. Plasencia está em liberdade condicional e Sangha segue sob custódia

Se condenados, os acusados podem pegar longas penas. Sangha pode pegar o mínimo de dez anos e Plasencia também teria a mesma pena para a acusação relacionada à cetamina, com o adicional de 20 anos por cada acusação de falsificação de registros médicos.

O vício de Matthew Perry

Mais conhecido por seu papel como Chandler no seriado Friends, o membro piadista do grupo de seis amigos vivendo em Nova York era um dos personagens mais amados do elenco. Matthew Perry também teve papéis de certo destaque em filmes e outros seriados. Apesar de sempre muito espirituoso no set, nos bastidores o ator passava por problemas por conta de seu vício em remédios e álcool.

O ator tomava doses controladas de cetamina, um analgésico que precisa de supervisão médica por conta de seus possíveis efeitos colaterais e risco de abuso. O medicamento cria um estado de transe, proporcionando efeitos de sedação e alívio da dor. O ator fazia uso do medicamento como parte de seu tratamento contra a depressão e a ansiedade. De acordo com a autópsia, a quantidade de cetamina no sangue do ator no momento de sua morte era equivalente à usada para anestesia geral em cirurgias.

Ex-secretária de Trump na Casa Branca declara que o republicano não tem empatia

O ex-presidente Donald Trump serviu ao seu país por quatro anos, quando venceu Hillary Clinton nas eleições de 2016. Mas o empresário não fez muitos amigos durante seu mandato, incluindo os funcionários da Casa Branca. Stephanie Grisham, ex-secretária de Trump quando ele comandava o Salão Oval, disse nesta terça-feira (20), durante a Convenção Democrata, que Trump é um ser humano sem empatia, moral ou fidelidade à verdade.

A declaração da ex-secretária

Stephanie Grisham relatou como Trump se tornou sua família e como o candidato à presidência se comporta quando não há ninguém olhando. “Passei a Páscoa, o Dia de Ação de Graças, o Natal e o Ano Novo, tudo em Mar-a-Lago. Eu o vi quando as câmeras estavam desligadas, a portas fechadas, Trump zomba de seus apoiadores — ele os chama de moradores do porão, declarou ela.

Grisham trabalhou para o governo Trump (2017-2020) nos cargos de diretora de comunicações da Ala Leste, secretária de imprensa da Casa Branca e chefe de gabinete da ex-primeira-dama Melania Trump. Ela relata estar “apavorada” com a possibilidade de um segundo mandato para Trump e afirma que não votou nele nas últimas eleições, mesmo trabalhando para a família.


A ex-secretária de Trump falou sobre a índole de Trump e declarou apoio a Kamala Harris (Foto: Reprodução/David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images Embed)


Grisham renunciou ao seu cargo após conversar com a ex-primeira-dama durante o ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021. “Perguntei a Melania se poderíamos pelo menos publicar que, embora o protesto pacífico seja um direito de todo americano, não há lugar para ilegalidade ou violência. Ela respondeu com uma palavra: ‘Não.’”, contou Stephanie. Ela também ressalta que estava na convenção “defendendo um democrata” porque ama seu país mais do que o seu partido.

“Kamala Harris diz a verdade, ela respeita o povo americano e tem meu voto”, disse Stephanie Grisham no palco da Convenção Democrata.

Convenção Democrata

Após ser confirmada pelo Partido como a candidata democrata, Kamala Harris tem uma árdua campanha à frente. A Convenção acontece no estado de Chicago, no saguão do United Center. Geralmente as reuniões atraem ex-presidentes, secretários de gabinete e assessores importantes. A convenção deste ano contará com discursos de Barack Obama e Bill Clinton. 

Uma das principais figuras democratas, o quase centenário ex-presidente Jimmy Carter, não poderá participar por questões de saúde. Mas o seu neto disse ao Atlanta-Journal Constitution que o avô quer viver um pouco mais para poder votar em Kamala nas eleições de novembro.

Porta-voz da UNRWA diz que a morte é certa para milhões de palestinos

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) é uma agência que presta assistência humanitária e seu trabalho tem sido de grande importância para os 2,4 milhões de refugiados que vivem na Faixa de Gaza.

Sua porta-voz, a agente sênior de comunicações Louise Wateridge, disse à Agência France-Presse (AFP) nesta terça-feira (20) que “a morte parece ser a única certeza” para os habitantes da região. Wateridge dá um recorte de um conflito que, desde 2023, já matou cerca de 40 mil pessoas.

Ameaça à segurança

Segundo a AFP, nenhum jornalista internacional tem autorização para adentrar o território por Israel, que lança ataques incessantes para eliminar os integrantes do grupo terrorista Hamas. Os palestinos da Faixa de Gaza foram forçados a se deslocar para fugir dos bombardeios, muitas vezes se abrigando em escolas, que servem como acampamentos improvisados.

“Temos a impressão de que as pessoas estão à espera da morte, que parece ser a única certeza nessa situação“, disse Louise, que acredita que nem mesmo estas instituições estão a salvo de ataques, já que nesta terça 12 pessoas morreram em uma escola. Segundo ela, os refugiados têm a impressão de andar em círculos, que as ordens de deslocamento são constantes.


Os palestinos refugiados são obrigados a deslocar em meio ao conflito Israel-Hamas (Foto: Reprodução/Mahmud Hams/AFP/Getty Images Embed)


Os palestinos relataram à AFP que estão esgotados e não querem mais se deslocar, com alguns denunciando a falta de clareza dos mapas israelenses contendo ordem de evacuação, que esses mapas são lançados de aviões ou disponibilizados pela internet, em um território com falta de eletricidade e com redes de comunicação que não funcionam bem.

Risco de doenças

Além de todas as dificuldades trazidas pela guerra, como desabastecimento e o iminente risco à vida, o povo palestino precisa se preocupar com os riscos à saúde. Louise Wateridge reporta que ratos, escorpiões e baratas levam doenças de um abrigo a outro. Ela destaca que o vírus da poliomielite, erradicado há 25 anos no território, voltou a mazelar a população infantil.

A ONU aguarda autorização de Israel para lidar com a situação e garantir a vacinação para crianças menores de dez anos. A porta-voz ressalta: “há desafios terríveis e sem precedentes em termos de propagação de doenças e higiene, devido, em parte, ao cerco imposto por Israel“.

Mesmo com todos estes desafios, Louise afirma que os habitantes de Gaza esperam por um cessar-fogo. O Egito, Catar e Estados Unidos têm agido como mediadores para a negociação com Israel e realizam nesta semana um novo esforço para conseguir uma trégua com o movimento islamista palestino.

Governo dos EUA aprova venda potencial de armas para Israel

Nesta terça-feira (13), o Departamento de Estado dos EUA aprovou a possível venda de armas para Israel, avaliada em R$109 bilhões. O arsenal inclui a venda antecipada de caças, veículos táticos médios, mísseis de médio alcance, cartuchos de morteiro e cartuchos de tanque. Este é considerado o maior pacote de armas para Israel, que se encontra em conflito com o grupo terrorista Hamas desde outubro de 2023.

Aguardando aprovação do Congresso

De acordo com a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa, a notificação da aprovação do pacote de venda de armas foi enviada para o Congresso americano, que deve aprovar formalmente a venda para que ela possa acontecer. Na maioria dos casos, a administração informa o Congresso sobre vendas de armas pretendidas após discussões informais com os comitês de Relações Exteriores da Câmara e Relações Exteriores do Senado. Assim que formalmente notificadas, os legisladores têm até 30 dias para aprovar ou bloquear o pedido. 

Dois democratas de relevância no Congresso aprovaram a venda dos 50 caças em junho. A rede CNN informou na sexta-feira (09) que o Departamento de Estado notificou os legisladores sobre a proposta de 3.5 bilhões de dólares para a compra de equipamentos militares e armas. Entretanto, a entrega dos armamentos leva anos para ocorrer. Os caças F-15, por exemplo, não devem chegar em solo israelita antes de 2029. O anúncio da venda certamente provocará protestos dos críticos de Biden sobre sua postura na guerra em Gaza. O governo americano sofre críticas por não pressionar Israel na condução do conflito, que já matou milhares de civis.


O presidente norte-americano sofre pressão em relação ao conflito Israel-Hamas (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images embed)


A notícia da venda de armamentos vem em momento de significativa escalada de tensões no Oriente Médio, pois a região se prepara para uma retaliação do Irã pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho. Também são esperadas negociações de cessar-fogo no final desta semana, poucos dias após o ataque a uma mesquita e escola em Gaza, que, segundo o exército israelense, servia de esconderijo para membros do Hamas. O ataque aconteceu no bairro de Al-Daraj e deixou pelo menos 90 pessoas mortas.

Os armamentos inclusos no pacote

A aprovação das vendas inclui a compra de até 50 caças multifuncionais F-15IA e kits de modificação de atualização de meia-vida de jatos de caça, além de outros equipamentos relacionados aos armamentos comprados. A lista também inclui mísseis 30 AIM-120C-8 Advanced Medium Range Air-to-Air (AMRAAMs), 32.739 cartuchos de tanque de 120 mm, 50 mil cartuchos de morteiro de alto explosivo e vários caminhões de carga de 8 toneladas da Família de Veículos Táticos Médios modificados.


O pacote de armamentos e equipamento militar são avaliados em mais de US$18 bilhões (Foto: reprodução/Maja Hitij/Getty Images)


Até o momento, estima-se que quase 40 mil palestinos foram mortos durante a guerra em Gaza, com a ONU estimando cerca de 2 milhões de pessoas refugiadas. Segundo comunicados da Agência de Cooperação de Segurança e Defesa, esse equipamento irá ajudar Israel a enfrentar não só os ataques de inimigos atuais, mas também futuros, ajudando a impedir ameaças na região.

Presidente da Voepass fala pela primeira vez sobre o acidente em Vinhedo

Em pronunciamento divulgado na noite de terça-feira (13), o comandante José Luiz Felício Filho, presidente e co-fundador da Cia aérea Voepass, expressou sua solidariedade às famílias das vítimas e que não estão medindo esforços logísticos e operacionais para apoiar os familiares neste momento de perda e de dor.

Ele também frisou que a Voepass segue as melhores práticas para a segurança operacional de suas aeronaves. O acidente aéreo na cidade do interior de São Paulo ocorreu na última sexta-feira (09) e deixou 62 mortos.

O apoio da Voepass

O presidente da Voepass disse que a empresa se responsabiliza “integralmente” por transporte, hospedagem, alimentação, translado, apoio psicológico e todas as despesas necessárias para todas as pessoas que foram afetadas pelo acidente. Nesse momento de pesar, ele garante que as famílias das vítimas terão assistência irrestrita por parte da companhia aérea.

José Felício declarou ainda que o apoio emocional é prioridade para a empresa. Um grupo de psicólogos e médicos estão à disposição no centro de acolhimento às famílias montado em SP e em outros centros do país. Os voluntários e equipe estão em contato constante com os familiares e criaram um canal exclusivo de comunicação para acesso de forma correta, transparente e objetiva a qualquer momento. Ele também reafirma que a Voepass segue os protocolos de segurança exigidos em viagens aéreas.


José Felício, presidente e cofundador da Voepass, faz comunicado às famílias das vítimas (Foto: Reprodução/Instagram/@marina37felicio)

“Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de uma origem de transportadores e, desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, declarou José Felício.

Ele encerra agradecendo ao apoio e solidariedade que todos tiveram com as famílias, incluindo autoridades, voluntários, colaboradores, médicos, psicólogos e todos que, de alguma forma, estão trazendo conforto neste momento devastador.

Relembre o acidente aéreo

Na tarde de sexta-feira (09), o voo 2283 da Voepass partiu do aeroporto de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Aproximadamente às 13h21, a aeronave fez uma curva brusca e não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de SP. Um minuto depois, a altitude da aeronave apresentou, em seu último registro, altitude de 1.250 metros e o sinal de GPS foi perdido. Às 13h26, o avião caiu em um condomínio na cidade de Vinhedo, cerca de 70Km de seu destino final. A aeronave transportava 58 passageiros e 4 tripulantes; não houveram sobreviventes.

Após o acidente,  Voepass declarou em entrevista coletiva que os pilotos eram experientes e que os sistemas operacionais estavam em pleno funcionamento no momento da decolagem. A aeronave, de fabricação franco-italiana, tinha 14 anos de fabricação e era um modelo conhecido por sua capacidade de operar em aeroportos de pista curta. Há registros de acidentes aéreos com esse mesmo modelo na Ásia, com causas variando de falha humana a condições climáticas severas. 

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) informou que as caixas-pretas da aeronave de modelo ATR-72-500 foram recuperadas com sucesso. O acidente do voo 2283 entra para a história da aviação brasileira como um dos maiores e mais letais acidentes aéreos do país.

Chefe do Pentágono declara que os EUA “não vão tolerar” ataques no Oriente Médio

O chefe do Pentágono, Lloyd J. Austin, anunciou nesta terça-feira (06) que os Estados Unidos não irão compactuar com ataques às suas tropas localizadas em países no Oriente Médio. O pronunciamento vem após o ataque sofrido no Iraque na segunda-feira (05), segundo notícia da Associated Press.  A autoria do ataque foi assumida pela Resistência Islâmica no Iraque, termo usado para grupos insurgentes islamistas xiitas pró-Irã no Iraque.  A região está passando por um aumento nas tensões  devido à guerra em Gaza, que completou dez meses, e ainda há a possibilidade de retaliação do Irã pela morte de membros do Hamas e do Hezbollah.

Pronunciamento americano

Durante coletiva de imprensa em Annapolis, no estado de Maryland, o secretário de Defesa dos EUA declarou que o país não vai tolerar ataques contra o seu pessoal na região.  O ataque foi assumido pela Resistência Islâmica no Iraque, que disse em comunicado que os ataques continuarão “até que o último soldado americano deixe o Iraque”.  O grupo faz parte do chamado “Eixo de Resistência”, que é formado por grupos apoiados pelo governo do Irã e que atacam Israel.

Houve uma escalada nos conflitos desde o assassinato de chefes dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah, que são aliados do Irã. Tanto os Estados Unidos quanto Israel esperam um ataque de retaliação iraniano, o que pode desencadear novo conflito em uma região já assolada por tensões. Israel negou responsabilidade pela morte de Ismail Hanyeh, que agia como uma espécie de diplomata internacional do Hamas.


A região do Oriente Médio tem visto escalada nas tensões, com ataques  desferidos em vários países da região (Foto: reprodução/Omar Al-Qattaa/AFP/Getty Images embed)


As autoridades americanas ainda estão avaliando os feridos e os danos à base aérea de Al-Asad, de acordo com informações da Reuters.  Uma fonte de segurança disse que dois foguetes Katyusha foram disparados e que ambos caíram dentro da base. Ainda não se sabe qual será a resposta dos EUA ao ataque à base americana e qual será a repercussão na região.

Declaração do Iraque

Também na terça-feira (06), o exército iraquiano disse condenar as “ações imprudentes” contra bases em seu território. “Rejeitamos todas as ações e práticas imprudentes que visem bases iraquianas, missões diplomáticas e os locais dos conselheiros da coalizão internacional, e tudo o que possa aumentar a tensão na região”. O exército não confirmou que funcionários americanos tenham sido feridos, segundo informação cedida à Reuters. 

O exército iraquiano também apreendeu um pequeno caminhão com um lançador de foguetes fixo na parte de trás. Oito foguetes não disparados foram desmontados e as forças de segurança afirmaram que obtiveram informações importantes sobre os responsáveis e que eles serão levados à Justiça.

Ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, é acusado de violência doméstica

Fabiola Yáñez, ex-primeira dama argentina, denunciou nesta terça-feira (06) Alberto Fernández por violência física e assédio durante a estadia do casal na Quinta de Olivos, a casa oficial da presidência. Fernández nega as acusações e divulgou nota nas redes sociais dizendo que irá à Justiça apresentar provas sobre “o que realmente aconteceu”.

As acusações contra Fernández

Em audiência virtual no Zoom, Fabiola Yáñez realizou a denúncia ao juiz federal Julián Ercolini, que ordenou medidas imediatas de “restrição” e “proteção” para a ex-primeira dama. As medidas garantem que Fernández não possa se aproximar da vítima e o proíbe de sair do país. Yáñez reportou que sofria agressões físicas do ex-companheiro durante seu mandato presidencial, entre 2019 e 2023.

Alberto Fernández declarou que a denúncia é falsa e que “a verdade dos fatos” é outra. “Pela integridade dos meus filhos, da minha pessoa e também da própria Fabiola, não farei declarações na mídia, mas apresentarei à Justiça as provas e testemunhos que evidenciarão o que realmente aconteceu”, completou ele. O casal se separou após o mandato de Fernández e tiveram o filho Francisco em 2022. Atualmente, o filho vive em Madri com a mãe.


O ex-presidente argentino nega acusações de agressão (Foto: Reprodução/Simon Wohlfahrt/Bloomberg/Getty Images Embed)


O ex-presidente enfrenta atualmente processo na Justiça, tendo sido acusado de desvio de fundos durante o seu governo. Fernández teria contratado uma corretora e empresas privadas para mediar a gestão de seguros em dependências oficiais argentinas. Por conta da investigação, os bens de Fernández foram bloqueados em abril deste ano.

Como foi a descoberta

Segundo declaração feita ao canal La Nación pelo advogado de Yáñez, Juan Pablo Fiorello, a ex-primeira dama contactou o juiz Ercolini e disse “quero fazer uma denúncia criminal, quero denunciá-lo pelos delitos das agressões que recebi dele e pelas ameaças que venho sofrendo”. A agência de notícias France-Presse informou que a denúncia foi resultado do vazamento de mensagens entre Fabiola Yáñez e María Cantero, a secretária particular do ex-presidente. Nas mensagens, Yáñez teria relatado as agressões, inclusive enviando fotos das mesmas.

Fiorello disse que as mensagens foram descobertas durante investigações de outro caso também conduzido pelo juiz Ercolini, o da suposta corrupção da gestão de Fernández enquanto presidente. O celular de Cantero, onde as mensagens foram descobertas, foi periciado. Ercolini também investiga a possibilidade de tráfico de influência a favor de um produtor de seguros próximo a Fernández, chamado Héctor Martínez Sosa.

Fiorello, que também é advogado de Fernández em outros casos, disse que se reuniu com ele e declarou que o ex-presidente nunca agrediu Yáñez ou qualquer outra mulher, mas admite que houve discussões intensas entre o casal. 

Estados Unidos oferece recompensa por informações sobre membro do Hezbollah

Nesta terça-feira (30), o governo norte-americano anunciou uma recompensa de aproximadamente R$ 28 milhões por informações sobre Fu’ad Shukr, o conselheiro sênior do chefe do grupo terrorista Hezbollah e membro do Conselho de Jihad. O líder teria sido o alvo da ofensiva das Forças israelenses nos subúrbios no sul de Beirute na tarde de ontem.

A recompensa por Fu’ad Shukr

A informação sobre a recompensa foi divulgada pelo website “Recompensas pela Justiça”, cuja missão é gerar informações úteis que protejam os cidadãos estadunidenses e promovam a segurança nacional dos EUA. O programa oferece recompensas por informações sobre terrorismo, atividades maliciosas que ameacem os país. De acordo com o site, Fu’ad Shukr, também conhecido pelo nome de al-Hajj Mohsin, é o maior braço militar do Hezbollah e tem ajudado o grupo e as tropas pró-Síria contra as forças de oposição dentro da Síria.


Israel lançou ofensiva no sul de Beirute, tendo Shukr como alvo principal (Foto: reprodução/Houssam Shbaro/Anadolu/Getty Images Embed)


O site destaca que Fu’ad Shukr teve papel essencial no atentado que vitimou 241 militares do Quartel do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em Beirute. O ataque ocorreu em 23 de outubro de 1983 e também feriu outros 128 militares. Desde de setembro de 2019, o Departamento de Estado norte-americano atribuiu a Shukr a alcunha de “Terrorista Global Especialmente Designado de acordo com a Ordem Executiva 13224”. A ordem veio quase cinco anos depois do Departamento do Tesouro impor sanções a Shukr e a dois outros líderes do Hezbollah.

Israel diz que Shukr foi eliminado

Israel realizou um ataque aos subúrbios de Beirute nesta terça-feira (30) com intenção de eliminar Fu’ad Shukr, um dos alvos de maior patente militar dentro do Hezbollah. O país acusou o comandante de ser responsável por um ataque nas Colinas de Golã ocorrido no sábado (27). Os foguetes teriam sido disparados do Líbano e feriram 44 civis israelenses e mataram 12 crianças que brincavam num campo de futebol na cidade de Majdal Shams. O grupo negou a autoria do ataque.

Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, Fu’ad Shukr teria sido morto no ataque feito ontem. Entretanto, uma autoridade do governo do Líbano afirmou à rede CNN que o comandante teria sobrevivido ao ataque.